Batalha
– Venha
aqui se você for homem! – gritou Ferus, logo abaixo de Rubber.
– Que assim
seja... – Rubber se lançou num soco voador que acertou Ferus em cheio. Caído no
chão, o armeiro se levantou, cuspiu sangue e limpou o rosto.
– Isso é
tudo o que você tem? Pode mandar mais, eu aguento!
– Inseto
miserável... Agora me lembro! Foi você que tirou a massa vampira que eu havia
colocado neste corpo! Você vai me pagar! – Rubber levantou os destroços com o
pensamento e os jogou diretamente em Ferus.
– Que
saco... – Ferus corria com velocidade e se defendia habilmente, cortando os
pedaços de metal ao meio. – Não sabe que sou um armeiro? Fazer lâminas
perfeitas é minha sina!
– Maldito!
– o altariano se lembrou dos poderes do terceiro olho. – Vamos tentar outras
regras!
Com o
terceiro olho aberto, a espada de Ferus ressonou com os pensamentos de Rubber e
alçou voo. Segurando firmemente, o armeiro era jogado de um lado a outro no ar.
“Se eu soltar, estou perdido.”
Dimios se
levantou calmamente, não queria ser percebido. Foi para trás do campo de visão
do Ilusionista e lançou uma rajada de força que surtiu efeito. A influência
sobre a espada cessou e Ferus caiu no chão de bruços, a espada tilintou junto.
Rubber sentia o corpo entorpecido.
– Como? O
que você fez com o meu corpo? O meu novo corpo! – a gosma preta que o cobria
derretia de sua pele.
– Se você
está usando poderes de um Senhor de Castelo, eu sei qual encantamento pode
pará-lo! – a tatuagem fantasma de Pilares brilhava em suas costas, ao passo que
a gosma se desfazia.
Westem e
Nerítico saiam de dentro do laboratório com Iksio. Dimios olhou para eles e
pediu ajuda.
– Me dêem
suas mãos. – uma marca mágica de um triângulo negro apareceu nas costas de suas
mãos. – Ataquem o Ilusionista e venceremos essa batalha!
Westem foi
o primeiro, com passos pesados que faziam tremer o chão saltou em direção à
Rubber que não conseguiu se desviar e ficou preso ao chão com o peso do bárbaro
em cima dele. Ele tentava falar, provavelmente jogaria pragas nos Senhores de
Castelo, mas vertia mais gosma negra pela boca. Nerítico se aproximou
calmamente, tirou a luva que cobriu a mão e tocou na testa dele.
– Você não
contava com as influências dos Caçadores Sombrios, não é, altariano?
Já um pouco
melhor e ajudado pelo encantamento de compartilhamento de maru, Iksio foi
levado até Rubber com a ajuda do ziniano. Ele também tocou nele. As influências
dos triângulos negros bloquearam o poder do altariano que foi obrigado a se
soltar do teslarniano. A massa negra escorreu por todos os lados, tornando se
liquida com a água.
...
– Nina! –
disse Vaik.
– Me
entregue Dantir agora...
– Nunca!
Ele não pertence a você!
– Querido
Dantir, venha comigo! – o garotinho olhava aquilo tentando entender: seu nome
era Elians ou Dantir?
– Venha
conosco pequeno... – Rigaht se pôs a frente. Elians olhou para ele e sentiu
algo de familiar. Olhou para o irmão e quis ficar do lado dele.
– Eu não
quero! – Vaik ficou surpreso, segurou na mão do irmão e tirou o boneco do
bolso.
– Ele vai
ficar comigo!
– Você
sempre vai pelo caminho mais difícil... Rigaht tire Dantir das mãos dele.
O olho
laranja do Thagir vermelhou brilhou. Ele também levantou as mãos e tirou de sua
jóia de Rakardnal uma serpente colorida, fina e comprida com uma cabeça do
tamanho de uma bola. Ela abriu a boca, suas presas pingavam veneno que, ao cair
no chão, corroíam o material. As cores de suas escamas emanavam maru que era
absorvida pelo boneco. O braço de Vaik começou a doer, a vista a embaçar e
largou o boneco no chão. Tentou abrir os olhos, mas tudo o que via era
escuridão. Elians olhou para a mão do irmão e viu ela cheia de machucados.
– Vaik! –
gritou preocupado, pegando o boneco do chão.
– Eu estou
bem... – ele caiu de joelho.
– Não Vaik,
você não está bem! Você precisa de um médico! – Rigaht se aproximou e puxou
Elians pelo braço. – Eu não vou com você! Você machucou o meu irmão!
Uma esfera
de energia sólida se formou e golpeou Rigaht no rosto.
–
Moleque... – o olho de Rudnaht foi deslocado, parando de brilhar. – Serpente
arco-íris, enrole-o!
A cobra
obedeceu e amarrou o pequeno com seu corpo. Nina não gostou disso
– Rigaht,
pare!
– Eu já me
cansei de você! – ele deu uma bofetada na menina que caiu no chão. Ela ficou
com raiva e liberou um pouco de maru sombria. – Nem tente! Eu estou com seu
amado Dantir! Se você vier atrás de mim eu o mato!
Nina se viu
impotente e diminui a liberação de sombras.
– Você me
paga Rigaht! Eu te tirei daquele lugar! Você me deve sua vida!
– Eu
preferia ficar lá sua menina maluca e mimada! Você não passa de uma nojentinha
que só sabe mandar e obrigar! Se você não tivesse poderes monstruosos eu nunca
teria te obedecido!
–
Desgraçado! Você é um desgraçado! Você e todos os outros que me abandonaram!
– Aqueles
que você matou?
– ...! –
Nina escondia esse segredo.
– Você
matou seus pais e todos os outros que chegavam perto de você! Ninguém te
abandonou, eles fugiram de medo e você os matou! Você é um monstro! – a
serpente arco-íris voltou a emanar maru e a energia foi na direção da menina.
– Aaahhh...
– Nina sentiu o seu corpo entorpecer e a doer, desmaiando alguns segundo
depois.
– Menos
dois... E agora, você! – Rigaht olhou para o pequeno que lutava contra a
serpente e gemia de dor. Recolocou o olhou no lugar e ativou seus poderes psíquicos
mais uma vez. – Então é aí que você mora... O quê?!
Os poderes
de Rigaht cessaram e ele pode ver com clareza, havia um lâmina espiralada
perfurando sua barriga. Perdendo total concentração, a esfera de energia voltou
a atacá-lo, sendo jogado para trás com violência. Elians mexeu o braço ferindo
a cobra que foi cortada em pedaços. A lâmina se contraiu para dentro de seu
braço.
– Eu te
odeio! – conseguindo respirar melhor, correu até o irmão e o acordou.
–
Obrigado... – o menor sorriu.
– Você é o meu
irmãozão! – e o abraçou.
– Vamos
sair daqui!
Os dois
correram para fora do laboratório e percorreram vários corredores até saírem na
área aberta da plataforma da Cidade Alta.
...
Pilares
estava se sentimento melhor, já conseguia falar normalmente:
–
Caralho... Foi horrível! Às vezes eu conseguia ouvir vocês... Me desculpem, não
pude fazer nada...
– Não diga
besteiras! – Nerítico deu um cascudo no parceiro.
– Ai! – o
assaltante esfregava a cabeça.
– Eu nunca
vou desistir de você, parceiro!
– Então
você vai me contar quem é Darla?
– Como você
sabe? O dopelganger que sabia explodiu!
– Era eu...
Eu controlava aquele corpo... Ao menos eu pensei que sim...
– Ora
seu... – Dimios e Westem tiveram de segurá-lo.
– Se acalme
Nerítico! – disse o ziniano.
– Calma!
– Então
você realmente planejava se matar daquele jeito?! Você é louco?! Me larguem,
ele tem que aprender! – Pilares sorriu. Via que a amizade entre os dois não
mudara.
Ferus ficou
de longe, com o cabelo azul, olhando, completamente constrangido por não fazer
parte daquele grupo. Então ele ouviu passos, eram os dois meninos que corriam.
Foi em direção a eles que olhavam para trás e puxou Elians para perto de si.
– Vaik! –
gritava o menor.
– Solte o
meu irmão!
– Você não
vai chegar perto do meu príncipe! Você não é irmão dele!
Os Senhores
de Castelo ouviram a gritaria e foram ver mais de perto. Encontraram eles
brigando. Ferus empurrou Vaik no chão.
– O que
está acontecendo aqui? – disse Dimios, imponente.
Nesse
momento, Vaik foi envolvido por uma gosma negra e tomado completamente por ela.
Rubber encontrara um novo corpo:
–
Hahahaha... – ele ria ensandecido. – Vocês não vão me parar agora! Hun, vejam
só, este corpo é muito mais poderoso!
– Irmão! –
Elians pisou no pé de Ferus que o largou e saiu correndo na direção de Rubber.
– Vaik!!!
– O Filho
do Fim! – Rubber pegou Elians pela mão e alçou voo. – Você será o presente
perfeito para que eu me redima com a corte dos Ilusionistas!
O altariano
flutuou até o céu, indo para o alto, entrando na morada da corte, a Cidade
Aérea.
...
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