Terminando com as postagens sobre o livro 1 de Crônicas dos Senhores de Castelo, trago a vocês o capítulo memorável "Briga de Bar", onde conhecemos pela primeira vez o personagens principais da saga (não vou contar a vocês agora, leiam logo abaixo, por favor). Mais conteúdo disponível no site dos livros: http://www.senhoresdecastelo.com.br/
Confira a postagem anterior aqui: http://victorioanthony.blogspot.com.br/2013/02/cronicas-dos-senhores-de-castelo-o.html
BRIGA DE BAR
A música envolvia todo o ambiente. Bandolins, instrumentos
de percussão e flautas de osso criavam melodias dançantes, acompanhando a
sensual voz feminina que cantava sobre como viver bem a vida. No meio do salão,
várias pessoas dançavam alegremente.
Como em
toda noite estrelada, o bar estava cheio. Ponto de parada de viajantes da
região, várias raças se encontravam ali para beber, jogar e dançar no enorme
salão, enquanto garçonetes iam e vinham entre as mesas.
Dorik era o
barman e também o dono do estabelecimento. Forte, de cabelos claros e barba
rala, tinha braços e mãos grandes, proporcionais ao resto do corpo. Fora
guerreiro na juventude, porém, cansado das batalhas, montou um bar na cidade de
Cim para receber velhos amigos. Vestia calças de pano grosso, camisa de algodão
escura e um avental de couro marrom. Gostava de sua nova vida. Atencioso com
todos os clientes, não deixava que nada faltasse aos viajantes. Enquanto enchia
três copos com cok* e rum, observou
que, em uma mesa na parte mais afastada da pista de dança, dois homens jogavam biso* amigavelmente.
Thagir, um
dos jogadores, era bastante alto e esguio. Seus cabelos curtos eram negros como
uma noite sem lua, e a barba bem aparada apresentava tons estranhamente ruivos.
Vestia uma longa casaca verde-escura com as mangas dobradas, deixando à mostra
dois lagos braceletes finamente trabalhados, um em cada pulso. Cada bracelete
tinha uma pedra preciosa diferente. Usava uma calça marrom com vários bolsos e
botas de couro também marrons. No pescoço, um colar de metal bem trabalhado
reluzia fracamente.
— Aposto um
cuspe de dragão* que você não ganha
de mim! — ele falou em tom de diversão.
A
brincadeira foi seguida pela risada alta e displicente de Kullat, seu amigo e companheiro
de jogo, que vestia capuz e manto brancos, contornando todo seu corpo. As botas
pareciam feitas do mesmo tecido, mas eram visivelmente mais rígidas. Também era
um homem alto, ligeiramente menor e mais encorpado que o amigo. Suas mãos
estavam enfaixadas até o meio dos dedos com tiras de pano brancas. Seu rosto
mal era visível sob a fraca luz do bar, com se a penumbra tomasse conta de sua
face.
— Aceito a
aposta! — disse Kullat, também se divertindo.
— Mostre
suas cartas e veremos se esse lixo que você tem supera o meu jogo — a réplica
de Thagir veio de forma zombeteira.
Kullat
jogou as cartas na mesa de modo desafiador. Thagir sorria enquanto mostrava
cartas de maior valor, uma após a outra. Ambos riam animadamente. Com o fim da
partida, Kullat chamou a garçonete e pediu vinho e queijo. Thagir guardou o
baralho em um dos vários bolsos de sua calça.
Enquanto
esperavam pela comida, olhavam atentamente o movimento do salão, que era um
mesclado colorido de vestes e formas. Havia mulheres de Arthúa, o planeta
aquático do quadrante 1*, com sua
pele azulada e brilhante. Ninfas das florestas do norte de Agas’B dançavam
calmamente, exibindo adornos na barriga e nos braços. Três beldades de cabelos
cor de fogo vindas do planeta Kremat, o reino do vulcão Mag, estavam vestidas
de couro negro e metal opaco e dançavam alegremente.
Os homens,
também de várias raças, bebiam e conversavam no balcão. Os Gerens, comerciantes
do leste longínquo, mostravam suas espadas e armas, tentando vender as mercadorias
aos clientes do bar. Anões da cidade de Asys analisavam machados e escudos,
enquanto dois gêmeos de pele amarelada de Adrilin admiravam algumas adagas.
O pedido de
Kullat chegou e ele começou a comer imediatamente.
— Qual é o
plano? — perguntou enquanto enchia um copo com vinho.
— Vamos
começar pelo básico — respondeu Thagir, ainda olhando para o salão. — Faremos
amizade com alguém aqui no bar e tentaremos descobrir alguma coisa sobre o
paradeiro da princesa Laryssa.
Uma
explosão, vinda da entrada do bar, interrompeu bruscamente a música. As pessoas
próximas da porta gritaram e algumas se feriram com os estilhaços. O movimento
na pista de dança parou completamente.
Kullat e
Thagir levantaram-se com rapidez. Como eram homens de estatura elevada,
conseguiam observar por cima dos demais e foram para a pista. A porta do bar
estava quebrada, como se algo tivesse sido arremessado contra ela com grande
violência.
No chão, a
alguns metros da entrada, havia três figuras desacordadas em meio aos destroços
da porta.
A primeira
era uma bela jovem de cabelos curtos, com jóias delicadas nos braços e pernas.
Usava calças justas escuras e um vestido curto por cima, que, rasgado, permitia
ver uma jóia prateada presa no umbigo. A boca pequena de lábios finos
contrastava com o corpo atlético e as pernas torneadas. Cruzando o peito, havia
uma grossa tira de couro, que terminava em uma bolsa enorme que parecia conter
algo pesado.
A segunda
era um homem de meia-idade vestindo uma armadura de cavaleiro com dois
triângulos no peito, um vermelho e um branco. Thagir reconheceu a figura como o
símbolo do reino de Agas’B. No chão, a seu lado, havia uma bela espada.
A terceira
figura tinha o corpo humanóide, porém a pele era de uma espécie de metal
dourado. Os olhos eram duas pedras redondas vermelhas. O rosto era ovalado, com
orifícios no lugar da boca. Apesar de estar caído, era visivelmente robusto.
— Um
autômato dourado... — Kullat sussurrou, espantado.
Todos no
bar estavam tão surpresos com aquelas três figuras caídas que não perceberam um
grande e forte homem que entrava pelo buraco onde ficava a porta. Era um
guerreiro bárbaro, de longos cabelos violeta e pela azulada, que carregava um
enorme machado. Seu nome era Chibo, conhecido por ser um homem bruto e
impiedoso.
Logo atrás
entrou um grupo de soldados Karuins, criaturas híbridas de répteis com humanos.
Andavam um pouco arqueados e empunhavam armas de fogo, como revólveres e
espingardas. Suas garras eram fortes e afiadas. Tinham escamas verdes nas mãos
e nos pés, partes que as vestes escuras não cobriam.
Ignorando
todos no bar, Chibo e os Karuins murmuravam entre si, apontando para a mulher
ferida no chão. Os Karuins falavam a língua comum, com forte sotaque gutural.
Chibo
rodeava os corpos caídos girando o machado nas grandes mãos azuladas, como se
decidisse quem mataria primeiro. Thagir fez um movimento à frente e Kullat
agarrou o braço do amigo.
— Não
podemos perder o foco da nossa missão — sussurrou.
— Meu amigo
— respondeu Thagir com um sorriso —, o meu negócio é chumbo!
Ele avançou
até ficar na frente do bárbaro azulado, que o olhou com desprezo. Um soldado
Karuin apontou sua espingarda de4 dois canos para o peito de Thagir,
afastando-o Chibo.
— Saia ou
vai morrer! — o sotaque gutural do Karuin era horrível. — Nem armado está e
quer dar uma de herói! — O soldado golpeou Thagir fortemente no peito com a
coronha da espingarda, derrubando-o violentamente.
Um
guerreiro ruivo de Kremat deixou suas companheiras no balcão, sacou sua espada
e avançou contra o Karuin que golpeara Thagir. Mal conseguiu dar dois passos e
teve a cabeça atravessada por tiros do mesmo soldado.
Kullat
acenou com a cabeça para Thagir, que respondeu ao sinal do amigo e se levantou,
ficando bem em frente do atirador. Thagir disse com frieza, enquanto levantava
vagarosamente o braço direito em direção ao peito do oponente:
— Como
dizem na minha terra, quem mata pelo tiro deve estar preparado para morrer pelo
tiro. Espero que você esteja!
À medida
que o braço subia, uma tênue luz azul e amarela surgiu da jóia em seu bracelete
e envolveu sua mão, onde foi se materializando um revólver vermelho e negro com
coronha de sândalo brilhante.
Ao terminar
o movimento, um estrondo feriu os ouvidos de todos no salão. O soldado caiu com
um enorme buraco no peito, toa grande que se podia ver através dele. Sangue
verde e pastoso escorria pelo chão.
Thagir
segurava confiante o revólver com o longo cano ainda fumegando. Antes que
qualquer um reagisse, Kullat lançou com as mãos uma rajada de energia mágica,
que explodiu em fagulhas no punho de outro soldado e o fez soltar a pistola. A
criatura de um grito e saiu correndo para a rua com as mãos em chamas, passando
com rapidez pela porta arrebentada.
— Crianças!
— a voz de Kullat era calma e irônica. — Podem se machucar com esses
brinquedos!
Chibo
apertou o cabo do machado com tanta força que as pontas dos dedos azuis ficaram
esbranquiçadas.
— Vou dizer
meu nome — exclamou o bárbaro com ódio no olhar — para que saibam quem mandou
vocês ao Naveeh*!
— Muito
gentil da sua parte! — respondeu Kullat com sorriso malicioso.
O bárbaro
mordeu o lábio inferior de raiva. Não podia acreditar que aqueles dois
estranhos estavam debochando dele na frente de seus soldados.
— Meu nome
é Chibo!
Mal
terminou de falar, iniciou um ataque feroz. Até seus soldados se assustaram com
a rapidez de seus movimentos.
Thagir
pulou para o lado e, ainda no ar, acertou dois Karuins com seu revólver,
fazendo o sangue esguichar no balcão. Kullat se desviou dos golpes de machado
de Chibo com rapidez e, ao mesmo tempo, com as mãos enfaixadas e brilhantes,
disparou rajadas de energia nos soldados répteis à esquerda e à direita. Um
deles foi jogado contra as pedras da parede, emitindo estalos de ossos se
quebrando. Outro conseguiu pular para cima de Kullat, mas levou um soco na boca
que quebrou suas presas.
Enquanto a
briga continuava, as pessoas gritavam e corriam para a rua. Algumas foram
atingidas pelo machado de Chibo, outras foram mortas pelos Karuins. Dois homens
tentaram ajudar o grupo de Kremat, mas foram abatidos antes de sacar a espada.
— Meu
bar!!! — Dorik gritou com raiva.
Dois
soldados Karuins o miraram com seus revólveres cor de chumbo e começaram a
atitar. O barman se escondeu atrás do
balcão e pegou uma escopeta de três canos que guardava para eventualidades.
Rapidamente se levantou e atirou nos soldados, abaixando-se em seguida.
Encharcado pelos mais variadas bebidas, o balcão agora só tinha garrafas e
copos quebrados. Outro homem-réptil o atacou, pulando por cima do balcão. As
garras rasgaram o braço de Dorik e o fizeram soltar a escopeta.
Dorik
conseguiu chutar o peito do Karuin e o afastou por alguns segundos. Tateando
pelo chão, achou um enorme pedaço de vidro e, quando o soldado pulou novamente
para mordê-lo com as presas afiadas, enfiou com força o vidro no olho da
criatura, fazendo-a urrar de dor. O forte barman
aproveitou o momento para recuperar a escopeta de três canos e dar um tiro no
pescoço daquele ser asqueroso, acabando com sua agonia.
Chibo
urrava e atacava, ao mesmo tempo em que rebatia os tiros de Thagir com seu
machado. Por duas vezes quase atingiu Kullat com o aço rígido de sua arma.
Um dos
répteis atacou o pistoleiro por trás, usando suas garras afiadas e rasgando as
costas de Thagir. Graças à grossa casaca verde de couro de gorlak*, o ferimento foi superficial. Com fúria, o pistoleiro
agarrou o soldado e o jogou por cima do balcão. O Karuin bateu com força contra
as garrafas e vidros quebrados e na se levantou mais. O couro do longo casaco
de Thagir, que havia sido tratado por costureiras mágicas em seu reino, não
tinha mais rasgos.
Chibo
rodopiou o machado acima da cabeça, forçando Kullat e Thagir a se afastar.
Dorik, apesar de estar com a escopeta descarregada, levantou-se e mirou o
último soldado Karuin sobrevivente.
— Você vai
pagar pela vida que tirou, Chibo! — uma fraca voz feminina ecoou atrás de
Kullat.
Era a
mulher de cabelos curtos, que havia acordado. Tinha uma espada na mão e os
olhos negros lacrimejavam. Chibo segurou sua arma de modo defensivo. Sem aviso,
o guerreiro azulado urrou tão alto que fez Dorik largar a espingarda para tapar
os ouvidos. Depois do ataque sonoro, o bárbaro saiu rapidamente pela porta,
seguido pelo último soldado Karuin.
Dorik pulou
por cima do balcão e foi até a saída do bar, apenas para ver as sombras dos
fugitivos correndo pela rua deserta. Enquanto ele observava Chibo se
distanciar, Kullat ajudou a mulher a se sentar no chão coberto de sangue
vermelho e verde.
Thagir
girou rapidamente o pulso para direita e com um tranco seco, o tambor do
revólver se abriu. Cápsulas vazias caíram a seu lado e, com outro movimento
firme, o tambor voltou à posição original. Um leve brilho, da mesma cor da luz
emitida pela pedra do bracelete, envolveu o revólver, e magicamente ele estava
carregado.
O
pistoleiro foi ajudar o cavaleiro com o símbolo triangular no peito, que ainda
estava caído.
— Não
adianta — a voz da mulher era firme, o que fez Thagir interromper o passo. —
Noiw está morto.
— Lamento —
Kullat falou com sinceridade, depois de alguns instantes de silêncio. Ela lhe
devolveu um olhar cansado. Os olhos escuros e brilhantes, que agora estavam
secos, formavam uma simetria perfeito com o nariz.
— Noiw está
morto... — ela repetiu, arrumando a bolsa de couro que carregava. De repente o
autômato, que ainda estava caído ao lado de Noiw, mexeu os braços.
— Azio! —
exclamou a mulher, correndo até a estranha criatura.
Com
suavidade, pressionou um botão minúsculo na parte superior da cabeça dourada.
Os olhos vermelhos piscaram. Um ruído sintético e mecânico, vindo do peito,
pôde ser ouvido. Olhos agora estavam amarelos e piscavam rapidamente. Um chiado
eletrônico saiu do humanoide.
—
01010101... 01% 0101... 01%... %01%
—
0101%0101%%% — respondeu a mulher. A língua falada pela criatura e por ela era
totalmente ininteligível para Thagir, Kullat e Dorik.
— Mestra
Laryssa %%01 feriu? — a pergunta saiu nas duas línguas, misturas com o som
interno do autômato.
Ao ouvir o
nome da mulher, Thagir e Kullat se entreolharam e fizeram um sinal com a
cabeça.
— Estou bem
— ela respondeu com delicadeza. — Reinicie seus programas e entre em modo de
espera.
— 0101
010%%%!
Para
Kullat, a resposta do autômato dourado soou como “sim, senhora”.
— Você está
bem, senhor...? — disse Thagir ao barman.
— Meus
amigos me chamam de Dorik — ele respondeu.
— Dorik.
Você está bem? — complementou o pistoleiro com simpatia.
— Meu braço
dói um pouco, mas vai ficar bom.
— Então,
por favor, fique na entrada e me avise se alguém vier para cá — Thagir instruiu
de forma enérgica. O barman concordou
e ficou alerta, olhando para a escuridão da noite.
— Kullat —
continuou Thagir —, acho bom tentarmos descobrir mais alguma coisa sobre esses
soldados.
Kullat
abaixou-se ao lado do primeiro Karuin que havia morrido.
— Vamos ver
o que temo aqui! — falou, removendo o capuz do morto.
A criatura
ser dúvida era humanóide, mas tinha muitas características de um réptil. O
corpo era recoberto de escamas. O rosto continha traços humanos, como barba e
nariz, mas a língua era bipartida e as pupilas tinham formato de fenda. O corpo
tinha marcas e cicatrizes, algumas recentes. O peito estava estraçalhado.
Kullat não
se demorou muito nesse detalhe, afinal o coração daquele ser estava agora em
algum lugar do salão ensanguentado, arrancado pelo tiro de Thagir. Debaixo do
manto escuro, a criatura usava uma jaqueta para guardar munição e uma faca
grande e extremamente afiada. O cheiro era nauseante, o que o fez desistir de
virar o corpo.
— Pensei
que eram do planeta Repo, mas me enganei! — ele disse, ainda agachado. — Os
homens-répteis de Repo são lagartos bípedes, mas possuem cauda e mandíbula. A
maioria veste capuz, como este, mas normalmente usam discos afiados em forma de
meia leia com arma.
Thagir
aproximou-se da mulher e, com voz séria, perguntou:
— Você é
Laryssa, princesa de Agas’B, certo?
— Sim — ela
respondeu, surpresa. — Você me conhece?
Antes que
ele pudesse responder, Dorik entrou pelo buraco da porta com uma expressão de
pânico. Parecia ter visto um fantasma, de tão pálido.
— Chibo
está voltando! — disse ofegante. — E trouxe um exército!
CONTINUA NO LIVRO...
...
Thagir, pistoleiro e Senhor de Castelo do planeta Curanaã e possuir de dois braceletes mágicos.
...
Kullat, Senhor de Castelo
do planeta Oririn. Possui a habilidade de manipular energia mágica e é o atual
portador das faixas mágicas de Jord*.
...
Azio, autômato de
forma humanóide e possivelmente o último sobrevivente do planeta Binal.
...
Soldado Karuin,
híbrido de réptil e humano, liderado por Chibo. Origem desconhecida.
...
Laryssa, princesa do
reino de Agas’B. Seu dom natural lhe permite falar com animais.
...
Notas:
– Cok*: bebida escura e adocicada. Servida gelada, atua como
refrescante e energético. Pode ser misturada com outras bebidas alcoólicas para
formar diferentes drinques.
– Biso*: jogo de cartas muito apreciado em vários planetas.
Utiliza o baralho do cavaleiro, o mais comum dos baralhos do Multiverso.
– Cuspe de Dragão*: bebida destilada de alto teor alcoólico,
com bolhas espessas cor de âmbar. É agridoce, densa e normalmente servida em
pequenos copos transparentes.
– Quadrante 1*: a Ordem dos Senhores de Castelo classifica
os planetas conhecidos em quatro quadrantes, baseados no grau de
desenvolvimento tecnológico e na intensidade de magia natural existente.
– Naveeh*: lugar para onde vão os mortos em algumas culturas
do Multiverso.
– Gorlak*: grande animal marinho de couro resistente e
maleável, originário do planeta Curanaã.
– Faixas de Jord*: manoplas enfeitiçadas que se incorporaram
a Kullat durante uma de suas missões e potencializaram seus poderes. Segundo a
história, o feiticeiro Jord criou magicamente dois objetos de grande poder: as
faixas e um cajado que há muito se perdeu.
...
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