sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Devil’s Drink 29 – Mentiras...

Este drinque é especialmente preparado para Adriano Siqueira, escritor que muito tem me inspirado com suas mulheres poderosas e fantásticas. A história por sua vez foi preparada com base no conto "Mentiras são flores no jardim do mal", o primeiro conto do Adriano que eu li. Além disso, foi inspirado na música da Christina Aguilera  "Your Body", confira o clipe e a letra traduzida no final post.

ATENÇÃO: ESTE NÃO É UM CONTO PARA CRIANÇAS, RECOMENDADO PARA MAIORES DE 18 ANOS!!!



Devil’s Drink 29 – Mentiras...

 

            “Ela é tão linda...”, eu não parava de pensar nisso. Seu jeito é tão decidido, seu riso é tão meigo, sua boca é tão sensual. Eu não resisto! Eu tenho que tê-la em meus braços. O celular toca, a música era do recebimento de mensagens. Aperto os botões e leio algo que me deu ideias: “Amorzinho, venha até a minha casa, a porta estará aberta e eu estarei nua com aquilo quente só pra você. Venha logo.” Minhas pernas tremeram, estava muito excitado para ver minha lolita, minha doce lolita! Mal podia acreditar que ela me enviara uma mensagem tão safada! Eu a quero de um jeito ou de outro e hoje eu a terei!

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 37


Tristeza

 

            Os Senhores de Castelo conversaram entre si e decidiram resgatar Pilares sem Ferus. Ele ficaria sem o cilindro por enquanto. Questionado sobre o lugar onde o ilusionista Rubber estaria, o armeiro respondeu:
            – No lugar mais óbvio. – eles saíram juntos do último andar por uma última escada e foram olhar o que havia no topo do prédio.
            Lá fora, já de noite, no meio das nuvens altas, diversas luzes brilhavam intensamente. Holofotes iam de um lado a outro iluminando a grandiosa estrutura no alto do céu como uma enorme montanha cintilante.
            – Ele está lá, na plataforma da Cidade Alta...

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 36


Matando Um Açougueiro

 

            – Então você está aí... Alquimista! – Ferus encarava o açougueiro mirando nele o canhão de seu cilindro. A criatura estava num quarto com pouca luz, sentado numa cadeira e balbuciava baixinho frases sem nexo aparente.
            – Tenho que salvar Monaro... Ele é meu amigo... A árvore de carne o levou... O ilusionista vai me ajudar... Eu sei que posso conseguir... Eu tenho tudo o que preciso aqui... Eu vou ajudar Monaro... Não posso deixar o meu amigo assim... Eu tenho que conseguir... O ilusionista me deu tudo... Tudo... Tudo... Monaro... Monaro... Se eu der isso pra ele, ele vai voltar ao normal... Vai ficar tudo bem... Tudo vai ser como antes... Tudo vai ser como antes...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Fim do Fim - Capítulo 35


Contra Máquinas e Monstros

 

            “Eu não espero ser feliz, isso seria besteira. Espero apenas garantir que o meu irmãozinho tenha um futuro, onde possa escolher ser feliz” – Vaik, o intrometido.
...

            A insígnia do parafuso reluzia no peito metálico dos grandes maquinários. Suas engrenagens faziam barulhos ensurdecedores e frenéticos. Todo o equipamento funcionava com força e poder. A furadeira fazia um som agudo e o processador calculava os alvos com precisão – programado para acertos críticos. Máquinas não têm sentimentos, seus ataques são precisos e mortais. Seres de carne são fracos perante sua magnitude engenhosa.
            Os dopelgangers se amontoavam aos montes, copiando perfeitamente os Senhores de Castelo. Sua aparência era assombrosa, não por simplesmente serem iguais de aparência, mas por serem cópias fiéis até nos trejeitos e nos olhares. Grupos de cinco se organizavam impecáveis para atacar, demonstrando uma grande experiência em batalha. Castelares melhorados, isso era o que eles eram! Entre máquinas e monstros, não havia por onde fugir!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Devil's Drink 28 - Caçada

Bem vindas as novas clientes do bar: Gisele, a guria do teatro e Luna, uma cliente entusiasmada com o blog e que me prometeu passar mais vezes por aqui... (Promessa é divida, fazer o quê? Tenho que tocar esse bar sozinho enquanto os meus empregados estão com probleminhas... É uma certa neurose, sabe?) Esta Devil's Drink foi criada com inspiração na história "Uma vampira na cidade", da qual sou fã, misturada com uma música do David Guetta, She wolf, que colocarei o video logo abaixo da história. Degustem com prazer! ^^

Link para a história original de 'Uma vampira na cidade', de Adriano Siqueiro e Stefany Albuquerque

Devil’s Drink 28 – Caçada


            Naqueles dias eu estava em outro país, no continente europeu, a pedido de um amigo. Estávamos num bar, na Alemanha:

            – Quero que investigue o namorado de uma moça...

            – Algum interesse em especial? – perguntei-lhe.

            – Creio que ela está noiva de um lobisomem... – ele levou um copo de conhaque à boca e sentiu-o queimar a garganta com certo pesar – Ele vai comê-la a qualquer momento.

            – E porque acha que ele a comeria?

            – Tentei investigar-lhe o passado e encontrei dois ou três indícios que suas noivas anteriores foram congeladas e devoradas – e deu outra golada.

            – Certo, farei o possível.

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 34


Me Sinto Bem

 

            Westem, que carregava Nerítico nas costas, fugia dos dopelgangers por entre as largas ruas da cidade baixa:
            – Onde está Pilares? Ele está demorando... Peixinho, por favor, volte logo!
...

            – Finalmente! – exclamou Ferus ao avistar a Cidade Baixa. – Pensei que nunca conseguiríamos!
            O diabrete vermelho voou do ombro de Dimios e sumiu no meio das constantes nuvens do céu.
            – Ih! Ele se cansou de você! – o jovem castelar tentou tirar sarro do ziniano.
            – ... – Dimios nada respondeu, mantendo a expressão pesada.
            – Ah! Com você não tem graça! – e cerrou os olhos, emburrado.
            – Vamos! – retrucou secamente.
            Ferus ouviu um barulho de lamurio que estava próximo.
            – Ah, não! Eu já ouvi coisas demais por uma única missão! Dimios, vá você ver! É a sua vez.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Retomada: Outra fanfiction de Crônicas dos Senhores de Castelo

Encontrei o texto e adorei, estou ansioso para mais. A fanfic é simples e suave como o próprio sono e deixo vos um pedaço da história de Gisele Bauer (@guriadoteatro). De fã para fã...
 


Retomada



Continua: http://amoreselivros.blogspot.com.br/2012/10/retomada-primeira-parte-da-fanfic.html?showComment=1350578769307

Várias são as faces do multiverso, onde realidades diferentes se juntam para formar uma força implacável! Avante Senhores de Castelo!

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 33


O Tolo

 

            O Senhor de Castelo de Zínio, Dimios, um ex-lutador que já teve seus tempos áureos e que agora é o portador da Garra de Sartel, um artefato místico de grande poder; liderava um grupo com mais outros cinco castelares. Um deles, Ferus, era seu parceiro, não um parceiro qualquer, um substituto de seu antigo colega, Cardial, que morrera salvando-lhe a vida. Ferus era jovem, aquela missão em que Dimios liderava era sua primeira vez como Senhor de Castelo. Por algum motivo ainda obscuro, os dois só se conheceram dentro do atravessador, a nave boreal que os levou até um belo planeta de onde partiriam para o verdadeiro local de sua missão onde deveriam salvar a população: o planeta sem nome. Aquele não era um lugar qualquer, o planeta sem nome pertence ao território da Irmandade Cósmica, outra organização especial do multiverso que rivaliza com a Ordem dos Senhores de Castelo por possuírem ambições diferentes. Acima deles existe o plano superior, onde seres de energia pura são os juízes que decidem o que acontece com a Aliança do Multiverso que reuni todas as organizações que querem controlar o multiverso. As regras que eles criaram são dúbias e permitem que planetas sejam explorados até a sua extinção, no entanto, invadir o território de outra organização acarretaria em retaliação por parte dos próprios superiores. Essas criaturas poderosas, também conhecidas como os antigos por viverem milhares de milhares de anos, passam a maior parte do tempo meditando sobre a existência e, reza a lenda, que se um julgamento de um superior estiver contra você, toda a sua história será varrida do tempo e do espaço.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 32


 Besta – 3ª parte

 

            Iksio, em sua forma monstruosa, ficava escondido, só olhando para os amigos castelares. Pilares, curioso, quis saber mais sobre o porquê do arthuano ter se tornado um monstro. Westem, prazeroso em dizer, respondeu alegremente:
            – Ele meteu a mão aonde não foi chamado! Hahahah... – o multibiólogo fez um barulho em protesto.
            – Ele vai ficar assim por quanto tempo? Preciso pedir algo pra ele...
            – Não sei. A transformação depende de vários fatores desconhecidos. Iksio não quis fazer exames pra saber o que realmente acontece com ele... É medo de agulha! – disse baixinho a última frase. – E o que você pretende com ele?
            – O dopelganger copia plenamente a forma de alguém... Eu vi a cópia do Iksio usar alguns poderes mentais... Talvez ele possa ajudar a tirar o Nerítico do estado B.O.B.
            Westem olhou para o parceiro e concluiu:
            – É possível... Iksio conhece alguns truques que podem ampliar suas forças mentais. O que me diz peixinho?! – o multibiólogo mexeu a cabeça para os lados. – Ele disse que talvez...

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 31


A Besta – 2ª parte

 

            Pilares e Nerítico adentraram a cidade baixa correndo:
            – O que era aquela coisa? – perguntou o assaltante.
            – Um boneco, eu presumo... – respondeu o ultraquímico.
            – Sério? Nem tinha percebido...
            – Claro, sua mente inferior não consegue distinguir as coisas como a minha...
            – Estava sendo sarcástico. Mas é bom ver que você está de volta. – o teslarniano sorriu.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Devil’s Drink 27 – Há muito tempo...

Drinque especialmente preparado para Morticia Naghshade, espero que esteja ao seu gosto my lady.
Para quem quiser saber mais sobre essa mulher poderosa, acesso o blog Contos de Vampiros e Terror, de Adriano Siqueira!

Devil’s Drink 27 – Há muito tempo...

 

            Fui chamado, no início do século 20, para participar de uma votação do conselho, sendo um mediador neutro. Nunca me interessei muito pelo que eu deveria fazer, vampiros e lobisomens ficam brigando por qualquer motivo, e meter demônios no meio da conversa me parecia demais para esses assuntos burocráticos tão chatos. Bem, como um representante das forças sobrenaturais eu tive de ir, mesmo a contra gosto.
            Naquele momento, a vida humana estava florescendo, revolucionando tecnologias e conhecimentos. No entanto, foi decidido que a reunião seria nos moldes mais antigos, com roupas de gala de corte sofisticado e requintado. As mulheres vestiriam belos vestidos de saia longa com corpete apertado evidenciando o busto e os homens iriam vestidos com roupas negras, colete e calças bem ajustadas e sapatos lustrosos. Não faz o meu feitio, mas me arrumei de acordo, amarrando o meu cabelo que era comprido na época.

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 30


A Besta – 1ª parte

 

            Nerítico, Pilares e Westem seguiram rumo à Cidade Baixa, mesmo não sabendo como poderiam encontrar Iksio. O galeano pensava positivo, o parceiro não se deixaria vencer por tão pouco. Ele conhecia a arthuano como ninguém, Iksio era capaz, ele sabia disso. Pilares e Nerítico não conversavam. Se entre olhavam, criando uma atmosfera pesada, evitando um ao outro.
Pilares estava constrangido pelo que acontecera com ele e tinha medo que o ultraquímico lhe desse outro sermão. Vez ou outra Pilares cometia um erro por se deixar levar pelos hábitos de ladrão, colocando os dois em apuros. O teslarniano não reclamava, sabia que estava errado e aceitava tudo calado. Tinha respeito pelo parceiro que demonstrava se importar com ele quando a maioria das pessoas o tratava mal, desprezando-o por ele ter sido um ladrão. “É normal, estou acostumado com eles. Só não entendo porque Nerítico está assim... Tenho medo de perguntar”, pensava ele, perdido em pensamentos.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Mais um trecho de Crônicas dos Senhores de Castelo 3 divulgado!

Este é mais um pequeno trecho divulgado do terceiro livro, contando com uma imagem do Bobo, personagem apresentado no segundo livro, Efeito Manticore...

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 29


A Árvore de Mil Olhos

 

            Dimios estava sozinho. Monaro e seu acampamento inteiro desapareceram juntamente com o resto de todas aquelas pessoas que tanto festejaram. Não havia sinal deles, não havia sinal de que sequer estiveram ali. O Senhor de Castelo caminhou apressadamente por todo o caminho que levava àquela montanha próxima a vila. A região parecia emergir do meio de todo o lixo e entulho que se vira até agora. O instinto do ziniano lhe dizia que deveria voltar, algo forte estava nas entranhas daquela montanha e respirava... Sim! Era isso, respirava profundamente, podia se ouvir aquilo respirando roucamente do topo da montanha.
            O material que ia compondo o caminho era escuro: “Basalto”, pensou Dimios lembrando que aquele material era vulcânico. Continuou no caminho que começava a ficar íngreme e cheio de pedras soltas. “Tudo aqui é difícil”, voltou a pensar, “Não consigo andar neste planeta sem que a possibilidade de cair me acompanhe?”
            Sua concentração estava atenta, sentia o medo persegui-lo por onde quer que fosse. Olhava para um lado e para o outro, a impressão de que havia alguém ali era certa, apesar de nunca haver nada quando ele fixava o olhar. A neblina começava a aumentar. Não se conseguia ver nada além do chão escuro e parcialmente vitrificado. As pontas agudas deixadas pelo tempo trincavam ao seu pisar, produzindo um barulhinho irritante que estava deixando-o ainda mais tenso. O respiro continuava ficando cada vez mais forte.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 28


Orgulho e Preconceito

 

            Separados, eles caminharam por lados diferentes. O acampamento foi desfeito aos poucos, enquanto Dimios e Ferus observavam o trabalho ‘leve’ dos subordinados do açougueiro Monaro. O jovem castelar tentou puxar uma das estacas que ainda permaneciam no chão como uma demonstração de força, exibindo-se para o parceiro. O ato falhou inevitavelmente, constrangendo-o. Um dos serviçais se aproximou e sem o menor esforço arrancou a estaca, derrubando Ferus. Dimios pouco ligou para aquilo:
            – Vamos? – e partiram.
            Ferus recebeu um par de botas que estava sobrando, elas eram grandes demais para os seus pés, mas poderiam ser bem amarradas para ficarem fixas, ou quase isso. Pelo menos ele poderia caminhar em meio à zona de lixo sem se preocupar com machucados. A sensação de usar um calçado depois de tanto tempo descalço era estranha, como se você passasse abruptamente do selvagem para o refinado. Bobagens aparentes que passaram pela mente dele naquele momento.
            Vaik e Elians estavam sendo carregados pelos serviçais enquanto dormiam. Eles não poderiam ficar com os castelares e aproveitaram a carona para descansar. O irmão menor, com pouco sono, observava o irmão mais velho com os olhos apertados, sorrindo para ele. Vaik, como se visse o irmão mesmo de olhos fechados, sorriu de volta. Elians logo adormeceu.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 27


A Ilusão

 

            A aranha perguntou para a árvore:
            – O que devo fazer com a fera que se aproxima, meu senhor?
            – MATE-A!
            – Obedecerei...

...

            – Tem o quê no meio do caminho? – gritou Ferus para Monaro.
            – Dopelgangers... Você é surdo moleque?
            – Pelo perdão da palavra... – ponderou Nerítico. – Não temos ideia do que está falando.
            – Hun... – Monaro fez um ruído com a boca. – Dopelgangers são duplicadores. Criaturas que imitam em tudo o que você faz. Já tive o desprazer de enfrentar uma delas e, se eu não tivesse descoberto uma saída nova por onde escapar, eu teria me matado...
            – Droga! E como eu vou recuperar o meu cilindro? Com ele posso enfrentar qualquer coisa!
            – Não seja ridículo... – disse Dimios, fitando-o com desprezo.
            – Eu já me encontrei com um deles...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Booktrailers, prólogos em video #02

Mais uma vez estou trazendo para vocês dois booktrailers sugestivos para que vocês possam procurar mais livros para ler e se aventurar ainda mais na literatura fantástica!

O primeiro booktrailer de hoje é de mais um recente lançamento da Editora Estronho, com o selo Fantas. Que mistérios rondam o livro que tem na capa um sol que chora? Confira em 'Territórios Invisíveis', de Nikelen Witter.

 
 
 

O próximo booktrailer é de uma série de livros nacionais de grande sucesso: Dragões de Éter, de Raphael Draccon. Este faz introdução ao livro Gigantes e faz inveja a qualquer videozinho que anuncia um livro, contando com uma animação nacional que só me faz sonhar ainda mais com os mundos mágicos e fantásticos de dentro de um livro... Confira! É longo, mas você não vai se decepcionar.
 


 
 
 
 
Depois desses videos, o que acham de sugerir mais? Sempre que possível estarei postando sobre os booktrailers que só atiçam a minha vontade de ler! Não perca a próxima recomendação!

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 26


A Esperança

 

            Dimios estava fora do acampamento de Monaro, buscando uma resposta para resolver aquele enigma:
            – Eu nunca enfrentei a Irmandade Cósmica antes... Como posso superar um inimigo sem escrúpulos como eles?
            – Comece não desistindo... – Ferus se aproximou, depois de um bom tempo dormindo, estava acordado, bem disposto e morrendo de fome.
            – Vejo que acordou.
            – Minha cabeça tem ficado muito estranha ultimamente...
            – Você saiu porque Vaik estava te olhando?
            – Hoh! – Ferus ficou envergonhado. – Como você sabe?
            – O olhar daquele menino parece percorrer a nossa alma.
            – Realmente... – ele pôs as mãos atrás da cabeça, segurando-a. – Só não entendo porque ele tem que ficar me olhando o tempo todo!
            – ... – Dimios ficou em silêncio, observando a coloração azulada do cabelo do parceiro.
            – Pare de ficar me olhando assim! Até parece o garoto!
            – É justamente o que estou fazendo...

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Booktrailers, prólogos em video #01

 No meio de tanto conteúdo sobre novos livros, você provavelmente vai encontrar algum video que fale sobre a história, geralmente uma pequena introdução ao mesmo.
 Como ultimamente tenho visto alguns deles, decidi fazer uma pequena seção no Bar Toca dos Gatos com esses vídeos. É uma maneira prática de conhecê-los e mergulhar com ainda mais vontade no universo literário. Venham comigo e aproveitem os vídeos!

 O primeiro de hoje é do livro: Contos de Meigam - A Fúria dos Cártagos, lançado em 2011, de Roberta Spindler e Oriana Comesanha, um livro de literatura fantástica 100% paraense!
 
 
 
 
 
 O segundo é um booktrailer de "A Maldição do Cavaleiro ", de Adriano Siqueira, lançado este ano em formato de bolso, pela Editora Estronho, sob o selo Fantas.
 
 

 Espero encontrar muitos outros booktrailers por aí, até a próxima!


Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 25


A Queda




            “Guerra em um dia de tempestade vermelha”, não poderia ser um dia pior. “Eu tinha uma vida normal, quero dizer, para um herói eu tinha uma vida normal. Servi a Ordem dos Senhores de Castelo como fiel seguidor, nunca matei ninguém, poupando a vida de vários seres miseráveis que não mereciam sequer existir. Eu tinha a paz dentro de mim e estava feliz com todo o resto. A vida não era fácil, muitas vezes ter como arma apenas uma espada encantada me deixou em sérios apuros – eu não a uso para matar, afinal. Tudo seguia o seu curso. Havia até alguns malfeitores de meu passado que estavam levando uma vida melhor depois que eu os tirei das trevas. E então, numa fatídica tarde, eles chegaram...”
            “Nos céus noturnos de Máscar uma imensa sombra negra irrompeu o silêncio do meu pacífico planeta do primeiro quadrante atacando sem piedade. Acordei com o susto, aquela enorme nave estava justamente sobre mim na subsede da ordem, onde eu tirava um leve cochilo para depois partir para a minha casa. As missões eram estafantes, perigosas, e muito comum ganhar pouco em troca de altos sacrifícios. Meu parceiro, um alquimista, um homem muito inteligente e sério, se chamava Tálio. Agora ele deve estar morto, mas isso não é importante. Eu estava lá, dormindo e meu planeta natal estava sendo tomado de assalto. Procurei minha velha espada e uma bomba foi lançada sobre o castelo, levando tudo pelos ares. Nunca mais eu vi a minha espada...”

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 24


O Exorcismo

 

            Alguém bate na porta. A Dama, a criatura de face dura e imóvel, deixa o bisturi em cima de algum móvel coberto pela penumbra da sala, e abre a porta. Nerítico logo grita:
            – Pilares! Socorro!
            – Shimah! – o assaltante tinha uma voz grossa e distorcida que assustou o ultraquímico que não parava de sangrar pelos cortes finos e precisos. – Senhores de Castelo devem morrer...
            – Pilares! Parceiro! Me ajude!
            O castelar, que ofegava mostrando os dentes, completamente tomado pelo ódio, se aproximou. Nerítico não reconhecia o companheiro:
            – Verme nojento! Como ousa penetrar nos domínios da santa Irmandade Cósmica?! – Pilares puxou uma das facas e a aproximou do coração do castelar, sua mão tremia. – Eu tenho...
            Ele largou a faca. Nerítico percebeu e continuou a chamar pelo amigo:
            – Pilares! Acorda!
            – Cale a boca, maldito! – gritou arfando, quase não conseguindo dizer. – Damah... Shime. (Dama, mate-o)

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 23


A Dama e O Guerreiro
 

            Nerítico estava atordoado. Sentia o seu peito nu se resfriar com o frio e se esquentar com a respiração quente de alguém que o rodeava. Seus olhos estavam vendados, não conseguia ver nada. Seu olfato, aguçado por causa da situação prolongada, sentia o cheiro de gordura sendo queimada. Suas mãos estavam presas por uma corrente acima dele que o fazia pender no meio do ar. Seus pés, igualmente amarrados, sentiam algo sob eles e se retraiam para manter distância.
            Alguém lhe tira a venda e o Senhor de Castelo contempla uma mulher (mulher?) estranha. Tinha feições femininas de certo, mas a face era dura, plastificada, inerte, brilhando o reflexo da única chama fraca que iluminava aquela sala. Seus olhos não se movimentavam, estavam fixos para frente. A boca permanecia fechada, nenhum movimento, completamente dura. A coisa, como o ultraquímico a via, levantou a sua frente um bisturi. Por um instante Nerítico pensou ser um daqueles que estavam e seu estojo. Não era. Aquele bisturi era velho, enferrujado e apenas a lâmina estava nova, recentemente afiada. A frase logo foi proferida:
            – O que você vai fazer comigo?! – gritou ele, sentindo o frio do medo lhe tomar por completo a espinha.
            – ... – a criatura não disse uma palavra, apenas passava a lâmina pela pele macia de Nerítico, deslizando suavemente, vertendo muito sangue.
            – Aaaaah!!!

Crônicas dos Senhores de Castelo: Mais um spoiler divulgado!

ATENÇÃO: LEIA OS LIVROS 1 E 2 DAS CRÔNICAS DOS SENHORES DE CASTELO ANTES DE CONTINUAR LENDO

É com muito prazer e emoção (apesar de eu ser suspeito para falar do assunto), que os Senhores de Castelo, G. Brasman e G. Norris se permitiram divulgar mais um pouco do conteúdo do terceiro livro! E não apenas um twitter de 140 caracteres, mas, sim, uma página inteira!
Eu nem acreditei quando abri o meu facebook e estavalá, linda, leve e solta pra todo mundo ver a primeira página de Crônicas dos Senhores de Castelo 3! O nome da nova saga ainda não foi divulgado. Sabemos apenas os nomes de alguns personagens novos, a clara participação do cavaleiro Kullat e provavelmente finalmente conheceremos Bemor Caed, o último assecla de volgo que nos falta conhecer...
Juntem-se comigo castelares! Crônicas dos Senhores de Castelo, a nova mitologia fantástica brasileira! \o/

ATENÇÃO: LEIA OS LIVROS 1 E 2 DAS CRÔNICAS DOS SENHORES DE CASTELO ANTES DE CONTINUAR LENDO

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Devil’s Drink 26 – Incapaz


Devil’s Drink 26 – Incapaz

 

            – Onde você estava? Espero que tenha encontrado um emprego! – este é o meu irmão mais velho, Pietro. Eu moro na casa dele, faço minhas refeições, uso a internet... Tudo sem pagar um único tostão. Eu não estudo, eu não trabalho. Aliás, acho que eu só dou trabalho. Eu deveria fazer alguma coisa para ajudá-lo, espero que eu consiga. – Ei! Está me ouvindo?

            “A minha história não deveria ser contada. Não que fosse ruim, só não é importante, a maioria das pessoas não acha importante... É o que eu penso. Eu vivo a minha vida assim, sonhando e apenas sonhando. Perdido num mundo de belas possibilidades, sem ligar para o dinheiro, sem me alimentar direito, sem ter uma vida social – nada além da virtual. E vivo nas redes sociais... Quero dizer, nem tanto, chega uma hora que elas enchem o saco e você está lá vidrado do mesmo jeito. Tenho consciência de que ficar no computador o dia inteiro sem sequer ver a luz do sol é um vício. Mas fazer o quê? Não tenho nada lá fora, eu não sei fazer nada que possa me dar dinheiro... Dinheiro, maldito seja essa desgraça que me impede de ser feliz, de fazer coisas... Argh! Isso me dá raiva!”

            – Lukas?! O que você foi fazer? – esse é o meu nome... – Você sumiu por três dias, me deixou preocupado!

            “Meu irmão... A gente nem se fala e ele insiste em cuidar de mim. Eu mal olho na cara dele. Por falar nisso, já faz um bom tempo que eu não falo nada pra ele. Que pena... Apesar de que eu tenho certeza de que não tenho nada pra dizer. Justo eu? Como poderia ter algo para dizer a ele? Talvez antes eu tivesse, eu acho. É que ele é um vendedor numa loja do nosso tio e a loja não tem tido muitas vendas ultimamente. Se as coisas não melhorarem logo podemos ficar sem a nossa casa. Eu não quero perder o lugar em que me sinto bem, que eu posso chamar de lar. Infelizmente esta casa é apenas alugada, só ficaremos aqui enquanto pagarmos em dia o que devemos e o meu irmão já está devendo dois meses. Meu irmão não quis contar nada pro nosso tio, mas também, ele nunca entenderia mesmo... Ele nunca fez nada por nós que realmente tivesse nos ajudado. Muitas vezes ele passa aqui, meio bêbado como sempre, fala um monte de besteiras, faz um monte de promessas e sai daqui sem nem saber o que fez, alimentando possibilidades que poderiam nos ajudar e que acabam por morrer, me deixando cada vez mais amargo”.

            – Lukas?! Você está me ouvindo? Seus amigos me disseram que você estava interessado em sites ilegais da internet, é verdade?

            “Amigos... É. Talvez eles sejam amigos afinal. Mesmo sem me ver eles prezam pela segurança de alguém que não estão vendo. Só tem uma coisa que eu odeio neles e no meu tio. Eles sempre dizem: ‘Você tem potencial’. O assunto morre por aí mesmo, eu odeio essa palavra. Potencial, potencial... Potencial do quê? O Brasil é um país cheio de potencial e continua na mesma merda de sempre! Meu ensino escolar foi ruim, meu ensino técnico foi mais ou menos e, quando eu pensava que o futuro de uma pessoa era ir pra faculdade, trabalhar e ter uma família, descubro que existem erros da natureza como eu que simplesmente falham e não vão pra frente. Faculdade... Esta aí um assunto que eu não tenho a mínima ideia de como lidar. Que curso eu poderia fazer? Aliás, não me preocupo com nenhuma mensalidade, me preocupo com o material, com os novos conhecimentos, com a falta de inspiração que eu poderia ter quando eu começasse a faltar e descobrisse que eu não quero mais estar lá pelo simples desgosto de ser um incompetente... É melhor que outros ocupem a vaga que eu poderia ter, pois tenho certeza de que nunca vou conseguir ter prazer em estar no meio das outras pessoas. O que me leva a questão do trabalho. Sabiam que eu já trabalhei na loja do meu tio? E um dia, quando tive um grande desgosto quando voltava do trabalho, depois te tanto tempo trabalhando lá, acabei por nunca mais aparecer na loja, sem dar nenhuma satisfação. Acho que era por que eu estava estudando ao mesmo tempo em que trabalhava, alimentando a imagem de tudo posso, tudo consigo com o dinheiro e quando ele me foi tirado por eu ter sido enganado, descobri o ser rebelde que existe dentro de mim. Fiz muita besteira naquela noite, enquanto meu irmão dormia. Desde então não falo com ele...”

            – Lukas?!!! Me diga, pelo amor de Deus o que você esteve fazendo? – tirei a mochila de um dos ombros e passei ela pra frente do corpo. Eu tinha acabado de chegar. De dentro da mochila tirei um maço de dinheiro. Eu já havia contado, eles haviam me dado dez mil pelo que eu fiz... – Da onde você tirou isso moleque?! Não me diga que entrou pro tráfico? O que nossos pais iriam pensar de você? Me diga? E o que iriam pensar de mim, por ter deixado você desaparecer desse jeito?

            “Eu acho que me importo... Eu não queria dizer pra ele, mas me importo. Das três coisas que devemos ter na vida adulta, a família com certeza é a mais importante, mesmo que você não saiba como se comportar ou lidar com ela, com outras pessoas. Não sei como esses sentimentos passam pela minha cabeça, não sei de onde eles vêm. Não queria me importar com nada, não consigo lidar com nada... Não consigo querer ter dinheiro, não consigo pensar em trabalhar, não consigo pensar no que fazer da minha vida. No entanto, insistentemente me passa pela cabeça esses pensamentos perfeitos de quando as coisas seriam simples e que tudo daria certo. Eu odeio isso. Quando penso na vida, começo a sonhar. Quando quero tornar os sonhos realidade, é justamente aí que eu vejo que as coisas não são fáceis, que você precisa se sacrificar para sobreviver e que você perdeu o ânimo, a vontade de viver, o gosto por aquilo que você fazia. Tudo fica tão insosso, um desgosto tão grande, que a única coisa em que você acaba por pensar é na morte, que a vida não tem significado nenhum...”

            – LUKAS!!! – eu desmaiei... – O que você fez?! Me fala!

            – Eu... Eu... – estava me sentindo muito fraco, o mundo estava girando.

            – Lukas!!! O que são essas bandagens na sua barriga?

            – Eu vendi o meu rim pra pagar as contas...

            – LUKAS!!!

...

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 22


Os Açougueiros

 

            Finalmente, depois do alvoroço que foi segurar o teto da vila subterrânea para que não caísse, a chuva ácida havia parado. Nerítico ouvia o som do silêncio aliviado, apesar de estar preso por mais algum tempo, para que a acidez deixada para trás diminuísse. Darla, feliz por tem encontrado o seu salvador, não continha sua animação. Alguns diriam que ela poderia estar louca, outros que ela estava simplesmente apaixonada pelo ultraquímico. Eles estavam passando todo o tempo juntos. O Senhor de Castelo tentava explicar química para a moça e ela tentava lhe explicar como entedia os elementais – que ele soube ser a forma de vida mágica mais presente no planeta: