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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 11


A Cura



            Westem, o bárbaro de Gálion, continuava carregando o pequeno lutador que acidentalmente sentiu na pele o peso do brutamonte, quando este tentou fugir da revolta que os apostadores tiveram ao perceber que o grande lutador deles perdera para alguém tão esquelético. Aquilo também era estranho para o Senhor de Castelo, que também estava crente que quem venceria era o lutador maior.
            Algum tempo depois, quando já não eram mais perseguidos, uma vez que a vitalidade de Westem deixaria qualquer um para trás, eles pararam, Westem precisava ver se estava tudo bem com o jovem, se ele não havia quebrado algum osso. O lugar onde estavam possuía algumas construções esquecidas pela Irmandade e que já estavam bem desmanchadas pelas chuvas ácidas, mas que poderiam esconder os dois caso ainda fossem encontrados.
            O Castelar estava admirado com o corpo tão debilitado do pequeno lutador, vindo de um planeta onde os corpos esculturais, musculosos e cheios de saúde eram sempre presentes, até mesmo nos bebês, Westem realmente encarava aquilo com muita estranheza. Ele chegou até a ficar com medo de lhe ministrar a água mágica da moringa encantada que ganhara do seu parceiro quando visitaram Arthúa, o planeta natal de Iksio, com medo de que suas grandes mãos lhe fizessem algum mal, mesmo porque ela estava debaixo da suit de sobrevivência e ele sabia que passaria mal se a tirasse. Porém, não seria necessário, os olhos com olheiras profundas logo se abririam:
            – ...? ...! – o lutador estava meio tonto, mas percebeu que alguém bem grande estava ao seu lado e, assustado, jogou-o na parede com seus poderes mentais. Ele tentava fugir, rastejando do jeito que estava sem conseguir se mover muito.
            – Hahahah! – ria Westem com vontade, sem se importar por estar preso a parede. – Você é realmente forte! Agora sei por que conseguiu ganhar do outro lutador!
            – ...? – o pequeno olhou ao redor, percebeu onde estava e liberou vagarosamente o desconhecido no chão.
            Westem estava feliz, agora que sabia que o jovem estava bem e se aproximou:
            – Qual é o seu nome, baixinho? Eu me chamo Westem eu sou de... – o castelar se lembrou que não poderia falar que era um Senhor de Castelo e desconversou. – ...de onde eu sou? Heheh, eu caí do céu... E, bem, acho que me esqueci dessa parte...
            – ...? – a expressão que o menor fazia era de dúvida, não entendia o que Westem dizia.
            Então, ele tentou se levantar e sentiu uma pontada no ombro. Estava deslocado e sentia muita dor, cerrando fortemente os olhos. Westem entendeu que aquilo fora causado por ele e se aproximou, querendo se desculpar:
            – Droga! Peço mil desculpas... – o castelar tentava usar a cordialidade do parceiro Iksio, sem muito sucesso por sinal. – ...acho que eu desloquei o seu ombro. Deixe-me ajudá-lo...
            Sem muito jeito, Westem colocou os fortes dedos no ombro do pequeno lutador e, do mesmo jeito que seus irmãos faziam quando ele deslocava o ombro, simplesmente deu um tranco nos ossos, fazendo o jovem sentir muita dor:
            – ...! – apesar da expressão, não saia um único ruído da boca dele.
            – Estranho... Mesmo eu acabo falando um belo palavrão quando meus irmãos faziam isso comigo. – Westem pensou um pouco e concluiu. – Você é mudo?
            – ... – o pequeno balançou a cabeça positivamente, depois do torpor da dor passar e sentir o alívio pelo ombro estar no lugar, movimentando-o para checar.
            – E agora? Como a gente faz? Se o Iksio estivesse aqui ele poderia ler os seus pensamentos...
            O pequeno lutador pareceu estar pensando um pouco e descobriu algo. Pegou na mão de Westem e fechou os olhos. O Senhor de Castelo sentiu um formigamento e percebeu estar vendo algo em sua mente. Eram conhecimentos novos, transmitidos pelo pequeno que fluíam diretamente para os seus pensamentos:
            – Você consegue me ouvir? – disse uma voz.
            – Hoh! Consigo sim! – Westem estava mais admirado ainda com o pequeno.
            – Eu não tenho muita prática com telepatia, é difícil manter as conexões. Vou tentar ser breve e lhe explicar tudo.
            – Continue... Por favor.
            – Esta é a minha história...
            Os pensamentos de Westem mostravam-lhe o mesmo lugar que eles estavam, em algum tempo em que as construções permaneciam inteiras, com a zona de lixo ainda ao redor. As coisas não eram muito diferentes, a mesma angustia que se sentia no presente continuava no passado. A única diferença era a quantidade de pessoas, a população era muito maior, o suficiente para fazer daquele lugar um mercado de trocas – o ouro não valia nada no meio da necessidade: “Por vezes, as naves de carga que voam acima das nuvens trazem grandes quantidades de comida que iriam ser jogadas fora.” – começou. “Antes, era comida de verdade e com o tempo, os restos de comida foram se tornando cada vez mais artificiais, com porções cada vez menores. Agora, a única comida que cai do céu são pílulas, pequenas quantidades de comida em pó que conseguem manter as pessoas em pé por diversos dias, mesmo morrendo de fome. As doenças nas pessoas eram freqüentes. Pessoas que se machucavam com as ferragens inevitavelmente ficavam gangrenadas, diversas mulheres abortavam espontaneamente e as forças de qualquer um se reduziam a nada, com constantes dores por todo o corpo. Foi então que caiu do céu a caixa marcada com o símbolo da Irmandade Cósmica, a ampulheta em distorção. Que os deuses me perdoem por ter compartilhado daquela caixa...”
            – O que aconteceu? – interessou-se Westem. – Algum problema?
            As imagens que o Senhor de Castelo via ficaram escuras, como se estivesse de noite:
            – As pílulas não deixaram mais ninguém morrer... – continuou o lutador.
            – E isso não é bom?
            – Nenhuma doença foi curada... Estou vivo há tanto tempo que já devo ter passado dos duzentos anos...
            – Então, as outras pessoas? – o castelar sentia seu grande coração se apertar.
            – Estão vivas e sofrendo com as dores que começaram há séculos...
            – E eu pensando que ter cento e trinta e quatro anos era uma boa idade... Você é mais velho que eu!
            – ... – o pequeno sentiu a tristeza de sua vida voltar-lhe e desfez a ligação, virando-se para a parede, com as mãos trêmulas no rosto.
            – Me perdoe baixinho... As coisas vão melhorar, eu prometo! – disse Westem, tentando retomar o entusiasmo natural dele.
            – ... – o lutador virou-se de volta para o castelar, com o rosto triste e cabeça baixa.
            Ele voltou a tocar na mão de Westem, reatando a ligação:
            – Venha comigo... – e pôs se a andar no meio daqueles restos de esqueleto urbano.
            – Espere! Você ainda não disse seu nome! – o Senhor de Castelo quase se esqueceu desse detalhe tão importante.
            O pequeno lutador parou e foi tocar-lhe novamente na mão:
            – Meu nome é Esmal...
            – Espere!
            – ...?
            – Esse nome significa pequeno? – o bárbaro sentia que alguma lembrança do lutador havia vazado para sua mente.
            – ... – ele deu de ombros, e continuou a caminhar. Westem foi atrás dele.

...

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Em breve! Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim

      É com muito prazer que anuncio que o lançamento da primeira parte da nova fanzine desde autor que vos se apresenta esta confirmada! Contando uma nova história sobre os Senhores de Castelo! Heheh, eu não sei como, mas as histórias sempre tomam o caminho que querem! Diferente do apresentado pelos autores originais do livro de Crônicas dos Senhores de Castelo (que já lançaram o segundo livro da série, uhuh!), esta história é mais cyberpunk, contando a história da missão secreta de seis Senhores de Castelo para salvar a população do planeta sem nome, que é dominado pela Irmandade Cósmica e completamente devastado pela extração de seus recursos naturais, sendo largamente utilizado como depósito de lixo e núcleo industrial. Posso não prometer muito, gostar da história depende sempre dos leitores, mas acredito que vocês não ficarão indiferentes com as preocupações apresentadas na história - nosso mundo esconde, em algum lugar, coisas que vocês meramente imaginam...
      Acompanhem comigo esta história, não deixem de comentar, você poderá mudar o rumo dos acontecimento e ajudar os personagens a sobreviver a inumanidade da Luz Cósmica!
     Em breve, aqui, neste blog: O Filho do Fim. Não percam!


A Cidade Baixa
Um dos cenários do 'Filho do Fim'.
Quem vê esta imagem, não imagina de onde ela vem...

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Gatos, gatos e mais gatos! III

     Continuando mais uma vez com estas imagens maravigatas que encontro nas redes sociais e que acrecento um pouco de humor da Toca dos Gatos para completar o divertimento. Quer mais? Vem pro meu face! :)





025 – WTF! O.O Gurei, te acharam! -_-'





026 – Gurei ou Sasha... eis a questão... -_-'






027 – Viu no que dá ficar bebendo com o Sasha?! -_-'






028 – Akai, o que aconteceu, eu filho? ç.ç





029 – Neko, resumo de beleza e estilo! -_- Sim, sim...
Obs.: Esse é o Dark. :)



030 – Nekos... Como não amá-los? ^^






031 – Eu disse pra você que o Sasha podia ajudar Gurei... -_-'




032 – Claro que é, neko do kokoro... ^^'
(Gurei, vc colocou aquilo direitinho? ¬¬ )






033 – É assim mesmo que o Gurei faz quando Lady Neko olha pra ele... -_-'






034 – Menino sai daí! Senão, Akai, eu não deixo mais vc usar o pc! -_-'

terça-feira, 26 de junho de 2012

Gatos, gatos e mais gatos! II

Continuando com a série de gatos (e eventualmente um cachorro), temos mais gatinhos maravilindos pra você que é fã desses animais adoráveis! Quem quiser ver a origem das fotos, é só clicar no link do facebook! \o/


015 – Akai, não faça propaganda desse jeito, tem que ter jabá! -_-'


016 – Akai, eu falei pra você dormir cedo ontem! Olha no que deu! -_-'


017 – Não tem como ser mais perfeito! *-*


018 – Meldéus! O.O É isso o que eu quero fazer na toca dos gatos! =3


019 – Amazing! *-*



020 – Oh meu Deus! =3



021 – Sasha e seus irmãozinhos... =3



022 – Que preguiça...





023 – Oh my god! So cute! =3




024 – Oh god! *-*

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - Os Caçadores Sombrios


Confronto com o Mestre Caçador – 3ª parte



            “Tudun... Tudun... Tudun...”, o barulho de batimentos cardíacos havia voltado, mais alto do que antes e a caixa de música tinha parado completamente. Os tubos de alimentação do Ilusionista estavam sugando algo para dentro e o mesmo acontecia com os tubos ligados ao mago. Ele estava no chão, fraco, sangue escorria pela boca, pelos ouvidos, pelo nariz e pelos olhos, arfando de exaustão. Thagir e Kullat permaneciam em seus lugares para não serem alvos das flechas torcidas das arqueiras e muito menos causar qualquer dano aos milhares de reféns:
            –Thagir, o que há com ele? – Kullat tentou saber algo pelo estado de transe do amigo.
            –Eu não preciso usar o coração de Thandur para saber o que há com ele... – Thagir reparou no que Kullat queria. – Ele simplesmente está morrendo...
            –...! – Isso deixou Kullat ainda mais intrigado.
            –Só há uma pergunta que eu ainda preciso fazer arauto do Mestre Caçador. Por que você, com tanto poder, ainda nos mantém vivos? – Ao ouvir aquilo, Kullat esqueceu-se um pouco de sua raiva e reparou naquela questão.
            –Eu... – O mago se recompôs no meio do ar, ainda sujo com o sangue. – Preciso dos descendentes de Curanaã e Oririn para reaver a última chave da dimensão do meio.
            –Ela seria a espada do infinito, estou certo? – Perguntou Thagir.
            –Sim... Depois de algum tempo, suas energias ancestrais foram drenadas de Curanaã e Oririn pelos filhos da Grande Mãe e guardados num lugar inalcançável para que seres que não fossem de nenhum dos dois planetas... – Sua fala tinha um pouco de dificuldade por causa da dor. – Pudessem por as mãos nelas...
            –E onde é isso? – Continuou Thagir.
            –No Labirinto Virtual... Este aparato foi criado pela inteligência de uma nova deusa, filha da Grande Mãe... Para entrar no Labirinto virtual, toda a maru seria convertida numa maru neutra... Capaz de juntar maru positiva e maru negativa num único lugar... A espada do infinito só irá reagir a vocês dois, filhos de Curanaã e Oririn... Tragam na antes que vocês morram lá dentro...
            –E qual o desafio deste Labirinto? – Kullat se lembrava de ter sonhado ou possivelmente estado num lugar parecido com aquele.
            –Enfrentar os inversos...
            –O que é isso? – Thagir não tinha ideia de como seriam os seres do outro lado.
            –Eles são seus alteregos... No lado inacessível do multiverso é comum haverem seres muito parecidos com os deste lado... Normalmente aqueles que são bons aqui, são maus do outro lado... A regra não é sempre válida, mas há uma repetição que sempre ocorre...
            –E qual é?
            –Eles vão ser tão poderosos quanto vocês... De acordo com a profecia do meu mestre, o destino do multiverso estará nas mãos de vocês ou na deles... Aquele que perder não poderá voltar para o seu lado do multiverso...
            –... – Kullat e Thagir fizeram silêncio esperando saber como chegariam a esse lugar desconhecido.
            –Saiam e falem com Nopporn, ela abrirá o caminho para vocês...
            Os dois foram impelidos por uma grande força que os levou até a porta, de volta a ilha de Ev’ve. Kullat tinha quase certeza do que deveria ser feito:
            –Vamos até o farol, certo?
            –Sim, mas vamos precisar do Livro dos Dias...
            –Aquele que está na Academia, certo?
            –Não, precisamos do livro secreto que é mantido com os anciões. – Thagir mostrou uma runa verde que estava escondida em sua jóia de Landrakar.
            –As runas! – Kullat reparou que aquela relíquia pertencia ao ancião sequestrado. – Dá última vez que ouvi sobre os anciões eles estavam no farol de Nopporn!
            –Então é para lá que vamos... Ahn, Kullat?
            –Sim? Pode falar.
            –Poderia me dar uma carona até lá?
            –...! – Kullat sorriu. – Claro! Juntos até o final!
            Os Senhores de Castelo saíram voando entre os diversos prédios com a ajuda dos poderes de levitação de Kullat, atravessando as trevas que haviam dominado a ilha de Ev’ve.

...

            Chegando a grande torre do farol de Nopporn, a única torre ainda branca em toda a ilha, os Senhores de Castelo encontraram no salão da chama sagrada algo que não poderiam crer:
            –O que aconteceu com eles? – Kullat encarava os anciões que estavam completamente petrificados.
            –Presumo que devam estar em estado de animação suspensa. – Comentou Thagir. – Amplificar todo o poder do farol de Nopporn para manter a ilha iluminada debaixo de tanta treva deve ter exaurido sua maru...
            As runas especiais que cada ancião carregava, brilhavam intensamente. Suas estátuas formavam um círculo ao redor da grande chama, porém, havia um lugar vazio, faltava o décimo ancião. Thagir pensou um pouco, invocou um bastão comprido de sua jóia, fincou-o no chão e colocou a runa mística de N’quamor na outra ponta:
            –Acha que isso vai funcionar? – Perguntou Kullat, curioso.
            –Talvez sim... Veja, estão entrando em ressonância!
            Os objetos místicos cintilaram ainda mais. No centro do círculo, a grande chama se intensificou e formando uma forma humana, ou parecida com uma, dentro dela. Foi então que eles ouviram a voz magnânima da fundadora da Ordem dos Senhores de Castelo:
            –Aqui é Nopporn... O grande dia em que os escolhidos do multiverso atravessarão o Labirinto da Grande Mãe chegou! Meus filhos... – Ela parecia estar ajoelhada com as mãos postas para uma prece. – Esta batalha ainda não acabou. Mesmo que derrotem seus adversários mais imponentes vocês devem saber que, para derrotar o Mestre Caçador, um de vocês deverá sacrificar a própria vida e derramar o próprio sangue no fio do artefato místico. Só assim a espada do infinito voltará à vida e será capaz de invocar o poder ancestral que possui. Estão de acordo? O poder de decisão é de vocês...
            Os Senhores de Castelo se entreolharam. Eles não precisavam pensar muito, sabiam das consequências que implicavam em ser um Senhor de Castelo, suas vidas sempre seguiriam na direção da mesma escolha. Kullat, porém, estava mais pensativo, um dos dois deveria tomar a decisão do dia de bravura, uma decisão que não voltaria atrás. Thagir respirou fundo, já estava ali, no meio do turbilhão daquela desgraça, sua decisão fora sincera, iria em frente sem olhar para trás:
            –Estou... – Thagir olhou para Kullat esperando sua resposta que demorou alguns instantes para chegar.
            –Estou... – O pistoleiro sentiu algo estranho naquela resposta, sentia que seu amigo estava diferente.
            –A escolha foi feita, prossigam para dentro da chama...
            Os dois subiram no parapeito que circundava o fogo e, juntos, entraram nela. No começo não havia nada de diferente, a labareda não queimava, até começarem a sentir que seus corpos estavam sendo desmanchados e distorcidos para entrar no vórtice que estava entre as palmas da mão de Nopporn:
            –Meus filhos... Encontrem a árvore de aço... No topo estará a espada do infinito...

...

Transmissão continua...

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - Os Caçadores Sombrios


Discussão entre Thagir e o Conselho de Nopporn
Informe do Multiverso



            “Como foi visto no último informe, não se soube o que aconteceu com o segundo caçador e ao ser perguntado pelo ocorrido, o Senhor de Castelo Thagir se negou a dar qualquer esclarecimento. Discutindo sobre o ocorrido, o Conselho chegou à conclusão de que Thagir deveria revelar o que escondia. Mas, para a surpresa de todos, Thagir rebateu acusando seriamente N’quamor de estar ajudando os Caçadores Sombrios. A discussão levou o conselho a prender o comandante Thagir, que será julgado em grande audiência, sendo transmitido para todo o multiverso. Os amigos mais próximos relatam não ter ideia do que está acontecendo. Teria o mestre Thagir se revoltado com o conselho? O que o grande ancião teria para esconder? Confiram nesta transmissão especial. Aqui foi Fentáziz, do Informe do Multiverso.”

...

Começando transmissão...

            Kullat foi visitar Thagir na cela. Esperava entender alguma coisa:
            –Porque você não pode dizer nada, nem pra mim que sou se amigo? – Kullat tentava chamar a atenção de Thagir, sem muito sucesso.
            –... – Thagir suspirou. – Há muito mais por trás disso do que você pensa...
            –...! – Kullat olhou para o amigo, praticamente irmão, e percebia um olhar vago, sério, quase com raiva. Deveria estar perdido em algum pensamento.
            –Thagir! Sua hora chegou! Você será levado imediatamente para a presença do conselho... – Uma comitiva de guardas castelares marchou para a frente da cela, anunciando a hora do julgamento e para escoltar Thagir.
            –Me diga qualquer coisa! – Kullat tentou falar uma última vez falar com o amigo...
            –... – Thagir falou algo baixinho, aparentemente Kullat entendeu e deu passagem à escolta.

...

            No tribunal, o bate-boca rolava solto:
            –Como o Senhor se justifica? – Perguntou um dos anciões.
            –Eu? Como vocês se justificam? – Retrucou.
            –Responda as perguntas! – Exigiu outro ancião.
            –Vocês têm noção do que fizeram?! – Thagir estava exaltado.
            –Mantenha se calmo, este é um simples inquérito. – Pronunciou-se uma das anciãs.
            –Então me diga... Vocês têm noção do que fizeram?! – Thagir repetiu.
            –Mantenha a conduta, Senhor de Castelo! Nós é que estamos te interrogando.
            –Se vocês querem mesmo entender o que tenho a dizer, é melhor que digam. Vocês têm noção do que fizeram?! – A última pergunta saiu com um grito.
            –Isso não vem ao caso. – O juiz N’quamor se pronunciou. – Conte de uma vez o que aconteceu ao segundo caçador que atacou Curanaã.
            Thagir deu um pequeno riso e continuou a atacar o conselho:
            –Você, grande ancião, você é o culpado de tudo isso! Não tente esconder!
            Todos que estavam presentes olharam para o atual líder, se perguntando o que acontecia, como um grande Senhor de Castelo havia ficado com um estado tão alterado. A anciã que tinha precedido o oririano, querendo confirmar os fatos, inquiriu diretamente a N’quamor:
            –Grande irmão, ele o acusa com grande interesse. Tens algo para dizer? – A face dos outros demonstravam o mesmo interesse.
            –Para todos os fins, declaro que ele deve estar louco e me caluniando.
            –É mesmo?! – Thagir se liberta das algemas e atira uma jóia de maru na direção do grande regente que, com sua perícia em tiro, não foi difícil acertar a runa que pendia em seu pescoço.
            Um tremendo choque explosivo ocorreu, fazendo N’quamor cair no chão fumegando. Todo mundo estava assustado. Os guardas castelares seguraram Thagir, forçando-o a ficar de cara no chão. Os anciões mais experientes em poder de cura se aproximaram de N’quamor para tentar repor suas energias e verificaram que sua runa havia se desfeito em pó:
            –Grande irmão? – A aparência do ancião ficava cada vez mais verde com folhas que apareciam e começavam a cair de seu corpo e que, por fim, não era mais o mesmo.
            –Vejam!!! Este é o caçador Baran, o acônito!!! – Gritou Thagir em sua posição nada confortável.
            O caçador sombrio estava em estado de choque, tendo convulsões, derramando seiva pela cabeça em forma de flor em botão. Seus apêndices formaram raízes no chão e ele começou a se fundir ao local, desaparecendo. A cena deixou todos boquiabertos. Vidara, que estava em segunda no comando do conselho, achou melhor tomar algumas decisões de última hora:
            –Irmãos! Vamos todos nos retirar para decidirmos o que fazer.
            –E quanto ao castelar Thagir? – Perguntou outro ancião.
            –Deverá continuar em observação, por desacato a nossa autoridade. Quando terminamos de debater o acontecido e tomar novas providências, nós reavaliaremos sua condição. No momento não podemos tirar conclusões precipitadas. É tudo. – Todos se retiram do salão de julgamento e Thagir foi levado de volta à cela.

...

            Naquele dia, aquilo não fora tudo que iria acontecer. Diversas explosões começaram a ocorrer por toda a ilha de Ev’ve. Os alarmes soavam alto:
            –Emergência! Emergência! Ev’ve está sobe ataque! Todos a seus postos! Todos a seus postos!
            Na imensidão do multiverso, grandes sombras começavam a surgir e a se aproximar da ilha. O sol artificial da ilha também estava sendo sobrepujado, escurecendo sob uma grande mancha. Toda a ilha tremia como se estivesse saindo de seu eixo. Depois daquilo, somente o farol de Nopporn e as luzes artificiais iluminavam a ilha de Ev’ve que estava imersa em escuridão.
            Todos os Senhores de Castelo, guardas e aprendizes estavam nas ruas, armados e prontos para o ataque. Eles bradaram anunciando que estavam prontos para a batalha sombria. Foi então que ouve uma saraivada de flechas perfurantes vindas da escuridão matando e ferindo alguns castelares. O escudo orbital continuava girando a plena potência. De repente, os alto-falantes voltaram a anunciar:
            –Atenção, as defesas da ilha estão baixando! Repito, as defesas da ilha estão baixando!
            Os guerreiros mais jovens estavam ficando preocupados, fazendo algazarras desnecessárias. Os mais experientes tentavam conter os aprendizes:
            –Fiquem calmos! – Disse Ydra, Senhor de Castelo e multibiólogo, aos que estavam a seu alcance.
            Átimos, o ultraquímico, além de Kennibo e tantos outros fizeram o mesmo, se preparando para o pior. Até uma voz ensandecida começar a falar pelo alto falante:
            –Eis o dia de bravura, caros Senhores de Castelo! Eu vos apresento uma batalha tão grande quanto às guerras espectrais! E para não os decepcionar, trago-vos aqui Set, o homem-sombra; Baran, o acônito; Inok, o vampiro; Doutor Tóxico, o limo inteligente; Kabeza, o demônio do medo; Xerubim, o anjo da distorção; Histério, o grande Cavaleiro Fantasma; Singo, o domador de feras; Elatra, a autômata; Alvora, a musa da Guerra; Lux, o homem das estrelas; e Ann, minha arqueira, cuja a mira é a mais perfeita! – A frase acabara com uma risada diabólica.
            Lá estavam eles, o vulto dos doze Caçadores Sombrios sobre as torres da ilha de Ev’ve – com mais um para completar?! Todas as luzes das estrelas apagadas por grandes sombras que, ao se aproximarem mais da ilha, revelaram-se nada mais nada menos do que quatro Estrelas Escuras!
            Os anciões, percebendo o alvoroço, se reuniram na torre do farol de Nopporn de imediato e anunciaram em uníssono:
            –Enquanto esta luz iluminar os Senhores de Castelo, sempre haverá esperança no multiverso!

...

Transmissão continua...


terça-feira, 22 de maio de 2012

Gatos, gatos e mais gatos! Nekos, só pra variar...


            Este é um acumulado de imagens de gatinhos que eu compartilhei no facebook, como não poderia deixar de ser, os comentários sobre os meus próprios gatos ficaram super divertidos. Confira!
001 - Gurei... é você? O.O
002 - “Fique quietinho, tô tentando dormir...”


003 - Akai, seu bichinho bobo, onde você se escondeu meu filho! ^^
004 - Chiii... Gurei, para com isso... Tá me assustando... ._.
005 - Neko! \o/
006 - Fica não...
007 - Gurei?! O.O Gatinho mal, olha a liguinha pra você também! :P
008 - Akai, seu gatinho bobo... =3
009 - Gostei dessa Akai! ^^
010 - Akai! O que aconteceu com seu pelo! O.O
011 - Tá certo Gurei, mas precisava ser chato logo comigo?! -_-'
012 - Seus gatinhos maravilhosos! *¬*

013 - Nunca mais deixo o Gurei usar o pc... Até ele ficou viciado! ._.'

014 - Akai, Gurei... Parem com isso... ._.'



 
            Se você adora gatos e tem sugestões pra mim, pode mandar! Ficarei feliz - *sorriso de gato* - em fazer mais posts como este! =3


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Fanzine Crônicas dos Senhores de Castelo: Os Caçadores Sombrios


Extra! Estrela Escura encontrada!
Informe do Multiverso



Iniciando transmissão...

            –Após o último acontecimento durante o almoço dos Senhores de Castelo, o Conselho de Nopporn e o grupo de repressão se fecharam para o resto da ilha de Ev’ve, debatendo constantemente sobre o próximo passo. Não fosse uma inesperada transmissão de um Senhor de Castelo, mestre de um navio boreal, dizendo ter encontrado uma das estrelas escuras no meio de um oceano boreal... “Não seria no mar boreal?”, perguntaram. “Não há fluxo aqui, é um mar aberto, estou encalhado...”, respondeu. Para completar, o Castelar anunciou o que todos temiam: “Estou sendo perseguido por alguém... Mandem reforços!” A seguir, a transmissão do que o grupo de resgate conseguiu nos enviar. Aqui foi Fentáziz, do Informe do Multiverso.

...

            A localização era um pouco imprecisa, comentava o castelar mapeador, natural de Tianrr, ao Capitão, também Senhor de Castelo, da nave boreal Linx – um atravessador boreal. O capitão, que já havia visto de tudo nos mares boreais, não estranhou, aquela era uma área de arrebentação, se um navio ou uma nave não forem bem manobrados, com certeza eles seriam destroçados:
–Muitos tentam atravessar essas áreas medonhas, cheias de redemoinhos, quase ninguém voltou para contar a história... – O mapeador olhou para o capitão com um ar curioso. – Somente meu pai, que também foi Senhor de Castelo, já contou uma história sobre um oceano boreal, uma área vasta de águas boreais sem um único fluxo que o levasse de volta a um portal.
–Interessante. Como seu pai conseguiu entrar numa área dessas e voltar? – Perguntou.
–Bem, não adivinha como ele chegou lá? – Perguntou o capitão pretendendo adivinhações.
–Imagino que do meio mais improvável. – Respondeu simplesmente.
–Sim... Muitos pensaram que o navio onde meu pai e meus avós estavam havia se perdido completamente naquela arrebentação. Imagine a surpresa do grupo de resgate quando uma misteriosa nave de fuga aparece com um sobrevivente? – O Capitão olhava fixamente para os fluxos de águas boreais a sua frente. – Meu pai me disse uma coisa antes de morrer...
–O quê? – Olhou o mapeador interessado, fazendo o capitão sorrir por ter conseguido atenção.
–Havia algo maior que um planeta inteiro lá...
–Como isso é possível?
–Depois que passarmos por essa arrebentação eu te conto! – O capitão pegou um interfone e gritou bem alto. – Toda potência à frente!
O mapeador acabou se desequilibrando, se segurando onde podia, estavam indo numa velocidade muito incomum para navegação:
–Cuidado! Vamos ter turbulências!
...

            Dando prosseguimento ao regate, o atravessador, nave especialmente construída para vencer os fluxos, furou a arrebentação e seguiu para a área do oceano boreal. O lugar era realmente enorme, um lugar onde barco nenhum conseguiria seguir seu curso – uma nave seria a melhor tentativa:
            –Nada a vista Capitão! – Disse uma voz pelo interfone.
            –Continuem procurando! – Gritou ele de volta.
            –Eu disse, a possibilidade de encontrarmos algo tão grande é praticamente impos... – O mapeador se calou, aquilo que via era majestoso e desconcertante ao mesmo tempo. – ...sível!
            –Hahah! Não te falei! Valeu por essa pai! Estou finalmente realizando o nosso sonho! – O capitão bradava de alegria, sendo interrompido por uma transmissão no rádio comunicador.
            –Ev’ve chamando Linx... Capitão na escuta? Câmbio! – O capitão pegou o microfone.
            –Linx na escuta, já estamos com imagens visuais disponíveis da estrela escura... Estaremos enviando, chegarão a qualquer momento. Câmbio!
            –Copiado, prossigam com a missão... Câmbio e desligo!
            –Certo... Câmbio e desligo!

...

            As imagens que chegaram surpreenderam muito. Imaginava-se que Ev’ve, por ser gigantesca demais para ser apenas uma ilha, já era colossal em suas proporções e que não houvesse algo tão próximo de ser como ela em todo multiverso conhecido. É claro que havia a possibilidade. No entanto, para que uma cultura que tivesse poder bélico tão desigual a todo o resto do multiverso era preciso que todos que o tivessem criado estivessem atualmente extintos. O que era impossível sem que houvessem registros, nem que fossem temporais, para creditar a existência de raça tão evoluída. Chegou se a comentar que havia a possibilidade da Estrela Escura ser um aparato tão diferente e avançado que seria catalogado como jurisdição do quinto quadrante. Para não dificultar as referências universais, aquele colosso espacial constaria no quarto quadrante, seção restrita.
            A Estrela Escura parecia um satélite artificial desligado, com diversas antenas em que luzes vermelhas piscavam nas pontas. Seu formato era esférico no centro, rodeado por dois anéis que formavam uma cruz orbital; os anéis também tinham diversas antenas. Entre as áreas dos anéis haviam torres que se destacavam, se sobressaindo da esfera, do centro para fora, da maior para a menor. Nas junções dos anéis, que estavam ligadas a esfera, se percebia um círculo que imitava algo parecido com um olho, brilhando fracamente em azul. Atingindo as proximidades da estrela, percebeu-se que não eram exatamente antenas, mas algo maior, como prédios, pois haviam salas e andares visivelmente distintos em cada divisão das torres. As luzes que piscavam eram na verdade imensos cristais de maru ressonando. A aproximação fez a robusta nave boreal Linx sumir no meio daquela imensidão...
...

            –Senhor de Castelo na escuta? Câmbio! – Perguntou o Capitão tentando sintonizar o rádio na frequência do pedido de socorro. – Senhor de Castelo na escuta? Câmbio!
            –... – Por alguns instantes, o chiado típico continuou; até alguém começar a falar. – Pelos deuses! Finalmente vocês chegaram! – O entusiasmo do náufrago era tanto que se esquecera de dizer câmbio.
            –Você está bem? Sabe onde está? Câmbio!
            –Estou sim... Meu cetro de maru parece funcionar bem nas portas desse lugar. O que infelizmente não é um boa notícia sobre minha localização. Câmbio!
            –E o que aconteceu com a sua tripulação? Pelos registros, vocês eram em pelo seis. Câmbio!
            –Não tenho boas notícias. Estão todos mortos... Câmbio. – O Castelar perdido cessou a animação.
            –O que aconteceu?! Câmbio!
–... – Ninguém respondeu. No fundo ouviu se o som parecido com o de uma bola quicando no chão compassadamente. – Não posso falar agora, preciso fugir...
–Espere! – Gritou o Capitão.
–... – Silêncio.
–Alguém na escuta? Câmbio!!! – Insistiu o Capitão.
De repente, o chiado havia parado e pode-se ouvir algo estranho:
–La... La... La... La... – Fez uma voz doce e infantil.
Por fim, escutou se o barulho do rádio comunicador sendo estraçalhado, deixando o aterrador barulho de chiado...
–Capitão?! – Falou o mapeador.
–Vamos encontrar aquele Senhor de Castelo... – Disse decidido. – Nem que tenhamos que por essa maldita estrela abaixo!


Continua...