ATENÇÃO: ESTE NÃO É UM CONTO PARA CRIANÇAS, RECOMENDADO PARA MAIORES DE 18 ANOS!!!
Devil’s Drink 29 –
Mentiras...
“Ela é tão
linda...”, eu não parava de pensar nisso. Seu jeito é tão decidido, seu riso é
tão meigo, sua boca é tão sensual. Eu não resisto! Eu tenho que tê-la em meus
braços. O celular toca, a música era do recebimento de mensagens. Aperto os
botões e leio algo que me deu ideias: “Amorzinho, venha até a minha casa, a
porta estará aberta e eu estarei nua com aquilo quente só pra você. Venha
logo.” Minhas pernas tremeram, estava muito excitado para ver minha lolita,
minha doce lolita! Mal podia acreditar que ela me enviara uma mensagem tão
safada! Eu a quero de um jeito ou de outro e hoje eu a terei!
Lembro-me
perfeitamente do dia que a vi pela primeira vez, estava tão triste, o antigo
namorado havia sido assassinado por um psicopata que a perseguia. Uma amiga de
cabelos vermelhos a consolava naquela praça durante a noite iluminada
fracamente pelos postes. Olhei-a de longe, eu estava com alguns amigos,
havíamos bebido muito e perambulávamos pelas ruas de um lugar ao outro rindo
muito das besteiras que fizemos encima da mesa antes de sermos expulsos da
última festa. Mas isso não vem ao caso. Daquela noite eu só me lembro dela, de
seus cabelos que pendiam sensualmente sobre seu ombro numa beleza lânguida de
dar inveja a qualquer mulher. Eu deveria pintar aquela imagem num quadro para
eternizar a sua beleza!
Depois
daquele dia eu não parava mais de pensar nela, queria tê-la em meus braços,
apertar os seus seios com a minha boca, sentir o seu doce perfume. Tenho
certeza de ter sonhado com ela. No dia seguinte, acordei com uma grande dor de
cabeça. Liguei para um dos meus amigos e ele me disse que haveria uma nova
festa aquela noite numa casa que eu ainda não conhecia. Não hesitei, sou festeiro,
adoro beber e poder namorar mulheres facilmente é minha maior alegria!
Parece que
eu a vi, atravessei a mesma praça daquela vez e cheguei a tal casa. Meus amigos
e eu nos encontramos na porta e entramos. O som era alto, tinha cerveja
sobrando e estavam todos muito loucos. Tomei as minhas doses e entrei na
brincadeira. Por um instante vi a mulher de cabelos vermelhos e, no
impulso de rever a bela moça que chorava, a segui. Perdi-a de vista, mas acabei
encontrando quem eu queria. Ainda estava meio chorosa no canto da festa, pousei
minha mão em seu queixo e a beijei. Senti meu corpo ser atravessado por uma
emoção indescritível e quando abri os olhos a vi sorrindo. Ficamos ali por
vários minutos conversando, trocamos números de telefone e ao ouvir os meus
amigos chamando me distraí. A mulher de cabelo vermelho – acredito que seja mãe
ou tia dela, pois ela me falara sobre ela com muita admiração – pegou-a pelo
braço e a levou. Ela me mandou um beijo soprando-o com carinho. Acabei indo
embora e no exato momento em que fechei a porta da minha casa e encostei as
costas nela, eu gritei: “Estou apaixonado!” Meu coração passou a palpitar toda
vez que pensava naquele beijo e meu celular tocou, era o número dela. Ela disse
que havia gostado muito de mim e eu mal pude responder com a falta de ar. Como
uma mulher pode ser tão incrível?!
Passamos
uma semana conversando, eu nem atendia às chamadas dos meus amigos ansioso para
que ela me ligasse de novo. Eu sentia uma força e uma doçura tão viciosas
vindas daquela voz. Deitava na minha cama me lembrando daquele beijo e sonhava
com ela em movimentos de volúpia, eróticos ao extremo. Ela não precisava me
tocar para que eu sentisse diversos orgasmos e acordasse tendo uma polução
noturna.
Naquela
manhã eu não parava de pensar nela e finalmente liguei de volta. Não sei como
não havia pensado naquilo antes. Para meu azar, o número só dava ocupado. Meus
pensamentos ficaram nublados e eu ficava me dizendo: “Ela tem outro!” Eu não
queria acreditar, fiquei andando durante horas de um lado para o outro da minha
casa. Eu estava incontrolável! Gritei e esbravejei aos quatro ventos enquanto
apertava insistentemente o botão verde do celular para refazer a ligação que só
dava ocupado. Foi aí que a mensagem chegou. Mal podia acreditar, ela havia se
entregado para mim e somente pra mim! Corri feito louco para chegar a casa
dela...
A porta
estava aberta e as luzes apagadas. Sentia me extasiado com tudo aquilo, era
como nos meus sonhos! Eu subia as escadas e a encontrava somente com uma camisola
de seda cobrindo apenas os seios numa luz tênue vinda da iluminação da cidade.
A cada passo que eu dava escada acima sentia meu pênis ficar mais e mais duro.
Encontrei uma porta entreaberta e a empurrei de leve, ela estava lá, exatamente
como eu a queria! Ela abriu melhor as pernas e com o dedo me chamou da penumbra
para perto dela. Tirei minhas roupas, me ajoelhei na cama e, me aproximando, penetrei-a
gentilmente. Fiz um ou dois movimentos quase gozando e... urrei de dor!
AAAAAAAAAAH!!! Aquela mulher havia decepado meu pênis!!!
Tentando estancar o sangramento
fui até o interruptor ao lado da porta e acendi a luz. Por deus! Antes eu não
tivesse feito isso! Naquele quarto, por todo o chão e paredes estavam os corpos
destroçados dos meus amigos! Cada um deles!
Olhei para a mulher, respirei com
algum alívio, não era a minha amada. Era a mulher de cabelos vermelhos que a
acompanhava. Sua boca estava melada em sangue e seu rosto... era do próprio
diabo! Eu estava tremendo e corri escada abaixo quase caindo. Na frente da
única saída estava minha amada, minha pura e virginal donzela. Implorei-lhe
socorro aos prantos, o demônio havia possuído aquela mulher de cabelos
vermelhos e ela viria atrás de mim! Ela sorriu para mim, não com a bela
languidez, mas de forma diabólica e, apontando uma arma, me deu um tiro. Aquilo
rasgou o meu pescoço e caí no chão, banhado em meu próprio sangue. Tentei com
minhas últimas forças perguntar o porquê e ela me respondeu com um tom suave:
“Mentiras são flores no jardim do mal...”. A última cena que vi em minha breve
vida foi a da minha amada Lídia beijando aquela mulher demônio na boca...
De meu túmulo
eu pergunto a você, você acredita em tudo o que dizem?
...
Não conhece a mulher de cabelo vermelho? Confira esta matéria especialmente feita sobre ela no blog QUERO MEDO, você vai se surpreender!
...
Seu corpo
Eu vim aqui esta noite para te tirar da minha cabeça
Vou pegar o que eu encontrar, uh oh, yeah
Então abra a caixa, não precisa de chave, estou destrancada
E não vou te falar para parar, uh oh, yeah
Ei garoto
Eu não preciso saber onde você esteve
Só preciso conhecer você
E não precisa de conversa
Ei garoto
Então, nem me diga seu nome
Só preciso saber na casa de quem
E vamos andando
Tudo que quero fazer é amar seu corpo
Oooooh ooooh oooooh oooooooh
Esta noite é sua noite de sorte, eu sei que você quer
Oooooh ooooh oooooh oooooooh
Tudo que quero fazer é amar seu corpo
Oooooh ooooh oooooh oooooooh
Esta noite é sua noite de sorte, eu sei que você quer
Oooooh ooooh oooooh oooooooh
O que você ouviu é verdade, sou uma aberração, estou perturbada
Então venha e me mostre seu pior lado, uh oh, yeah
Estamos indo mais rápido do que devagar
Se você não sabe aonde tem que ir
Eu terminarei por conta própria, uh oh, yeah
Ei garoto
Eu não preciso saber onde você esteve
Só preciso conhecer você
E não precisa de conversa
Ei garoto
Então, nem me diga seu nome
Só preciso saber na casa de quem
E vamos andando
Tudo que quero fazer é amar seu corpo
Oooooh ooooh oooooh oooooooh
Esta noite é sua noite de sorte, eu sei que você quer
Oooooh ooooh oooooh oooooooh
Tudo que quero fazer é amar seu corpo
Oooooh ooooh oooooh oooooooh
Esta noite é sua noite de sorte, eu sei que você quer
Oooooh ooooh oooooh oooooooh
Acho que você já sabe meu nome
Acho que você já sabe meu nome
Ei
Ha
Tudo bem
Diga
Acho que você já sabe meu nome
Tudo que quero fazer é amar seu corpo
Oooooh ooooh oooooh oooooooh (diga)
Esta noite é sua noite de sorte, eu sei que você quer
Oooooh ooooh oooooh oooooooh
Tudo que quero fazer é amar seu corpo
Oooooh ooooh oooooh oooooooh (diga, diga, ei)
Esta noite é sua noite de sorte, eu sei que você quer
Oooooh ooooh oooooh oooooooh
Curiosidade: Nas notificações deste dia em que postei esta história, no Google+ havia um novo compartilhamento de link do blog QUERO MEDO, adivinha de qual era?
Impressionante!!!, a forma como transformou o erotismo em brutalidade. Simplesmente impressionante, adorei, eu me surpreendi horrorizado com tamanha brutalidade no final do conto. Tens uma genialidade notável em sua ideia, estou ansioso para conhecer mais de suas obras.
ResponderExcluirHeh, obrigado amigo, certas mulheres são realmente terríveis e essa era a ideia orignial de Lidia, a mulher do conto "Mentiras são flores no jardim do mal". Adriano Siqueira, o autor do conto, tinha pretenções de continuar a história, mas acabou por deixar do jeito que está, e, como ele tem me inspirado em algumas histórias, decidi dar uma continuidade a história, tornando Lidia amiga de uma das mulheres mais perigosas do mundo!
ExcluirNovamente obrigado e até a próxima!
gostei muito da continuação da história victório. realmente uma sacada muito violenta mas mesmo assim cheia de sedução e rodeado de torturas psicológicas que nos envolve do começo ao fim da história. esta realmente de parabéns.
ResponderExcluirabraços e continue sempre a nos brindar com seus textos!! \o/
Heh... assim você me deixa encabulado... Se eu te contar então o que eu preparei para a Minerva... Não resisti, "Uma Vampira na Cidade" foi e sempre será inspirador para mim... Agradeço humildemente por ter tido a oportunidade de preparar tais drinques adotavelmente vermelhos! \o/
ExcluirObrigado!