Devil’s Drink 30 – A
Cidade das Pontes
Um mundo
urbano. Prédios e edifícios por todos os lados. Pontes, dezenas de pontes,
pontes por todos os lados e nenhum rio transbordando, umedecendo ou poluindo a
paisagem, apenas prédios, edifícios e pontes. Não havia praças, não havia
árvores, não havia plantas. Não havia animais, não havia insetos, apenas
humanos viviam ali, naquele mundo cinza, triste e tenebroso.
Nos
entremeios da Cidade das Pontes, reinava a lei de ninguém. Assassinatos
cometidos com crueldade e obsessão eram frequentes e nenhuma autoridade sabia o
que fazer para acabar com as mortes. Eram cinco níveis distintos, que separavam
a parte baixa da mais alta e não incomum era encontrar alguns trechos em que as
ligações se tornavam um verdadeiro labirinto de seis níveis ou mais. Por causa
desse emaranhado confuso para os próprios habitantes, tornava-se difícil pegar
o serial killer que atormentava os inúteis cidadãos. Você poderia ser morto a
qualquer momento, a qualquer hora, sob qualquer ponte ou acima dela. Não havia
assinatura, eram apenas mortes culminadas em hábeis destrinchamentos
cirúrgicos. Eram homens, mulheres, idosos e crianças... Seu apetite era tanto
que fazia cerca de três vítimas por mês, uma a cada dez dias.