Bem vindas as novas clientes do bar: Gisele, a guria do teatro e Luna, uma cliente entusiasmada com o blog e que me prometeu passar mais vezes por aqui... (Promessa é divida, fazer o quê? Tenho que tocar esse bar sozinho enquanto os meus empregados estão com probleminhas... É uma certa neurose, sabe?) Esta Devil's Drink foi criada com inspiração na história "Uma vampira na cidade", da qual sou fã, misturada com uma música do David Guetta, She wolf, que colocarei o video logo abaixo da história. Degustem com prazer! ^^
Link para a história original de 'Uma vampira na cidade', de Adriano Siqueiro e Stefany Albuquerque
Link para a história original de 'Uma vampira na cidade', de Adriano Siqueiro e Stefany Albuquerque
Devil’s Drink 28 –
Caçada
Naqueles
dias eu estava em outro país, no continente europeu, a pedido de um amigo.
Estávamos num bar, na Alemanha:
– Quero que
investigue o namorado de uma moça...
– Algum
interesse em especial? – perguntei-lhe.
– Creio que
ela está noiva de um lobisomem... – ele levou um copo de conhaque à boca e sentiu-o
queimar a garganta com certo pesar – Ele vai comê-la a qualquer momento.
– E porque
acha que ele a comeria?
– Tentei
investigar-lhe o passado e encontrei dois ou três indícios que suas noivas
anteriores foram congeladas e devoradas – e deu outra golada.
– Certo,
farei o possível.
Decidi
procurar por eles, meu amigo me contou que eles estavam na Rússia. Liori, o
homem leão, um amigo de muito tempo, estava por lá e enviei-lhe o pedido para
que fosse investigando enquanto eu não chegava. Soprei nos ouvidos do vento e a
mensagem chegou-lhe rapidamente.
Dirigi-me a
São Petersburgo e me encontrei com Liori:
– A coisa
está feia... – disse-me, sem mais delongas – A moça vai se casar com um
lobisomem do infame clã nórdico!
– Droga...
– esse clã é conhecido por, além da força brutal, ter um sopro congelante – Não
tenho tempo a perder! Fique aqui, eu cuidarei de tudo.
Fui à casa
da moça, já estava vazia. Tentei entrar em transe e absorver as memórias do
local e descobri que a moça havia sido levada a força. Senti as energias dos
dois enamorados, mas senti uma terceira, também de lobisomem, talvez de uma
shewolf, que desconhecia.
Percorri
longas distâncias procurando pelo rastro dos dois sentindo uma grande força
agindo no local. Os encontrei em um grande prado a quilômetros da cidade. Era
inverno e estava tudo branco por causa da neve. Aproximei-me, mas era tarde.
Aos pés daquele lobisomem albino jazia o corpo gélido e dilacerado da moça, com
os seios completamente devorados. Por suas bocas cheias de sangue, eles haviam
comido com gosto:
– Causando
problemas aos humanos? – me apresentei.
– Quem é
você?
– Não
interessa... Peguei vocês no flagra! Já não bastava o seu clã ser banido do
conselho? – o lobisomem albino estava claramente raivoso e iria me atacar.
Porém, a mulher ao lado dele o impediu.
– Não ligue
para ele – ela o seduzia – vamos sair daqui, ele não tem como vir atrás de nós
num dia tão lindo...
Cuspi no chão:
– Você não
me conhece lupina! – tirei meu casaco, deixei as minhas escamas de dragão
surgirem, rasgando e queimando a minha pele e o branco dos meus olhos foi
tomado pelo vermelho sangue – Essa é somente a minha primeira forma! – o gelo
do inverno derretia ao meu redor e evaporava.
A shewolf olhou-me
com desprezo. Retornou o olhar para o lobisomem albino e concluiu:
– Acho que
não preciso de você então... Ataque!
Ele veio na
minha direção com a boca largamente aberta e concentrei as minhas energias nas
mãos, gerando esferas de fogo.
Lançava-as aos montes deixando aquela noite russa iluminada. O lobo era
rápido e forte, mesmo acertando-o suas feridas cicatrizavam quase
instantaneamente. Circulando-me para me atacar no momento propício, respirou
fundo, tentaria me congelar ali. Liberei as minhas chamas que terminaram de
consumir o resto da pele. Atacamos-nos mutuamente, gelo contra fogo! Nossas
forças geravam grande quantidade de vapor que embaçou completamente a minha
visão. Aproveitei e virei o jogo, deixando-o soprar por mais alguns segundos:
– Você
deveria prestar mais atenção no que faz... – e com minhas garras incandescentes
transpassei-lhe o coração pelas costas, arrancando-o ainda pulsante. Já fazia
tempo que não me alimentava e o engoli inteiro. – Agora a lupina...
De certo
que aproveitara o ataque do lobisomem albino para escapar. Mas não se
esconderia de Gunshin por muito tempo. Em alguns minutos a encontrei correndo
em sua forma de loba próximo a um penhasco. Surgi na sua frente como um
meteoro:
– Aonde
pensa que vai? Tens de prestar conta do que fizera a moça! – ela voltou à forma
humana.
– Tolo...
Pensas que eu não sabia de tua vinda? – mais dois lobisomens albinos apareceram
trazendo consigo alguém amarrado. – Se não me deixar ir, eu matarei o seu
amiguinho!
– Liori! –
meu amigo leão estava nas garras dela, completamente azulado de frio.
– E como
pensas em enfrentar um draconiano, lupina?
– Com o
maior poder que meu sangue pode me dar... – os ventos sopraram em rebeldia,
anunciando a mãe de todos os lobos, a lua cheia!
– Este
poder é proibido! Não faça isso!
– É tarde,
você não me deixa escolha! – ela retornou a forma de loba, com os olhos
amarelos, e me deu as costas.
– Corram! –
gritei aos lobisomens que seguravam Liori – Por amor as suas vidas! Corram!
E tudo ruiu
em pedaços... Aquele poder que o sangue real conseguia tirar da lua cheia
despedaçava tudo o que havia ao redor, uma força pulsante que se propagava a
dezenas de metros destroçando qualquer coisa. Normalmente as rochas conseguem
suportar o choque fora do epicentro, mantendo a paisagem intocada. Mas ali, tão
perto dela, os lobisomens foram praticamente pulverizados. Meu poder de
regeneração é alto, corri para proteger Liori com meu próprio corpo, mas não
era o suficiente, o corpo dele estava perfurado em diversos lugares pela força
monstruosa da shewolf. Tive de deixá-la ir.
Deitei o
corpo gelado de Liori no chão e o ceifeiro apareceu. Estendeu a mão e
joguei-lhe uma moeda. Fez-me reverência e partiu. Voltei à forma humana, me
ajoelhei acima da cabeça de Liori e lhe abri a boca, chorando lágrimas de
sangue. Meu corpo brilhou como uma estrela, rivalizando com a bela lua no alto
do céu. O chão ao nosso redor ficou fértil e gramíneas nasceram, fazendo um
tapete verde. Depois de alguns instantes regenerei completamente o corpo de
Liori que voltou a respirar:
– O que
aconteceu? – perguntou-me.
Olhei-o com
certo desprezo, mas sorri, vendo que ele estava bem.
– Tive de
usar o meu contrato...
–
Obrigado... – Liori não me dirigiu o olhar. – Pude ouvir um pouco da conversa
deles antes deles me apagarem. Aquela loba foi chamada de Minerva e depois
deste último banquete, ela iria para um país na América do Sul, quase tão
grande quanto a Rússia...
– Brasil,
hã? – levantei-me e contemplei o horizonte – Me espere Minerva, pois eu vou
caçá-la...
...
David Guetta - She wolf (Falling to Pieces) ft Sia
Letra da música traduzida:
Loba
Um tiro no escuro
Um passado perdido no espaço
Por onde começo?
O passado e a perseguição?
Você me perseguiu
Como um lobo, um predador
Senti-me como um cervo nas luzes do amor
Você me amou e eu congelei no tempo
Faminto por aquela carne minha
Mas não posso competir com uma loba
Que me pôs de joelhos
O que você vê naqueles olhos amarelos
Porque eu estou me despedaçando
Estou me despedaçando
Me despedaçando
Estou me despedaçando
Me despedaçando
Ela ficou esperando para atacar
Ou eu era a isca para atrair você?
A excitação de ter matado
Que você sente é um pecado
Deitei-me com os lobos
Sozinha, é o que parece
Pensei que eu fosse parte de você
Você me amou e eu congelei no tempo
Faminto por aquela carne minha
Mas não posso competir com uma loba
Que me pôs de joelhos
O que você vê naqueles olhos amarelos
Porque eu estou me despedaçando
Estou me despedaçando
Me despedaçando
Estou me despedaçando
Me despedaçando
Estou me despedaçando
Me despedaçando
Estou me despedaçando
Me despedaçando
http://www.vagalume.com.br/david-guetta/she-wolf-feat-sia-traducao.html#ixzz2A1xkkxEu
Valeu pelas boas vindas... geralmente sou uma frequentadora silenciosa...
ResponderExcluirNão se preocupe, aqui o atendimento é personalizado! ^^
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