O maior mistério do planeta
Terra... Sem dúvida, algo que muito intriga os seres humanos é de onde vem os
elementais, seres tão diminutos que fazem de uma esfera sólida que paira no
espaço um lugar fértil e maravilhoso. Pois bem, eles sempre estiveram aí, desde
o principio da Terra:
“As salamandras cuidaram do
planeta quando esta era uma apenas uma massa disforme e incandescente.”
“Vieram então os grandes ventos
soprados pelos silfos, organizando os vapores que subiam e desciam para que a
vida começasse a fluir.”
“Então os gases se precipitaram
sobre as águas e as ondinas começaram as destilações do novo liquido.”
“Por fim, a Terra veio à
solidificação, os gnomos deram forma aos continentes formando os diversos
minerais e os duendes trouxeram a vida, formando os primeiros vestígios de
vida, a vegetação.”
Isso é o que os antigos contam.
Porém, veio a Terra o ser humano, ser infantil, ignorante e cruel que distorceu tudo o que
viu. Isto era necessário a sua evolução para o seu despertar e futura liberdade.
Mas as marcas deixadas pela humanidade não deram outra escolha aos elementais senão a
de criar seus reinos no subterrâneo, protegidos por forças antigas e poderosas:
as jóias elementais, seus tesouros mais preciosos.
No total são cinco reinos,
dispostos um ao lado do outro como cinco pétalas em uma flor:
O primeiro reino, cheio de
cavernas formando labirintos intermináveis, é o Reino do Fogo, lar das
salamandras, mais conhecidas como os soldados do sol. Sua aparência é ígnea, se
modificando com o temperamento, podendo se ver através de seus corpos quando
não estão brilhando intensamente. A variação é indefinida, podendo parecer humanoide
ou não, com rostos triangulares, olhos oblíquos voltados para cima, queixo
e orelhas pontudas e cabelos abundantes e esvoaçantes que se confundem com as
chamas. Seu tamanho varia de 10 a 90 cm e há também os de maior estatura, chamados
Senhores do Sol. Este reino é escuro – não utiliza luminescência – e é muito
comum encontrar lava escorrendo pelas paredes modificando o labirinto, além de
haver gigantescas bolas de fogo indo e vindo pelos corredores. Sua jóia
preciosa é a lágrima do sol, uma esfera de energia radioativa, quente e
luminosa que possivelmente equivaleria a cem usinas nucleares.
O segundo reino, um grande bolsão
de ar com plataformas flutuantes, é o Reino do Vento, lar dos silfos, os
dançarinos do ar. Os menores dentre eles parecem sementinhas que se dispersaram
ao vento, não à toa, pois seu maior prazer é se mover ao longo das linhas de
força dos campos de energia e vibrações do universo. Os mais desenvolvidos
possuem aparência semelhante à humana, um pouco menor, e grandes asas ligadas
ao corpo do ombro aos pés. Este reino é o único que possui território exterior
plenamente definido: tudo que existe acima das nuvens. Sendo os moradores do
alto responsáveis pelas chuvas, pelas tempestades e tufões, podendo
intensificá-las ou diminuí-las de acordo com a vontade dos Devas. O reino de
baixo é a plena expressão da liberdade, plantas gigantes e soltas pendem e se
erguem por todos os lados, lugar perfeito para brincar. As plataformas, grande
pedaços de terra que se movem em pleno espaço, são as moradias dos pequenos e
no meio de todas elas há a grande plataforma cheia de chaminés de fadas,
formações geológicas causadas pela erosão do vento, além da grande torre, o
alicerce que representa o palácio do reino dos silfos. Sua jóia elemental é a
pena de ouro, capaz de provocar tufões com um simples movimento nas mãos dos reis
dos silfos.
O próximo é o Reino da água,
lugar de cascatas e rios caudalosos incrivelmente cristalinas. As ondinas são
elementais benfazejos, retêm a úmida do ar para descarregá-la sobre as plantas.
Seu tamanho começa microscopicamente e podem atingir até 1,60m de altura; sua
forma diminuta parece com a de pequenas serpentinas e sua forma mais evoluída
pode parecer com os silfos por terem asas áuricas que servem apenas para nadar,
ou mesmo podem assumir a forma das famosas sereias. As construções do reino
incluem grandes conchas, lagos de diversas formas, fontes e muito brilho; todas
as casas têm esse formato de concha, sendo parte delas imersas nos lagos. Sua
joia mais preciosa é o espelho d’água, capaz de criar grandes ondas e ressacas
destruidoras.
O quarto e o quinto reino
correspondem a um único elemento, a terra, porém existe o elemento terra
inanimado, o mineral, e o elemento terra vivo, os vegetais. O Reino Mineral é o
mais complexo de todos, parecendo em muitos aspectos com o plano físico dos
humanos, pois é o único reino com uma verdadeira cidade. Suas construções são
sempre geométricas, adquirindo a forma que os minerais da qual são formados
possuem de acordo com as redes cristalinas. A grande variação de cores e
brilhos dos cristais confere a este reino uma beleza inigualável e muito
cobiçada. Seu palácio é inteiramente feito de ouro e seus habitantes são os
gnomos. Os mais simples parecem pulguinhas que se amontoam sobre qualquer
material tosco e o rearranjam em formas perfeitas, os mais desenvolvidos são
parecidos com anões humanos velhos e verruguentos – deformação essa causada
pelos sentimentos negativos dos humanos. Muitos deles são catadores de velharias,
quando alguém deixa algo perto de uma árvore e esse objeto some, foram eles que
pegaram. Seu maior tesouro é a joia elemental cristal de luz, um cristal
luminoso capaz de distorcer a composição molecular formando os belos cristais
utilizados como moradias neste reino.
No último reino, a vida floresce
de forma exuberante. Flores e árvores gigantes são as maiores marcas do Reino
da Vida, lar dos duendes, seres diminutos e alegres que adoram a vida e prezam
pela perfeição da natureza como nenhum dos outros seres existentes. Eles são
muito curiosos e gostam de deixar presentes para o seres humanos, como frutas e
flores, apesar dos seres humanos ignorarem a beleza de todo o seu trabalho. Seu
reino mais parece uma floresta tropical luminescente, cheia de luzes e cores.
Os duendes vivem em casinhas feitas dos materiais que encontram em sua própria
floresta, reunindo tudo de maneira engenhosa a fim de imitar um pouco os
seres da superfície. Porém, da mesma forma que os gnomos, por absorverem
energia sua feições antes alegres e de orelhinhas pontudas podem dar origem a
criaturas bisonhas de intenções vis e deploráveis. No centro do reino temos a
árvore da vida, geradora de todos os nutrientes originais do planeta e
escondida antes mesmo que os humanos chegassem a existir na Terra. Na copa da
árvore fica a casa de todos os duendes: o grande jardim, que em seu centro
misterioso esconde a flor da vida, que brilha intensamente para anunciar os
equinócios de primavera e outono.
Originalmente este reinos faziam
parte da superfície, no plano material, mas com a expansão dos seres humanos
foi inevitável que os reinos dom plano transversal fossem escondidos no seio do
planeta para tentar preservar a existência virgem e intacta dos elementais – um
plano não conhece o outro, apesar dos planos coexistirem. Porém, o lugar para onde os
reinos foram é justamente o lugar mais próximo do abismo que leva ao umbral e
as criaturas amorfas que lá existem tentam constantemente invadir os reinos
elementais. Felizmente as jóias conferem imunidade aos reinos, impedindo que os
amorfos façam algum mal a eles; contudo ainda é comum que um elemental
seja devorado por um amorfo...
A única entrada para esse mundo
muito pouco explorado fica numa certa Vila dos Gatos, em um poço muito, muito profundo
perdido em alguma floresta silenciosa...
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