quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Sem Título


            Suas asas se abriram alto no céu com as nuvens se afastando perante sua força enérgica e incontrolável. Finalmente a transformação completa! Os cinco elementos reunidos e fundidos pelo fogo ao seu corpo etéreo, que se tornava cada vez mais denso e gigantesco, um corpo titânico que se erguia a grandes alturas. Sua energia saturada causava pequenas explosões quem terminavam por parecerem estrelas cadentes enfeitando o céu negro e que arrebentavam o chão com grandes crateras. Grande era a devastação que se fazia, os ventos sopravam a milhares de quilômetros por hora e as grandes árvores se quebravam sem resistir. O mundo inteiro parou...

            Num bater de asas, alçou vou para fora do planeta, rumo ao espaço. Deu uma volta ao redor da lua rapidamente e se dirigiu ao infinito, desaparecendo numa rajada brilhante. Talvez fosse a velocidade da luz, pensaram alguns...

            – Para onde ele foi? – perguntou Akai.

            – Provavelmente para o Cemitério dos Dragões, creio eu. Inevitavelmente todo draconiano que ganha poderes estelares vai próximo ao centro da criação para conhecer Tiamat, a mãe de todos os dragões. Ou talvez morr...

            – Ele vai voltar?

            – Não sei, só o tempo dirá...

            – Ele precisa demorar tanto tempo assim?

            – Precisa baixinho, precisa. Caso contrário, seu poder devastador pode desestabilizar a orbita dos planetas.

            –... – o neko pensava em alguma palavra para dizer, mas nenhuma frase coerente se formava.

            Akai olhou para o céu escuro, viu uma pequena estrela brilhar intensamente e se apagar. Uma lágrima rolou em seu rosto, fechou os olhos e pode ouvir uma voz triste falando baixinho, quase sussurrando:

            – Eu não vou voltar...

            O céu daquela noite, apesar da destruição causada por En’hain, continuava o mesmo, insensível a dor daquele homem que perdeu o que tinha de mais precioso: A própria fé.

FIM

...

            Numa folha ao vento, a mesma que En’hain levava consigo quando caminhava perdido pela floresta no meio do mais gélido inverno antes de encontrar o Bar Toca dos Gatos, estava escrito: “O que eu temia aconteceu, perdi tudo. Estou partindo para outro lugar, apagando da memória tudo o que eu havia idealizado. Destruí todos que amei... Não sobrou nada deles. Este é o meu fim... Quem sabe numa próxima encarnação?”

PS: Nunca estive sorrindo de verdade...

...

Devil's Drink 21 - Aquilo que estava previsto...


Devil’s Drink 21 – Aquilo que estava previsto...

 

            En’hain estava no telhado do bar, pensando naquilo que dissera a Gunshin quando ele acordara: “Pai”.
            – Aquele desgraçado! Como ele pode me esconder isso o tempo todo! Eu sabia que tinha alguma coisa errada entre eu e ele, eu senti isso esse tempo todo e ele não me disse! – En’hain chorava compulsivamente. – Depois de tudo, eu era apenas um substituto!
            O sentimento ruim lhe corroia o espírito. Sentindo que tudo estava para acabar, era inevitável que passasse mal, muito mal, tanto que seu lado negro lhe subiu a mente e começou a acometer-lhe alucinações:
            – Você não tem nada... Você é um inútil... Você é descartável! – a imagem de um En’hain sombrio como as trevas falava-lhe no ouvido.
            – Me deixe em paz! Eu não quero falar com você!
            – Você é meu... Eu lhe disse que o amor não existe... Eu lhe disse que a felicidade não existe... Tudo é passageiro... Eu havia lhe dito que você só tinha mais um ano para conseguir encontrar o que procurava... E agora? Encontrou? Não!
            – Cale a boca! Cale a boca! Cale a boca!!! – En’hain gritava. Quem o visse naquele momento o acharia louco por estar falando sozinho.
            – Até o final do ano... Nós já havíamos previsto e prorrogado a data por mais um ano... Agora é a sua vez, coloque fogo em tudo! Termine de uma vez com o nosso suplício... Não deixe sobrar nada! Acabe com os livros, acabe com os sonhos, acabe com o passado... Apague tudo da nossa existência...
            – Cale-se! Eu não quero que diga o que eu já sei!
            – Vamos, depois disso, tudo o que você tem que fazer é viver uma vida que não é sua, um trabalho na qual seu espírito nunca estará presente, viver uma infelicidade infinita e...
            – Não diga! Não diga! Pelo amor de Deus, não diga!
            – ...arranque esse sorriso falso que você mostra todos os dias paras as pessoas fingindo não se importar, quando na verdade você está enlouquecendo a cada momento, perdendo completamente o senso de realidade! – En’hain se movia pra frente e pra trás com as mãos nos ouvidos. Sua sanidade fora completamente embora.
            – Eu só quero que todo mundo esteja bem...
            – Bem pra quê? Seu estúpido, seu babaca, seu completo idiota! Eles não se importam com você! Cada um deles tem problemas para resolver e não podem fazer nada para te ajudar! Você precisa ser milionário para realizar os seus próprios sonhos, você é fraco, miserável, nunca vai conseguir fazer o que queremos! Você nunca vai conseguir dinheiro suficiente para produzir o que queremos...
            – Eu nunca vou conseguir abrir a caixa... – En’hain parou um pouco e se de conta disso, ficando atônito.
            – Nunca! A caixa ficará fechada para sempre! Ela engoliu as suas esperanças e mesmo que você a abra agora, nunca vai encontrar algo lá dentro! Nunca! Nunca vai haver algo lá dentro!!!
            – Eu... Eu... Eu... – a chama de vida do barman sumiu de seus olhos.
            – Sim! Foi você! Não foi mais ninguém que fez isso! Veja! Veja a prova do crime em suas mãos! – En’hain olhou paras as mãos e elas estavam vermelhas, vermelhas de sangue.
            – Eu matei... Eu matei meu pai... Eu matei o dono do bar... EU MATEI GUNSHIN! – a frase terminou com um grito.
            Na parte debaixo do bar, alguns nekos da vila dos gatos estavam se juntando ao ouvir o grande herói da vila falar sozinho e gritar que cometera um crime. Liori, o prefeito da vila, assim que ouviu sobre o que En’hain dissera foi conferir ele mesmo se era verdade. Sem preocupações, pois conhecia a força de Gunshin, o deus da guerra, ele entrou no bar. Ao sair, gritou a todos:
            – Gunshin está morto! Gunshin está morto! – o alvoroço estava dividido entre surpresa e choro. O próprio Liori, o grande leão da vila dos gatos, rugiu em sinal de tristeza, chorando amargamente pela morte do amigo.
            O vovô neko se aproximou de Liori, e começou a falar com a multidão:
            – Onde estão Gurei, Lady Neko, Sasha, Lidi’en ou Nox’en?!
            – O quê? Lady Neko não está com o senhor?! – Liori já estava enraivecido.
            – Ela havia saído a pouco do templo e ainda não encontrei a dona gos... Digo! Os funcionários do bar! – percebendo a gravidade do caso, Liori, com sua voz tremenda, ajudou o vovô a procurar pelos desaparecidos entre os nekos presentes.
            – Onde estão Gurei, Lady Neko, Nox’en e Lidi’en e o cão sarnento?! – definitivamente Liori não simpatizava com este último.
            – Alguém viu qualquer um deles? Por favor, alguém viu algum funcionário do Bar Toca dos Gatos?! – continuou o vovô.
            Os gatos de toda a pequena vila murmuravam entre si sem dar nenhuma resposta. En’hain continuava no telhado, com a personalidade completamente apagada. Sua pele, como era de costume quando estava lutando, se rasgou com os espinhos e as escamas e deu lugar ao prateado metal do corpo etéreo do draconiano:
            – Este é o fim, o fim da Toca dos Gatos... Este bar não mais existirá... – diversas bocas por todo o corpo de En’hain se abriram, mostrando os brancos dentes que traziam consigo as chamas azuis do dragão do céu que habita o interior do barman.
            A transformação não parou como das outras vezes, ela finalmente atingia o último estágio, a forma completa de dragão, com asas enormes e uma grossa cauda que de tão comprida, chegou a tocar o chão. A face de En’hain se deformara mais do que antes, o rosto liso e de poucas feições dava lugar a um semblante medonho, com uma bocarra que trituraria tudo o que caísse ali dentro. O fogo começou, a Toca dos Gatos estava completamente tomada pelas chamas incineradoras do draconiano e aumentavam a cada segundo.
            De volta ao térreo, o Vovô Neko saía de dentro do bar com a triste notícia:
            – Liori, seja forte...
            – Não!!! Ela tem de estar em outro lugar!!! – o leão branco entrou no Bar tomado pelo incêndio.
            – Por favor, escutem com atenção! – o vovô se dirigia ao povo. – Vamos para o templo, pelo menos lá a parede de silêncio poderá nos proteger deste fogo calcinante!
            As chamas estavam altas e já tomavam as árvores que estavam ao redor do bar. Os nekos corriam como podiam para se salvar, se atropelando para chegar ao templo dos gatos com algum pertence que julgavam importante. A cena era como se o lugar tivesse sido bombardeado por aviões na segunda guerra mundial.
            A casa, consumida pelas chamas, não pode mais sustentar suas estruturas e ruiu totalmente. Liori não saiu a tempo...
            En’hain murmurava algumas palavras, mesmo naquele estado inconsciente:
– Por que as coisas não foram diferentes? Por que tudo aquilo que era importante pra mim morreu em minhas mãos? Por que eu nunca consegui fazer aquilo? Por que eu nunca fui amado?! POR QUÊ?!!! – seu grito ecoava por toda a floresta do silêncio.
...

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Um Presente Para Morticia


Um Presente Para Morticia

 

            25 de Dezembro, Natal. As famílias do mundo todo se encontram felizes por este momento tão fraterno, ao menos, aquelas que podem...

            Enviei uma carta à Morticia onde dizia: “Já pode vir receber o seu pagamento pelo chip que me fora tão útil. Para iniciar o teu cortejo, este dia será especial para ti, querida vampira, o sol ficará negro e caminharás durante o dia! Tudo feito especialmente para ti.” Junto à carta, indiquei o local do encontro e a hora, o mesmo onde eu e Cris morávamos em São Paulo.

Lua de Sangue - Luca


Lua de Sangue – Luca
Escrito por: Harinara Carolina
Revisto e editado por: Victório Anthony

           “Meu nome é Luca de Castro, sou um vampiro que adora ser desafiado, o submundo me fascina com seus poderes das trevas. Vamos nos aventurar no meu passado sombrio? Venha ser desafiado pela minha mente!”

Lua de Sangue - O Assassino Daroko


Lua de Sangue – O Assassino Daroko
Escrito por: Victório Anthony

            Uma criança, humana, oriental, nascida de parto normal. Vendida por cerca de dez mil dólares a um clã de assassinos. Uma infância difícil, treinamento árduo, nenhum sonho infantil prevalecido. Aos quinzes já estava pronto para o seu primeiro assassinato. Sem nenhum sentimento humano, matou a própria família, não por ódio, não por vingança, não por justiça. Mas porque obedecia a ordens, nada mais.
            Aos vintes anos, com diversos estratagemas aplicados com perfeição, Daroko era o assassino de aluguel mais bem sucedido de seu clã. Apesar da eficiência, ele era mantido longe do mundo, não conhecia afeto, não era pago, não recebia elogios de seu trabalho. Se houvesse um erro, deveria cometer suicídio. Não poderia cometer erros, jamais!

Lua de Sangue - Draco, 2ª parte


Lua de Sangue – Draco, 2ª parte
Escrito por: Victório Anthony

            – Tenha uma ótima noite, milady. – me despedi dela e ajeitei minha roupa, a transa dentro daquela limusine havia sido muito quente, mal tive tempo de colocar as calças.
            A noite estava ótima, com o estacionamento completamente deserto, caminhei pelos corredores. Um carro parecia estar me seguindo. Olhei atentamente para dentro do vidro escuro, não havia ninguém dentro.
            – Lady Lancaster deve ter sido seguida... – Lancaster é a família de vampiros que me acolheu nesta cidade, presto serviços valiosos a ela.
            Pulei em cima do carro, não havia ninguém perto. Fui atrás dela, procurar saber se estava tudo bem. Algum tempo depois estava na casa dela e toquei a campainha. O interfone tocou:
            – Casa dos Lancaster, em que posso ajudá-lo?
            – Sou eu, Lady Lancaster está?
            – Ela ainda não chegou, deseja deixar recado?
            – Só mais uma pergunta, aquele humano oriental, ainda está com ela?
            – O guarda-costas de Lady Lancaster nunca a deixa sozinha... – o interfone desligou.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Novos spoilers divulgados!

 Novamente os escritores de Crônicas dos Senhores de Castelo divulgaram novos spoilers (demorei um pouco para colocar aqui, mas finalmente consegui).
 Já saiu um possível nome para o terceiro livro que promete ser o mais emocionate de todos! (sou suspeito pra falar, tem um personagem lá que é a minha cara...)
 Confiram as imagens abaixo e sigam os autores no twitter!

Hell's Drink


Hell’s Drink

 

            São Paulo, chuva forte, 21 horas, restaurante Luna di Capri. Os clientes estão jantando calmamente, aproveitando o clima triste e nostálgico. Uma ventania forte abre as portas, assustando a todos. Os garçons e os seguranças tentam forçar o fechamento da porta, o vento continuava forte, até mesmo para aquela quantidade de pessoas. Quando finalmente conseguiram fechar a porta, a ventania e a chuva cessaram subitamente. Um dos clientes apalpa os bolsos depois de perceber que algo havia lhe sumido...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Índice

Depois de meses reeditando este post, finalmente ele está terminado! \o/
Espero que tenham gostado e confiram os outros textos! ^^
Aviso... Não são apenas textos fantásticos... Conteúdo não indicado para crianças...
Se gostou de alguma história e não quer perder as outras, é só conferir este índice, ok?
Comentem, adoro ver os comentários!


Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Epílogo


Epílogo: O Julgamento

 

            – Nós somos o âmago da evolução, a ciência por trás de tudo. É o nosso pensamento que produz e delineia as novas formas. Pelo nosso poder, declaramos esta sessão iniciada! – disseram as milhares de vozes daqueles seres quilométricos de pele escura e brilhante que lembrava o espaço infinito, adornados por véus vaporosos de maru pura que se assemelhavam a pétalas ou asas.
            À direita, lutando pelo multiverso, estava o conselho da Ordem dos Senhores de Castelo. À esquerda, defendendo a destruição de tudo pelo conhecimento, estava a suprema corte da Irmandade Cósmica. Cada um apresentaria seus depoimentos e como provas ofereceriam as memórias contidas em suas mentes. Os altarianos falariam primeiro:

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 48


Passado, Presente, Futuro

 
            “Onde estou?”, se perguntou ele. O lugar parecia um laboratório, cheio de máquinas, ferramentas, anotações por todos os lados, preparados fumegantes, entre outros. Diante dele um espelho, onde podia ver o seu rosto perfeitamente. Alguém com uma máscara branca cobrindo a boca adentra a sala, não diz nada, usa alguns bisturis para cortar a pele dele e agulhas que coloca em seringas repletas dos mais diversos líquidos que são injetados diretamente em sua carne. Ele quer criar, chorar, ao menos perguntar o que acontecia. Não conseguia. Ele olhava para aquele homem indiferente ao seu sofrimento e então ele tira a máscara... Para a surpresa dele, seus rostos eram iguais! Ele tinha certeza, via o mesmo rosto sem emoções no espelho diante dele.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 47


O Caso Ferus

 

            Assim que foi permitido, Dimios passaria alguns dias em Zínio enquanto a Ilha de Ev’ve tratava da população salva. Ele estava ansioso para rever Lacroh, seu filho adotivo. Chegando ao seu castelo, uma surpresa, estava tudo destruído. Preocupado, procurou pelo filho nos escombros. Não havia ninguém ali. Lembrou-se de que o filho tinha alguns esconderijos nas redondezas, uma área de mata verdejante e muito fechada, cheia de animais grandes e ferozes. Permeou o lugar por umas duas horas, chamando pelo filho:
            – Lacroh! – e repetia. – Lacroh! Lacroh! Lacroh!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 46


Destruição

 

            – Vamos todos por aqui! – Dimios e o Caçador Sombrio ajudavam a população a entrar no núcleo branco das portas do paraíso. – Você tem certeza que o garoto está vindo?
            – ... – o Caçador não respondeu. – Em fila! Todos em fila!
            Automaticamente a entrada da população, o espaço branco engolia as pessoas que eram transportadas para um lugar seguro.
            – Onde está ele?!
            – ... – o caçador continuava sem responder.
            – Cardial!
            – Eu não sou Cardial, sou o Caçador Mascarado. – não dava para saber qual era a sua expressão debaixo daquela máscara dourada.
            – Vai continuar mentindo? Justo pra mim que fui seu fiel parceiro?!
            – Não sou Cardial. – insistia.
            – Tenho certeza que você é ele!
            – Vamos, continuem, a contagem regressiva está acabando!
            – Vamos, por favor! – Dimios via que o transporte era mais urgente e continuou. Faltavam apenas alguns minutos para o marcador da torre da Cidade Aérea terminar a contagem. – Toshi! Esmal!

sábado, 15 de dezembro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 45


Tabuleiro Cósmico

 

            As regras para esse jogo diabólico são simples: Um jogo quatro contra quatro. Há um contador com a numeração 7776 para cada lado. A cada rodada um jogador deve rolar cinco dados vermelhos e multiplicar o resultado entre si e diminuir o contador do adversário até zero em no máximo vinte rodadas. Enquanto isso, pesadelos terríveis irão atormentar a mente daquele que jogar os dados. Há somente uma forma de ganhar o jogo sem sofrer maiores danos: com a morte súbita, onde os cinco dados dão seis em cada. Para tornar a proporção 1/7776 mais fácil de ser alcançada, é possível travar os dado que caiam no número seis entregando parte de sua alma, abrindo mão de algo muito importante de sua existência. Quanto mais dados forem travados de uma só vez, maior será o pedaço. Não há retorno, uma vez iniciada a partida o campo das portas do paraíso são travadas em um vácuo aleatório e desconhecido do multiverso. A única forma de acabar o jogo é com um lado vencedor. Em caso de empate, ambos os lados de jogadores terão suas almas arrancadas de seus corpos. O lado branco começa primeiro.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 44


Perigos Na Estratosfera

 

            – O que você disse? – perguntou Dimios pelo rádio do cilindro de armeiro quando voltou a funcionar.
            – Vocês terão que mudar de cápsula... – Pilares se aproximou ao ouvir a conversa.
            – Você está louco?! Estamos a trinta quilômetros do chão!
            – Não há outro caminho, a energia da cápsula foi cortada e logo vocês ficaram sufocados, sem ar...
            – O que você tem em mente Ferus?
            – Com sorte, vocês vão conseguir mudar de cápsula assim que ela abrir. Vocês não terão muito tempo, precisam ser os cincos de uma vez...
            – Temos como abrir a estrutura... A distância é a mesma entra as cápsulas... Westem!
            – O que foi? – o bárbaro subia as escadas.
            – Precisamos de sua corda, ela consegue alcançar outra cápsula?
            – Se algo puder esticá-la, ela pode se desdobrar a qualquer distância, por quê?
            – Ferus, prepare a cápsula...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Mais um spoiler divulgado!

Ainda nada do título, mas fico na esperança, Brasman promete muito para Janeiro! Aguardem!
Para conhecer G.Brasman pelo twitter acesse: => Gustavo Brasman Girardi <=
Para conhecer G.Norris pelo twitter acese: => G.Norris <=

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 43


Ascensão

 

            – Você se explica depois! – Dimios encarava Ferus com raiva.
            – ... – o jovem armeiro olhava-o com indiferença, não se importava se ele era um Senhor de Castelo mandando nele, ele era livre agora.
            – Abra a porta!
            Sem mais, Ferus olhava para o mecanismo incomum que possuía seis quadrados sem um único ponto. “A numeração altariana”, pensou ele. Passando os dedos sobre a placa, os quadrados se moveram. Tentando encontrar o número máximo moveu os números até seis pontos. Curiosamente isso abriu o portão da torre.
            – Conseguiu? – perguntou Westem.
            – Não...
            – Mas então?
            – É uma contagem regressiva... Segundo os cálculos... 55986 segundos, cerca de quinze horas...
            – Para o quê?
            – Autodestruição eu acho... – Dimios se posicionou a frente.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 42


Batalha

 

            – Venha aqui se você for homem! – gritou Ferus, logo abaixo de Rubber.
            – Que assim seja... – Rubber se lançou num soco voador que acertou Ferus em cheio. Caído no chão, o armeiro se levantou, cuspiu sangue e limpou o rosto.
            – Isso é tudo o que você tem? Pode mandar mais, eu aguento!
            – Inseto miserável... Agora me lembro! Foi você que tirou a massa vampira que eu havia colocado neste corpo! Você vai me pagar! – Rubber levantou os destroços com o pensamento e os jogou diretamente em Ferus.
            – Que saco... – Ferus corria com velocidade e se defendia habilmente, cortando os pedaços de metal ao meio. – Não sabe que sou um armeiro? Fazer lâminas perfeitas é minha sina!
            – Maldito! – o altariano se lembrou dos poderes do terceiro olho. – Vamos tentar outras regras!
            Com o terceiro olho aberto, a espada de Ferus ressonou com os pensamentos de Rubber e alçou voo. Segurando firmemente, o armeiro era jogado de um lado a outro no ar. “Se eu soltar, estou perdido.”

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Fillho do Fim - Capítulo 41


Rubber

 

“Não há limites para a Irmandade Cósmica!” – lema altariano.

...

            – Ótimo Croaton, você conseguiu o que eu precisava! – Iksio cuspia uma gosma negra aos montes, convulsionando.
            – Iksio! – gritava Pilares batendo forte no vidro.
            Terminando de sugar todo o conteúdo negro que foi extraído do arthuano, o Ilusionista se dirigiu ao cilindro de suporte de vida com o assaltante dentro.
            – Agora é a sua vez!
            – Fique longe de mim coisa asquerosa!
            – Oh! Assim você fere os meus sentimentos... – Rubber sorriu com malicia, estava sendo sarcástico. – Não serei mais uma coisa depois que tomar o seu corpo para mim!
            O altariano tomou uma forma mais liquida e subiu pelo vidro inclinado até o topo onde havia uma fissura proposital, preenchendo todo o interior. O teslarniano berrava desesperado e silenciou.
            – Pilares... – disse o multibiólogo, completamente sem forças, perdendo a consciência em seguida.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 40


Cidade Alta

 

            Semi-enterrados, os Senhores de Castelo foram retirados um a um dos escombros daquela imensa quantidade de prédios ruídos por eles mesmos. Um plano audacioso, Rigaht reconhecia, enquanto sua mestra infante lhe ordenava isso e aquilo para resgatá-los. Não dava para se saber ao certo quantas máquinas da legião parafuso haviam sido destruídos. Foram centenas e milhares, disso eles sabiam, constatando o incrível buraco que fizeram na paisagem urbana e morta que ardia em alguns poucos lugares em que o combustível dos maquinários era consumido pelo fogo. A poeira era forte e demorava a se dissipar, fazendo todos eles tossirem. Ficaram escondidos por mais de meio dia até se recuperarem.

            Novamente a noite chegara e com ela a plataforma se iluminou, dando a impressão de que o escuro se afastava por causa de alguma sociedade humana que existia ali. Poderia se sonhar com algum parque alegre, cheio de pessoas felizes e criancinhas sorrindo ao brincar. Ou ainda com pessoas trabalhando com total prazer em suas amadas profissões... Mas não era isso. A plataforma que cingia o topo dos prédios de base era carregada de laboratórios prontos, produzidos inteiros em outro lugar e trazidos para o planeta sem nome para servir de apoio a atrocidades inomináveis. E, se por algum motivo o laboratório se tornasse inútil ou infectado, ele era sumariamente jogado por um carregador flutuante em algum lugar da zona de lixo. Nos prédios abaixo da plataforma, funciona a fábrica de máquinas, consumindo milhares de litros de diesel e queimando uma quantidade absurda de oxigênio. Com a morte do último ser orgânico que desprendia esse gás tão importante para a sobrevivência da vida, estar naquele altar erguido nos céus para sacrificar almas ao conhecimento, se tornaria algo muito mais perigoso que enfrentar uma legião de máquinas.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Novo spoiler divulgado de Crônicas dos Senhores de Castelo 3!

Mais um pequenino spoiler de Crônicas dos Senhores de Castelo foi postado na página oficial no facebook!
Para curtir a página acesse: => Crônicas dos Senhores de Castelo <=
Em breve um nome para o terceiro título deve ser divulgado, estamos na espera!

Crônicas dos Senhores de Castelo - O Filho do Fim - Capítulo 39


A Fábrica de Máquinas

 

            – O que você espera de mim? Sou apenas o Filho do Fim... – o ilusionista fitava as crianças tentando entender o que elas eram.
            – Croaton! Venha a mim! Eu preciso de você! – gritou o altariano.
            – Porque quer que ele venha? – perguntou Vaik, escondendo o irmão atrás dele.
            – ...! – Rubber, com seu rosto pouco semelhante ao natural, demonstrava certo desgosto pelas crianças. – Preciso dele para ficar completo...
            O ilusionista andou até um cilindro de suporte de vida com Pilares dentro. Acariciou o vidro admirando o novo e desejado corpo que teria.
            – Logo serei completo...

...

            A longa caminhada continuava, principalmente à noite, pois era mais fácil saber a direção da plataforma luminosa. Os Senhores de Castelo confiavam em Dimios, ele tem bons motivos para ser um bom líder e proteger os seus. No entanto, Westem, Nerítico e Iksio não confiavam no Caçador Sombrio e muito menos na garotinha de vestido vermelho que tentara matá-los há poucas horas. Andar com eles muito próximos era uma contradição, um sentimento que calou os castelares de suas conversas amistosas e cheias de alegria. O ziniano andava decidido, passos firmes, seguia sem medo pelas ruas mortas da Cidade Baixa, já não temia os perigos que poderiam surgir.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 38


O Retorno de Nina

 

            O Senhor de Castelo de Zínio corria pelas ruas da cidade tentando encontrar Ferus. Nerítico, que estava tão cansado quanto os outros, segurou-o para que parasse um momento:
            – Dimios, pare! Não adiante agir assim!
            – ... – sério, ele parou, os dois foram alcançados por Westem e Iksio.
            – O que você tem na cabeça? – disse o bárbaro. – Pra correr assim, sem parar?
            – Meu caro parceiro tem razão, devemos agir com prudência e nos preparar para o pior...
            O portador da Garra de Sartel lançou um olhar de ódio sobre os três, fazendo sua arma soltar fagulhas. Virou-se de costa, contendo-se. Os Senhores de Castelo iam sugerir algo, mas foram interrompidos por uma voz infantil:
            – Senhores de Castelo são todos iguais, tão temperamentais! – a mocinha de cabelos dourados amarrados com fitas vermelhas estava rindo deles.
            – O que você quer? – perguntou Dimios, rispidamente.
            – Matá-los, é claro! – Nina apontou para o céu, lançando a zona das sombras que engoliu a todos em pleno escuro.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Lua de Sangue – A História de Draco

Me juntei a Harinara para escrever um capítulo, espero que se divirtam. Degustem com prazer!

Lua de Sangue – A História de Draco

 Escrito por: Victório Anthony

            “Eu sou Draco, meio vampiro, meio dragão, uma mistura incomum do mundo sobrenatural. Quer dançar comigo? Venha para meus braços e eu te mostrarei que a noite pode ser eterna!”
...
            – Se acalme minha linda ninfa, o que teme de mim? – sorri para a bela moça feita de água. – Dance comigo, por favor...
            Ainda acanhada, ela pôs seus delicados dedos líquidos em minha mão e eu a conduzi sobre as águas do meu lago particular. A lua estava esplendidamente linda naquela noite, iluminando perfeitamente os nossos passos que liberavam gotas cintilantes que pareciam diamantes ao brilhar. Foi então que, de súbito, senti meu coração palpitar. Perdi a noção de espaço e caí de joelhos sobre as águas.
            – Meu senhor, o que aconteceu? Não tens passado bem...
            – Não é nada... Não fique assim. – o rosto da ninfa era preocupado. Recompus-me e lhe ofereci novamente a mão. – Vamos?

Lua de Sangue – A Traição

Mais um texto da Harinara Carolina! E por sinal o outro foi um grande sucesso! Vamos lá, acompanhem a história de Luna Blue, uma vampira muito especial.
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Lua de Sangue – A Traição
Escrito por: Harinara Carolina
Revisto e editado por: Victório Anthony


Já estou há uma semana com ele e Luca não é a pessoa que aparentava ser. Como posso explicar, ele acha que sou posse dele, não me deixa fazer nada. Por um lado acho que está me ensinando, mas por outro acho que o medo de me perde, coisa que aconteceu:
– Querida, no que está pensando?
– Luca, me deixe! Não posso fazer nada que você já me repreende! – com muita raiva ele pegou meu pescoço e pressionou com muita força – Pare... Você... Está... Me machucando!
– Já te disse para não me responder! Quem manda em você sou eu!
Ele me largou, comecei a chorar:
– Desculpe-me, minha querida...
Saí do quarto e fui para a varanda, onde vi alguém diferente. Fiquei olhando para aquela pessoa:
– Nem pense!
– No quê?
– De fugir com ele! Eu te mato!
– Você está louco!