domingo, 17 de fevereiro de 2013

Crônicas dos Senhores de Castelo: O Poder Verdadeiro - part. 02



Terminando com as postagens sobre o livro 1 de Crônicas dos Senhores de Castelo, trago a vocês o capítulo memorável "Briga de Bar", onde conhecemos pela primeira vez o personagens principais da saga (não vou contar a vocês agora, leiam logo abaixo, por favor). Mais conteúdo disponível no site dos livros: http://www.senhoresdecastelo.com.br/

Confira a postagem anterior aqui: http://victorioanthony.blogspot.com.br/2013/02/cronicas-dos-senhores-de-castelo-o.html



BRIGA DE BAR


 
Quinze anos depois

A música envolvia todo o ambiente. Bandolins, instrumentos de percussão e flautas de osso criavam melodias dançantes, acompanhando a sensual voz feminina que cantava sobre como viver bem a vida. No meio do salão, várias pessoas dançavam alegremente.
            Como em toda noite estrelada, o bar estava cheio. Ponto de parada de viajantes da região, várias raças se encontravam ali para beber, jogar e dançar no enorme salão, enquanto garçonetes iam e vinham entre as mesas.
            Dorik era o barman e também o dono do estabelecimento. Forte, de cabelos claros e barba rala, tinha braços e mãos grandes, proporcionais ao resto do corpo. Fora guerreiro na juventude, porém, cansado das batalhas, montou um bar na cidade de Cim para receber velhos amigos. Vestia calças de pano grosso, camisa de algodão escura e um avental de couro marrom. Gostava de sua nova vida. Atencioso com todos os clientes, não deixava que nada faltasse aos viajantes. Enquanto enchia três copos com cok* e rum, observou que, em uma mesa na parte mais afastada da pista de dança, dois homens jogavam biso* amigavelmente.
            Thagir, um dos jogadores, era bastante alto e esguio. Seus cabelos curtos eram negros como uma noite sem lua, e a barba bem aparada apresentava tons estranhamente ruivos. Vestia uma longa casaca verde-escura com as mangas dobradas, deixando à mostra dois lagos braceletes finamente trabalhados, um em cada pulso. Cada bracelete tinha uma pedra preciosa diferente. Usava uma calça marrom com vários bolsos e botas de couro também marrons. No pescoço, um colar de metal bem trabalhado reluzia fracamente.
            — Aposto um cuspe de dragão* que você não ganha de mim! — ele falou em tom de diversão.
            A brincadeira foi seguida pela risada alta e displicente de Kullat, seu amigo e companheiro de jogo, que vestia capuz e manto brancos, contornando todo seu corpo. As botas pareciam feitas do mesmo tecido, mas eram visivelmente mais rígidas. Também era um homem alto, ligeiramente menor e mais encorpado que o amigo. Suas mãos estavam enfaixadas até o meio dos dedos com tiras de pano brancas. Seu rosto mal era visível sob a fraca luz do bar, com se a penumbra tomasse conta de sua face.
            — Aceito a aposta! — disse Kullat, também se divertindo.
            — Mostre suas cartas e veremos se esse lixo que você tem supera o meu jogo — a réplica de Thagir veio de forma zombeteira.
            Kullat jogou as cartas na mesa de modo desafiador. Thagir sorria enquanto mostrava cartas de maior valor, uma após a outra. Ambos riam animadamente. Com o fim da partida, Kullat chamou a garçonete e pediu vinho e queijo. Thagir guardou o baralho em um dos vários bolsos de sua calça.
            Enquanto esperavam pela comida, olhavam atentamente o movimento do salão, que era um mesclado colorido de vestes e formas. Havia mulheres de Arthúa, o planeta aquático do quadrante 1*, com sua pele azulada e brilhante. Ninfas das florestas do norte de Agas’B dançavam calmamente, exibindo adornos na barriga e nos braços. Três beldades de cabelos cor de fogo vindas do planeta Kremat, o reino do vulcão Mag, estavam vestidas de couro negro e metal opaco e dançavam alegremente.
            Os homens, também de várias raças, bebiam e conversavam no balcão. Os Gerens, comerciantes do leste longínquo, mostravam suas espadas e armas, tentando vender as mercadorias aos clientes do bar. Anões da cidade de Asys analisavam machados e escudos, enquanto dois gêmeos de pele amarelada de Adrilin admiravam algumas adagas.
            O pedido de Kullat chegou e ele começou a comer imediatamente.
            — Qual é o plano? — perguntou enquanto enchia um copo com vinho.
            — Vamos começar pelo básico — respondeu Thagir, ainda olhando para o salão. — Faremos amizade com alguém aqui no bar e tentaremos descobrir alguma coisa sobre o paradeiro da princesa Laryssa.
            Uma explosão, vinda da entrada do bar, interrompeu bruscamente a música. As pessoas próximas da porta gritaram e algumas se feriram com os estilhaços. O movimento na pista de dança parou completamente.
            Kullat e Thagir levantaram-se com rapidez. Como eram homens de estatura elevada, conseguiam observar por cima dos demais e foram para a pista. A porta do bar estava quebrada, como se algo tivesse sido arremessado contra ela com grande violência.
            No chão, a alguns metros da entrada, havia três figuras desacordadas em meio aos destroços da porta.
            A primeira era uma bela jovem de cabelos curtos, com jóias delicadas nos braços e pernas. Usava calças justas escuras e um vestido curto por cima, que, rasgado, permitia ver uma jóia prateada presa no umbigo. A boca pequena de lábios finos contrastava com o corpo atlético e as pernas torneadas. Cruzando o peito, havia uma grossa tira de couro, que terminava em uma bolsa enorme que parecia conter algo pesado.
            A segunda era um homem de meia-idade vestindo uma armadura de cavaleiro com dois triângulos no peito, um vermelho e um branco. Thagir reconheceu a figura como o símbolo do reino de Agas’B. No chão, a seu lado, havia uma bela espada.
            A terceira figura tinha o corpo humanóide, porém a pele era de uma espécie de metal dourado. Os olhos eram duas pedras redondas vermelhas. O rosto era ovalado, com orifícios no lugar da boca. Apesar de estar caído, era visivelmente robusto.
            — Um autômato dourado... — Kullat sussurrou, espantado.
            Todos no bar estavam tão surpresos com aquelas três figuras caídas que não perceberam um grande e forte homem que entrava pelo buraco onde ficava a porta. Era um guerreiro bárbaro, de longos cabelos violeta e pela azulada, que carregava um enorme machado. Seu nome era Chibo, conhecido por ser um homem bruto e impiedoso.
            Logo atrás entrou um grupo de soldados Karuins, criaturas híbridas de répteis com humanos. Andavam um pouco arqueados e empunhavam armas de fogo, como revólveres e espingardas. Suas garras eram fortes e afiadas. Tinham escamas verdes nas mãos e nos pés, partes que as vestes escuras não cobriam.
            Ignorando todos no bar, Chibo e os Karuins murmuravam entre si, apontando para a mulher ferida no chão. Os Karuins falavam a língua comum, com forte sotaque gutural.
            Chibo rodeava os corpos caídos girando o machado nas grandes mãos azuladas, como se decidisse quem mataria primeiro. Thagir fez um movimento à frente e Kullat agarrou o braço do amigo.
            — Não podemos perder o foco da nossa missão — sussurrou.
            — Meu amigo — respondeu Thagir com um sorriso —, o meu negócio é chumbo!
            Ele avançou até ficar na frente do bárbaro azulado, que o olhou com desprezo. Um soldado Karuin apontou sua espingarda de4 dois canos para o peito de Thagir, afastando-o Chibo.
            — Saia ou vai morrer! — o sotaque gutural do Karuin era horrível. — Nem armado está e quer dar uma de herói! — O soldado golpeou Thagir fortemente no peito com a coronha da espingarda, derrubando-o violentamente.
            Um guerreiro ruivo de Kremat deixou suas companheiras no balcão, sacou sua espada e avançou contra o Karuin que golpeara Thagir. Mal conseguiu dar dois passos e teve a cabeça atravessada por tiros do mesmo soldado.
            Kullat acenou com a cabeça para Thagir, que respondeu ao sinal do amigo e se levantou, ficando bem em frente do atirador. Thagir disse com frieza, enquanto levantava vagarosamente o braço direito em direção ao peito do oponente:
            — Como dizem na minha terra, quem mata pelo tiro deve estar preparado para morrer pelo tiro. Espero que você esteja!
            À medida que o braço subia, uma tênue luz azul e amarela surgiu da jóia em seu bracelete e envolveu sua mão, onde foi se materializando um revólver vermelho e negro com coronha de sândalo brilhante.
            Ao terminar o movimento, um estrondo feriu os ouvidos de todos no salão. O soldado caiu com um enorme buraco no peito, toa grande que se podia ver através dele. Sangue verde e pastoso escorria pelo chão.
            Thagir segurava confiante o revólver com o longo cano ainda fumegando. Antes que qualquer um reagisse, Kullat lançou com as mãos uma rajada de energia mágica, que explodiu em fagulhas no punho de outro soldado e o fez soltar a pistola. A criatura de um grito e saiu correndo para a rua com as mãos em chamas, passando com rapidez pela porta arrebentada.
            — Crianças! — a voz de Kullat era calma e irônica. — Podem se machucar com esses brinquedos!
            Chibo apertou o cabo do machado com tanta força que as pontas dos dedos azuis ficaram esbranquiçadas.
            — Vou dizer meu nome — exclamou o bárbaro com ódio no olhar — para que saibam quem mandou vocês ao Naveeh*!
            — Muito gentil da sua parte! — respondeu Kullat com sorriso malicioso.
            O bárbaro mordeu o lábio inferior de raiva. Não podia acreditar que aqueles dois estranhos estavam debochando dele na frente de seus soldados.
            — Meu nome é Chibo!
            Mal terminou de falar, iniciou um ataque feroz. Até seus soldados se assustaram com a rapidez de seus movimentos.
            Thagir pulou para o lado e, ainda no ar, acertou dois Karuins com seu revólver, fazendo o sangue esguichar no balcão. Kullat se desviou dos golpes de machado de Chibo com rapidez e, ao mesmo tempo, com as mãos enfaixadas e brilhantes, disparou rajadas de energia nos soldados répteis à esquerda e à direita. Um deles foi jogado contra as pedras da parede, emitindo estalos de ossos se quebrando. Outro conseguiu pular para cima de Kullat, mas levou um soco na boca que quebrou suas presas.
            Enquanto a briga continuava, as pessoas gritavam e corriam para a rua. Algumas foram atingidas pelo machado de Chibo, outras foram mortas pelos Karuins. Dois homens tentaram ajudar o grupo de Kremat, mas foram abatidos antes de sacar a espada.
            — Meu bar!!! — Dorik gritou com raiva.
            Dois soldados Karuins o miraram com seus revólveres cor de chumbo e começaram a atitar. O barman se escondeu atrás do balcão e pegou uma escopeta de três canos que guardava para eventualidades. Rapidamente se levantou e atirou nos soldados, abaixando-se em seguida. Encharcado pelos mais variadas bebidas, o balcão agora só tinha garrafas e copos quebrados. Outro homem-réptil o atacou, pulando por cima do balcão. As garras rasgaram o braço de Dorik e o fizeram soltar a escopeta.
            Dorik conseguiu chutar o peito do Karuin e o afastou por alguns segundos. Tateando pelo chão, achou um enorme pedaço de vidro e, quando o soldado pulou novamente para mordê-lo com as presas afiadas, enfiou com força o vidro no olho da criatura, fazendo-a urrar de dor. O forte barman aproveitou o momento para recuperar a escopeta de três canos e dar um tiro no pescoço daquele ser asqueroso, acabando com sua agonia.
            Chibo urrava e atacava, ao mesmo tempo em que rebatia os tiros de Thagir com seu machado. Por duas vezes quase atingiu Kullat com o aço rígido de sua arma.
            Um dos répteis atacou o pistoleiro por trás, usando suas garras afiadas e rasgando as costas de Thagir. Graças à grossa casaca verde de couro de gorlak*, o ferimento foi superficial. Com fúria, o pistoleiro agarrou o soldado e o jogou por cima do balcão. O Karuin bateu com força contra as garrafas e vidros quebrados e na se levantou mais. O couro do longo casaco de Thagir, que havia sido tratado por costureiras mágicas em seu reino, não tinha mais rasgos.
            Chibo rodopiou o machado acima da cabeça, forçando Kullat e Thagir a se afastar. Dorik, apesar de estar com a escopeta descarregada, levantou-se e mirou o último soldado Karuin sobrevivente.
            — Você vai pagar pela vida que tirou, Chibo! — uma fraca voz feminina ecoou atrás de Kullat.
            Era a mulher de cabelos curtos, que havia acordado. Tinha uma espada na mão e os olhos negros lacrimejavam. Chibo segurou sua arma de modo defensivo. Sem aviso, o guerreiro azulado urrou tão alto que fez Dorik largar a espingarda para tapar os ouvidos. Depois do ataque sonoro, o bárbaro saiu rapidamente pela porta, seguido pelo último soldado Karuin.
            Dorik pulou por cima do balcão e foi até a saída do bar, apenas para ver as sombras dos fugitivos correndo pela rua deserta. Enquanto ele observava Chibo se distanciar, Kullat ajudou a mulher a se sentar no chão coberto de sangue vermelho e verde.
            Thagir girou rapidamente o pulso para direita e com um tranco seco, o tambor do revólver se abriu. Cápsulas vazias caíram a seu lado e, com outro movimento firme, o tambor voltou à posição original. Um leve brilho, da mesma cor da luz emitida pela pedra do bracelete, envolveu o revólver, e magicamente ele estava carregado.
            O pistoleiro foi ajudar o cavaleiro com o símbolo triangular no peito, que ainda estava caído.
            — Não adianta — a voz da mulher era firme, o que fez Thagir interromper o passo. — Noiw está morto.
            — Lamento — Kullat falou com sinceridade, depois de alguns instantes de silêncio. Ela lhe devolveu um olhar cansado. Os olhos escuros e brilhantes, que agora estavam secos, formavam uma simetria perfeito com o nariz.
            — Noiw está morto... — ela repetiu, arrumando a bolsa de couro que carregava. De repente o autômato, que ainda estava caído ao lado de Noiw, mexeu os braços.
            — Azio! — exclamou a mulher, correndo até a estranha criatura.
            Com suavidade, pressionou um botão minúsculo na parte superior da cabeça dourada. Os olhos vermelhos piscaram. Um ruído sintético e mecânico, vindo do peito, pôde ser ouvido. Olhos agora estavam amarelos e piscavam rapidamente. Um chiado eletrônico saiu do humanoide.
            — 01010101... 01% 0101... 01%... %01%
            — 0101%0101%%% — respondeu a mulher. A língua falada pela criatura e por ela era totalmente ininteligível para Thagir, Kullat e Dorik.
            — Mestra Laryssa %%01 feriu? — a pergunta saiu nas duas línguas, misturas com o som interno do autômato.
            Ao ouvir o nome da mulher, Thagir e Kullat se entreolharam e fizeram um sinal com a cabeça.
            — Estou bem — ela respondeu com delicadeza. — Reinicie seus programas e entre em modo de espera.
            — 0101 010%%%!
            Para Kullat, a resposta do autômato dourado soou como “sim, senhora”.
            — Você está bem, senhor...? — disse Thagir ao barman.
            — Meus amigos me chamam de Dorik — ele respondeu.
            — Dorik. Você está bem? — complementou o pistoleiro com simpatia.
            — Meu braço dói um pouco, mas vai ficar bom.
            — Então, por favor, fique na entrada e me avise se alguém vier para cá — Thagir instruiu de forma enérgica. O barman concordou e ficou alerta, olhando para a escuridão da noite.
            — Kullat — continuou Thagir —, acho bom tentarmos descobrir mais alguma coisa sobre esses soldados.
            Kullat abaixou-se ao lado do primeiro Karuin que havia morrido.
            — Vamos ver o que temo aqui! — falou, removendo o capuz do morto.
            A criatura ser dúvida era humanóide, mas tinha muitas características de um réptil. O corpo era recoberto de escamas. O rosto continha traços humanos, como barba e nariz, mas a língua era bipartida e as pupilas tinham formato de fenda. O corpo tinha marcas e cicatrizes, algumas recentes. O peito estava estraçalhado.
            Kullat não se demorou muito nesse detalhe, afinal o coração daquele ser estava agora em algum lugar do salão ensanguentado, arrancado pelo tiro de Thagir. Debaixo do manto escuro, a criatura usava uma jaqueta para guardar munição e uma faca grande e extremamente afiada. O cheiro era nauseante, o que o fez desistir de virar o corpo.
            — Pensei que eram do planeta Repo, mas me enganei! — ele disse, ainda agachado. — Os homens-répteis de Repo são lagartos bípedes, mas possuem cauda e mandíbula. A maioria veste capuz, como este, mas normalmente usam discos afiados em forma de meia leia com arma.
            Thagir aproximou-se da mulher e, com voz séria, perguntou:
            — Você é Laryssa, princesa de Agas’B, certo?
            — Sim — ela respondeu, surpresa. — Você me conhece?
            Antes que ele pudesse responder, Dorik entrou pelo buraco da porta com uma expressão de pânico. Parecia ter visto um fantasma, de tão pálido.
            — Chibo está voltando! — disse ofegante. — E trouxe um exército!
CONTINUA NO LIVRO...

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Thagir, pistoleiro e Senhor de Castelo do planeta Curanaã e possuir de dois braceletes mágicos.


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Kullat, Senhor de Castelo do planeta Oririn. Possui a habilidade de manipular energia mágica e é o atual portador das faixas mágicas de Jord*.

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Azio, autômato de forma humanóide e possivelmente o último sobrevivente do planeta Binal.

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Soldado Karuin, híbrido de réptil e humano, liderado por Chibo. Origem desconhecida.

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Laryssa, princesa do reino de Agas’B. Seu dom natural lhe permite falar com animais.

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Notas:
– Cok*: bebida escura e adocicada. Servida gelada, atua como refrescante e energético. Pode ser misturada com outras bebidas alcoólicas para formar diferentes drinques.
– Biso*: jogo de cartas muito apreciado em vários planetas. Utiliza o baralho do cavaleiro, o mais comum dos baralhos do Multiverso.
– Cuspe de Dragão*: bebida destilada de alto teor alcoólico, com bolhas espessas cor de âmbar. É agridoce, densa e normalmente servida em pequenos copos transparentes.
– Quadrante 1*: a Ordem dos Senhores de Castelo classifica os planetas conhecidos em quatro quadrantes, baseados no grau de desenvolvimento tecnológico e na intensidade de magia natural existente.
– Naveeh*: lugar para onde vão os mortos em algumas culturas do Multiverso.
– Gorlak*: grande animal marinho de couro resistente e maleável, originário do planeta Curanaã.
– Faixas de Jord*: manoplas enfeitiçadas que se incorporaram a Kullat durante uma de suas missões e potencializaram seus poderes. Segundo a história, o feiticeiro Jord criou magicamente dois objetos de grande poder: as faixas e um cajado que há muito se perdeu.

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