sábado, 2 de junho de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - Os Caçadores Sombrios


Guerra declarada!!!
Informe do Multiverso



            “É guerra! Não é necessário dizer muito, apenas: Que vença o melhor... Aqui é Fentáziz, do Informe do Multiverso.”

...

            Os vultos dos Caçadores Sombrios continuavam intocados no alto das torres, quem estava atacando os Senhores de Castelo no solo eram sombras, espécies de clones, formando um exército que se mesclava na escuridão. A ofensiva era alta, mas os bravos castelares não recuavam. Luta após luta, mais luzes se apagavam e mais o exército sombrio avançava. A guerra não seria fácil. No entanto, havia somente uma batalha que precisava ser vencida:
            –Laryssa, Azio... – Disse Kullat amarrando um alforje nas costas.
            –Vamos.  – Falou a moça, decidida.
            –... – Azio ainda não falou, estava mudando para modo de combate. – Pronto!
            –Nós estamos na superfície da ilha, precisamos descer alguns níveis. – Kullat mostrava um mapa numa tela móvel. – Nós vamos nos separar e penetrar as celas juntos.
            –Entendido. – Disse a princesa guerreira.
            –Vamos resgatar Thagir!

...

            Do nível médio até o nível baixo havia uma infestação de sombras disformes. Alguns locais estavam completamente destruídos por causa das primeiras explosões. Os três amigos se separaram e pegaram três vias. Kullat foi pelas tubulações, Azio iria até o centro de máquinas e desativaria as celas, Laryssa seria a distração dos guardas e dos guardiões eletrônicos. Havia apenas um problema no caminho, uma cópia de um caçador espreitava e os perseguia...
            Laryssa conseguia lidar com as sombras insurgentes com sua espada. Azio passava por cima das sombras como se não fosse nada. Rapidamente chegaram à sala de máquinas, que estava vazia:
            –O que aconteceu aqui? – Perguntou a Senhora de Castelo ao amigo.
            –Não consigo detectar nada... – Respondeu o autômato que usava scanners para verificar o local.
            De repente, as luzes do lugar começaram a piscar. Havia algo de errado com os eletrônicos, o que sugeria algo para Laryssa:
            –Elatra! Ela deve estar por aqui! – Percebeu Laryssa seguindo em frente.
            –Não detecto nada...
            –Tem certeza? Meus instintos têm certeza, ela deve estar por aqui... – Insistiu.
            –Não detecto nada...
            –Azio... – Laryssa se virou e viu seu amigo entrando novamente em curto, tento uma tremedeira convulsiva que provavelmente visava seu desmonte. – Azio!!! O que está acontecendo?!!!
            Laryssa não tinha ideia do que fazer, o sistema do autômato era complicado para ela. Ela correu para o painel central, deveria haver algo que indicasse a localização de Elatra. Olhando para o chão ela encontrou um chaveiro. A guerreira o pegou, nele estava escrito restrito:
            –Isso deve ser... Já sei!
            No painel central havia um botão vermelho que só poderia ser acessado se a fechadura de sua tampa fosse aberta. Laryssa colocou a chave e girou:
            –Tomara que tenha dado certo! – A Senhora de Castelo voltou para perto do amigo que estava no chão, esfumaçando.
            –1010% %% 0101... – Isso queria dizer: ‘O que você fez’?
            –Protocolo de segurança... Liberei um vírus que tem como alvo quem estiver invadindo o sistema. – A moça chorou um pouco e a lágrima foi contida pela mão mecânica do autômato que a olhava de baixo para cima.
            Se reerguendo com a ajuda de Laryssa, Azio foi até o painel e usou um disco de informações que reverteu às travas das celas da parte baixa. O caminho estava liberado e Kullat poderia seguir até Thagir.
...

            Kullat seguia pelos tubos que alimentavam os suprimentos de ar das áreas baixas, usando seus poderes de maru para desativar os sensores. Ele parou perto de uma grade laser, bem próximo da entrada das celas e esperou um pouco. Quando o caminho foi liberado, ele continuou:
            –Obrigado latinha! – Disse sorrindo.
            Mais a frente, Kullat provocou uma explosão nos túneis. Os dois guardas que estavam próximos foram verificar. Por detrás deles, Kullat desceu dos tubos e deu um golpe certeiro em suas nucas fazendo-os desmaiar. Ele se dirigiu para as celas e os guardiões eletrônicos foram ativados, repetindo o aviso: “invasor, invasor, invasor”. O Senhor de Castelo puxou sua espada de sua capa e, com aquele ar espectral que o envolvia, andou pelas paredes, cortando os guardiões. Porém, mais deles estavam vindo, então ele continuou e foi para a cela de Thagir. No momento, só havia ele ali, Thagir estava de costas para Kullat e não percebeu a chegada do amigo:
            –Ei, Thagir, vamos!
            –Kullat! Que bom vê-lo! – Thagir se virou e ficou surpreso. – Onde estão os outros?
            –Para trás... – Kullat gerou uma esfera de maru e explodiu a última tranca, liberando as barras de aço. – Eles estão nos esperando na sala de controle dos níveis inferiores.
            –Certo... O que você tem nas costas? – Thagir se referia ao alforje.
            –Ah! Já ia me esquecendo, suas coisas. – Kullat tirou os braceletes com as jóias mágicas que haviam sido confiscadas pelo conselho e o casaco verde de Thagir.
            –Meu casaquinho! Eu estava com saudade você! – O Senhor de Castelo roçou o rosto nele e percebeu algo diferente. – Este não é o meu!
            –Seu pai mandou. Este tem três vezes mais resistência que o antigo, além de endurecer, com um poder de defesa dez vezes maior, praticamente como uma armadura.
            –Esse é meu pai! – Thagir sorriu.
            –Thagir? – Perguntou Kullat enquanto corriam pelo caminho, destruindo um guardião.
            –Sim... – Thagir vestia o casaco, empunhava uma nova pistola da jóia de Landrakar e também atacava.
            –Onde está a outra metade do coração de Thandur? A jóia do seu bracelete permanece a mesma...
            Mais guardiões apareciam e eram rapidamente eliminados por tiros, cortes e ataques de maru sucessivos e perfeitamente sincronizados:
            –O fluxo de maru da outra metade só funciona em contato direto com maru vital... – Respondeu Thagir quando finalmente pode respirar.
            –Thagir! – Kullat se preocupou.
            –Vamos, eles estão nos esperando! – Thagir sorria, sem olhar pra trás.
...

            Chegando a sala de controle:
            –Laryssa, Azio... – Thagir passou direto e foi para os controles do painel.
            –Kullat?! – A cara de Laryssa denunciava o constrangimento.
            –Thagir está sob o efeito do verdadeiro coração de Thandur... – Kullat demonstrava muita preocupação. – Espero que ele aguente...
            –Aha! Achei! – Todos se aproximaram do telão que mostrava avarias por toda a ilha. – Exceto por este lugar!
            O telão se aproximou da região posterior ao porto, do outro lado da ilha. Naquele lugar haviam as repúblicas dos aprendizes e uma pequena torre de conhecimento – espécie de biblioteca. Thagir apontava para ela, isso deixou Kullat curioso:
            –O que tem lá?
            –É lá que o Mestre Caçador está!
            –...?! – Se perguntaram Azio, Kullat e Laryssa se entreolhando.
...

Transmissão continua...

Um comentário:

  1. ESPETÁCULAR A RESENHA SOBRE O LIVRO 2 ( MANTICORE) CRONICAS DOS SENHORES DE CASTELO.....PARABÉMS AO SITE BAR DA TOCA;;;;;;;;

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