Vazio
– O que eu
faço agora? Isso não estava nos manuais de sobrevivência... – se perguntava
Ferus, pensando nos companheiros.
– Você só
precisa fazer o que tem de fazer... – disse Vaik, chegando mais perto.
– Ah! –
gritou ele assustado. – O que você quer comigo?
– Hahaha...
– o garoto sorriu para o jovem castelar. – Nada. São seus pensamentos que estão
fluindo pra mim. Você está confuso, não está?
– ... –
Ferus não queria falar, sentia arrepios vindos daquela estranha criança.
– Se não
quiser falar tudo bem. Eu posso ler os seus pensamentos... – Vaik fez um
barulhinho com a boca. – Vejo que está preocupado com o seu cilindro.
Ferus não
falou; desvio o olhar para o outro lado, tentando esconder o acerto do garoto.
– Tem algo
no seu cilindro que é importante pra você?
– Pare com
isso! Eu não lhe dei permissão pra ler a minha mente!
– Hun... –
Vaik voltou a sorrir. – Acertei de novo!
– ...! –
Ferus ficou vermelho.
– Me diga
uma coisa... Porque seu cabelo está azul?
– Não
sei...
– Heh, essa
foi direta. Você sempre pinta o cabelo pra esconder essa coloração diferente,
não é?
– ... –
Ferus se lembrou da academia. Não sabia como o cabelo havia ficado azul, só
sabia que aquilo não era natural. Seus pais, seus familiares, ninguém natural de
Newho tinha cabelos tão azuis. Ele só sabia que não queria chamar a atenção por
ter cabelos que mudam de cor.
– Que
pena...
– O quê?
– Não
poderemos mais conversar. Nina chegou...