Com o término da história, "Uma Vampira na Cidade" de Adriano Siqueira e Stefany Albuquerque, inevitavelmente eu, que estava ávido por todo o desenvolvimento da história, não tinha como não escrever mais uma pontinha da história. Só espero que não fique por isso mesmo, eu quero mais, mais...
Devil’s Drink 31 –
Marcada...
Depois de
vários meses procurando, meu informante no Brasil me enviou uma mensagem para
encontrá-lo numa pequena cidade do interior. Fui até o local na hora marcada:
– Encontrou
o que eu queria? – perguntei.
– Sim. Ela está
presa em um laboratório para gerar um filho e não saíra de lá até que ele venha
ao mundo. Além disso, ela está muito machucada, há um bom tempo que foi marcada
por forças demoníacas e as feridas custam a sarar, reabrindo de vez em
quando...
– E então?
– Suas
suspeitas estavam certas...
– Ótimo!
Pensei que nosso último encontro tivesse sido um problema, mas vejo que saiu
tudo do jeito certo. O tio San vai adorar saber disso! Obrigado por tudo...
– Não está
se esquecendo de nada?
– Calma, já
estou pegando! Já estou pegando! – tirei do bolso um pergaminho com poderes
mágicos e entreguei a ele. – Faça bom proveito!
– Farei...
Depois de
pegar o endereço do laboratório, me dirigi para lá. O lugar era muito bem
protegido por diversos lobisomens grandes e bem treinados que poderiam farejar
o cheiro de uma mosca a quilômetros. Preferi não passar pela segurança e fui
direto para o quarto onde ela estaria.
Uma
enfermeira verificou os sinais vitais da paciente que estava completamente
presa a cama e saiu do quarto. Ao fechar a porta, surgi de trás dela. A grávida
acordou e percebeu que eu estava no quarto:
– Você?!
Enfermeira! Socorro!
– Não
adianta. Eles não vão te ouvir... Aliás, não há como abrir a porta...
– O que
você quer? Eu não tenho mais nada, sou apenas uma prisioneira aqui! – ela
gritava de raiva, enfurecida com a minha presença.
– Não tema
Minerva... Por ordens superiores terei de deixá-la viva e vim ver como você
estava. – sorri para ela amigavelmente.
– Mentira!
Uma criatura como você não me deixaria viva por ter traído os lobisomens e ter
devorado humanos! – ela não se continha na cama, queria se desprender de
qualquer jeito.
– Sabe
Minerva, alguém como eu está ligado à natureza, o que você sente eu sinto. E
não apenas isso! Posso sentir quando outros seres estão surgindo...
– Se afaste
de mim! – me aproximo dela e acaricio a barriga inchada que parecia uma bola.
– Você não
está grávida de sete meses... Você está grávida de nove!
–
Impossível! Há nove meses eu não estava aqui!
– Justamente...
Há nove meses você estava com aquele lobisomem do clã nórdico.
– Não é
possível! É mentira!
– Minerva,
Minerva... Você desconhece os meus poderes e minhas influências. O pouco que
conheces de mim vem das lendas que contam por aí, nada realmente concreto. Os
meus poderes poderiam dar um nós no seu cérebro se eu te contasse tudo o que
sei, e eu realmente sei muito!
– Fale
logo! O que você fez comigo?
Sorri
abertamente, rasgando os cantos da minha boca, revelando uma fileira enorme de
dentes pontiagudos. Minhas escamas metálicas e vermelhas brotaram em minha pele
cobrindo todo o meu braço direito. Na ponta de meus dedos, longas garras agudas
cresceram. Parte de meu rosto foi tomado pelos poderes draconianos, o fundo de
meu olho direito tornou-se vermelho e uma marca escura percorreu as pálpebras descendo
da lateral do rosto e indo para o nariz.
– O que é
você?! – disse ela apavorada.
–
Hahahahahah... Um draconiano! E este bebê será a reencarnação daquele lobisomem
albino!
– Não! O
clã nórdico não possui mães!
– Sim! Você
pagará pelos seus erros tendo um filho que irá te matar congelada quando
nascer! Hahahahahah!
Depois que
parei de gargalhar, sorri para ela de novo. Minhas garras brilharam em
incandescência e fiz alguns movimentos com o dedo indicador sobre a barriga e a
testa dela.
– No
entanto... Pediram-me para que você não fosse levada ainda, a criança precisa
nascer. – reparei as marcas demoníacas, curando-as.
– Me mate!
Me mate, por favor! Eu faço qualquer coisa, mas não deixe essa criança me
congelar lentamente!
Segurei o
seu rosto suavemente e lhe dei um beijo de boa noite na testa.
– Seu
sangue é poderoso Minerva. Talvez você sobreviva... Ou não! Hahahahahaha...
– NÃO! NÃO
ME DEIXE AQUI! EU SUPLICO!
– Até uma
próxima vez, shewolf... – flutuei até a parte de trás da porta e ela se abriu,
a enfermeira veio ver se ela estava bem. Encontrando-a consternada, rapidamente
aplicou-lhe um sedativo que a fez dormir.
Não sei o
que aconteceu a ela, talvez tenha sobrevivido. Sei apenas que aquele
laboratório hospitalar foi encontrado completamente congelado alguns dias
depois, nenhum sobrevivente encontrado.
Pensando no
que eu faria depois daquilo, conclui:
– Se
Morticia está por aqui, que tal fazer uma visita? As energias daquela vampira
são tão... sedutoras! Victório, seu bobo! Tome cuidado, a sedução é vermelha...
como o sangue!
...
Uma boa conclusão sobre o que aconteceu com a Minerva... um trabalho excelente caro victório e certamente vai dar o que falar. Um grande abraço e agradeço sempre seus textos que só engrandecem mais os nossos escritos. grande abraço :-)
ResponderExcluirAh, como eu adoro mistérios... Já que Morticia havia deixado Minerva de lado, resolvi abocanhar a possibilidade... Estava louco para dar um fim nela... E agora preciso encontrar esse filhote sumido! \o/
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