ATENÇÃO: LEIA OS LIVROS 1 E 2 DAS CRÔNICAS DOS SENHORES DE CASTELO ANTES DE CONTINUAR LENDO
É com muito prazer e emoção (apesar de eu ser suspeito para falar do assunto), que os Senhores de Castelo, G. Brasman e G. Norris se permitiram divulgar mais um pouco do conteúdo do terceiro livro! E não apenas um twitter de 140 caracteres, mas, sim, uma página inteira!
Eu nem acreditei quando abri o meu facebook e estavalá, linda, leve e solta pra todo mundo ver a primeira página de Crônicas dos Senhores de Castelo 3! O nome da nova saga ainda não foi divulgado. Sabemos apenas os nomes de alguns personagens novos, a clara participação do cavaleiro Kullat e provavelmente finalmente conheceremos Bemor Caed, o último assecla de volgo que nos falta conhecer...
Juntem-se comigo castelares! Crônicas dos Senhores de Castelo, a nova mitologia fantástica brasileira! \o/
ATENÇÃO: LEIA OS LIVROS 1 E 2 DAS CRÔNICAS DOS SENHORES DE CASTELO ANTES DE CONTINUAR LENDO
terça-feira, 2 de outubro de 2012
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Devil’s Drink 26 – Incapaz
Devil’s Drink 26 –
Incapaz
– Onde você
estava? Espero que tenha encontrado um emprego! – este é o meu irmão mais
velho, Pietro. Eu moro na casa dele, faço minhas refeições, uso a internet...
Tudo sem pagar um único tostão. Eu não estudo, eu não trabalho. Aliás, acho que
eu só dou trabalho. Eu deveria fazer alguma coisa para ajudá-lo, espero que eu
consiga. – Ei! Está me ouvindo?
“A minha
história não deveria ser contada. Não que fosse ruim, só não é importante, a
maioria das pessoas não acha importante... É o que eu penso. Eu vivo a minha
vida assim, sonhando e apenas sonhando. Perdido num mundo de belas
possibilidades, sem ligar para o dinheiro, sem me alimentar direito, sem ter
uma vida social – nada além da virtual. E vivo nas redes sociais... Quero
dizer, nem tanto, chega uma hora que elas enchem o saco e você está lá vidrado
do mesmo jeito. Tenho consciência de que ficar no computador o dia inteiro sem
sequer ver a luz do sol é um vício. Mas fazer o quê? Não tenho nada lá fora, eu
não sei fazer nada que possa me dar dinheiro... Dinheiro, maldito seja essa
desgraça que me impede de ser feliz, de fazer coisas... Argh! Isso me dá raiva!”
– Lukas?! O
que você foi fazer? – esse é o meu nome... – Você sumiu por três dias, me
deixou preocupado!
“Meu
irmão... A gente nem se fala e ele insiste em cuidar de mim. Eu mal olho na
cara dele. Por falar nisso, já faz um bom tempo que eu não falo nada pra ele.
Que pena... Apesar de que eu tenho certeza de que não tenho nada pra dizer.
Justo eu? Como poderia ter algo para dizer a ele? Talvez antes eu tivesse, eu
acho. É que ele é um vendedor numa loja do nosso tio e a loja não tem tido
muitas vendas ultimamente. Se as coisas não melhorarem logo podemos ficar sem a
nossa casa. Eu não quero perder o lugar em que me sinto bem, que eu posso
chamar de lar. Infelizmente esta casa é apenas alugada, só ficaremos aqui
enquanto pagarmos em dia o que devemos e o meu irmão já está devendo dois
meses. Meu irmão não quis contar nada pro nosso tio, mas também, ele nunca entenderia
mesmo... Ele nunca fez nada por nós que realmente tivesse nos ajudado. Muitas
vezes ele passa aqui, meio bêbado como sempre, fala um monte de besteiras, faz
um monte de promessas e sai daqui sem nem saber o que fez, alimentando
possibilidades que poderiam nos ajudar e que acabam por morrer, me deixando
cada vez mais amargo”.
– Lukas?!
Você está me ouvindo? Seus amigos me disseram que você estava interessado em
sites ilegais da internet, é verdade?
“Amigos...
É. Talvez eles sejam amigos afinal. Mesmo sem me ver eles prezam pela segurança
de alguém que não estão vendo. Só tem uma coisa que eu odeio neles e no meu
tio. Eles sempre dizem: ‘Você tem potencial’. O assunto morre por aí mesmo, eu
odeio essa palavra. Potencial, potencial... Potencial do quê? O Brasil é um
país cheio de potencial e continua na mesma merda de sempre! Meu ensino escolar
foi ruim, meu ensino técnico foi mais ou menos e, quando eu pensava que o
futuro de uma pessoa era ir pra faculdade, trabalhar e ter uma família,
descubro que existem erros da natureza como eu que simplesmente falham e não
vão pra frente. Faculdade... Esta aí um assunto que eu não tenho a mínima ideia
de como lidar. Que curso eu poderia fazer? Aliás, não me preocupo com nenhuma
mensalidade, me preocupo com o material, com os novos conhecimentos, com a
falta de inspiração que eu poderia ter quando eu começasse a faltar e
descobrisse que eu não quero mais estar lá pelo simples desgosto de ser um
incompetente... É melhor que outros ocupem a vaga que eu poderia ter, pois
tenho certeza de que nunca vou conseguir ter prazer em estar no meio das outras
pessoas. O que me leva a questão do trabalho. Sabiam que eu já trabalhei na
loja do meu tio? E um dia, quando tive um grande desgosto quando voltava do
trabalho, depois te tanto tempo trabalhando lá, acabei por nunca mais aparecer
na loja, sem dar nenhuma satisfação. Acho que era por que eu estava estudando
ao mesmo tempo em que trabalhava, alimentando a imagem de tudo posso, tudo
consigo com o dinheiro e quando ele me foi tirado por eu ter sido enganado,
descobri o ser rebelde que existe dentro de mim. Fiz muita besteira naquela
noite, enquanto meu irmão dormia. Desde então não falo com ele...”
– Lukas?!!!
Me diga, pelo amor de Deus o que você esteve fazendo? – tirei a mochila de um
dos ombros e passei ela pra frente do corpo. Eu tinha acabado de chegar. De
dentro da mochila tirei um maço de dinheiro. Eu já havia contado, eles haviam
me dado dez mil pelo que eu fiz... – Da onde você tirou isso moleque?! Não me
diga que entrou pro tráfico? O que nossos pais iriam pensar de você? Me diga? E
o que iriam pensar de mim, por ter deixado você desaparecer desse jeito?
“Eu acho
que me importo... Eu não queria dizer pra ele, mas me importo. Das três coisas
que devemos ter na vida adulta, a família com certeza é a mais importante,
mesmo que você não saiba como se comportar ou lidar com ela, com outras
pessoas. Não sei como esses sentimentos passam pela minha cabeça, não sei de
onde eles vêm. Não queria me importar com nada, não consigo lidar com nada...
Não consigo querer ter dinheiro, não consigo pensar em trabalhar, não consigo
pensar no que fazer da minha vida. No entanto, insistentemente me passa pela
cabeça esses pensamentos perfeitos de quando as coisas seriam simples e que
tudo daria certo. Eu odeio isso. Quando penso na vida, começo a sonhar. Quando
quero tornar os sonhos realidade, é justamente aí que eu vejo que as coisas não
são fáceis, que você precisa se sacrificar para sobreviver e que você perdeu o
ânimo, a vontade de viver, o gosto por aquilo que você fazia. Tudo fica tão
insosso, um desgosto tão grande, que a única coisa em que você acaba por pensar
é na morte, que a vida não tem significado nenhum...”
– LUKAS!!!
– eu desmaiei... – O que você fez?! Me fala!
– Eu...
Eu... – estava me sentindo muito fraco, o mundo estava girando.
– Lukas!!!
O que são essas bandagens na sua barriga?
– Eu vendi
o meu rim pra pagar as contas...
– LUKAS!!!
...
Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 22
Os Açougueiros
Finalmente,
depois do alvoroço que foi segurar o teto da vila subterrânea para que não
caísse, a chuva ácida havia parado. Nerítico ouvia o som do silêncio aliviado,
apesar de estar preso por mais algum tempo, para que a acidez deixada para trás
diminuísse. Darla, feliz por tem encontrado o seu salvador, não continha sua
animação. Alguns diriam que ela poderia estar louca, outros que ela estava
simplesmente apaixonada pelo ultraquímico. Eles estavam passando todo o tempo
juntos. O Senhor de Castelo tentava explicar química para a moça e ela tentava
lhe explicar como entedia os elementais – que ele soube ser a forma de vida mágica
mais presente no planeta:
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho Do Fim - Capítulo 21
O Enforcado
“Eu não sei
por que, mas gosto de estar ao lado do meu irmão. Ele me trata muito bem, me
faz sorrir sempre. Mas sinto uma solidão imensa em seu sorriso. Uma escuridão
triste e medonha, que parece consumi-lo o tempo todo. Só queria que ele soubesse
o quanto eu me importo com ele...”, pensava Elians, olhando para o irmão que
ainda dormia depois de horas após a batalha contra Nina.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 20
Vazio
– O que eu
faço agora? Isso não estava nos manuais de sobrevivência... – se perguntava
Ferus, pensando nos companheiros.
– Você só
precisa fazer o que tem de fazer... – disse Vaik, chegando mais perto.
– Ah! –
gritou ele assustado. – O que você quer comigo?
– Hahaha...
– o garoto sorriu para o jovem castelar. – Nada. São seus pensamentos que estão
fluindo pra mim. Você está confuso, não está?
– ... –
Ferus não queria falar, sentia arrepios vindos daquela estranha criança.
– Se não
quiser falar tudo bem. Eu posso ler os seus pensamentos... – Vaik fez um
barulhinho com a boca. – Vejo que está preocupado com o seu cilindro.
Ferus não
falou; desvio o olhar para o outro lado, tentando esconder o acerto do garoto.
– Tem algo
no seu cilindro que é importante pra você?
– Pare com
isso! Eu não lhe dei permissão pra ler a minha mente!
– Hun... –
Vaik voltou a sorrir. – Acertei de novo!
– ...! –
Ferus ficou vermelho.
– Me diga
uma coisa... Porque seu cabelo está azul?
– Não
sei...
– Heh, essa
foi direta. Você sempre pinta o cabelo pra esconder essa coloração diferente,
não é?
– ... –
Ferus se lembrou da academia. Não sabia como o cabelo havia ficado azul, só
sabia que aquilo não era natural. Seus pais, seus familiares, ninguém natural de
Newho tinha cabelos tão azuis. Ele só sabia que não queria chamar a atenção por
ter cabelos que mudam de cor.
– Que
pena...
– O quê?
– Não
poderemos mais conversar. Nina chegou...
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 19
Interseção
“Como tudo
isso foi acontecer?”, perguntou-se Ferus, confuso com a cena em que se via.
Estavam todos os seis Senhores de Castelo enviados ao planeta sem nome na
plataforma aérea. Westem segurava Ferus firmemente, prendendo-o na parede por
ter desobedecido Dimios. O jovem castelar olhava para todos e seus olhares não
eram nada convidativos, pelo contrário, estavam preenchidos de ódio e desprezo:
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Devil's Drink 25 - Ponto de Ônibus
Bem vindo Noite Sinistra, seja bem vindo ao meu humilde bar... :)
Devil’s Drink 25 –
Ponto de Ônibus
Numa noite
chuvosa, o jovem Samuel chegou ao ponto de ônibus depois da faculdade.
Sentou-se ali embaixo e começou a pensar na vida, nas repetidas vezes em que
esteve nesse ponto após ter estudado tanto. Colocou os fones de ouvidos para
escutar música e relaxou. Sempre tinha um homem alto e engravatado que aparecia
naquele mesmo horário, vindo provavelmente do escritório em que trabalha. Já
era costume de Samuel ficar observando aquele sujeito que ficava esperando o ônibus
quase dormindo de tanto cansaço. Eles tomam ônibus diferentes e nunca
conversaram, mas é sempre a mesma repetição, o estudante chega e em seguida o
engravatado. Naquela noite chuvosa não foi diferente e Samuel logo avistou
aquele homem.
Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 18
Os Brinquedos
Malditos
Dimios
continuava pelo corredor escuro, os barulhos se intensificavam a cada passo. O
chão tremeu, deslocando partes do teto de terra que caiu sobre o castelar que
começou a correr, desviando-se habilmente. A inclinação deixava claro que
aquilo era profundo e a umidade ia aumentando. Não tardou, Dimios teve que se
segurar para não descer de uma vez. O escuro deixava tudo mais difícil, usando
somente a Garra de Sartel para iluminar o caminho prejudicava a atenção dele
que não sabia exatamente para onde estava indo. Mais a frente se deparou com
uma bifurcação. Notou alguns rosnados do lado direito e foi para lá,
continuando a descer gradativamente.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 17
A Autoridade
– O que
você quer de nós, jovem incauto que vem de outra terra?! – Começou o pai de
Darla com raiva, um homem de aparência decaída que não era nem a sombra do que
já fora um dia, falando através da telepatia da filha. Mesmo que quisesse, ele não
poderia falar de outro jeito, sua mandíbula fora arrancada por uma das grandes
máquinas da Irmandade. No meio da luminosidade fraca, a imagem de sua face com
a língua pendente era consternadora. – Se vamos morrer, deixe nos ter o nosso
destino!
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 16
O Mercado Negro
Ferus
trabalhou duro, se virou para conseguir concertar as dezenas de máquinas e
terminou uma ou outra. A velha senhora estava contente, depois que viu tantas
coisas funcionando de uma só vez, esqueceu se de seus problemas, ajudou o
castelar incógnito a encontrar algumas peças aqui e ali, e lhe trazia o máximo
de comida que podia – o que já não era muito pra ela.
Passado alguns dias, Dinha falou
a Ferus que precisavam ir ao mercado negro, trocar algumas sucatas por comida e
talvez conseguir mais alguma coisa pelas máquinas concertadas. O lugar não era
longe, era escondido como a maioria das residências do planeta sem nome, sob um
tipo de monumento discoidal feito de metal maciço, com um centro esférico que
refletia luz, evitando que as pessoas que entram e saem daquele lugar sejam
vistas durante o dia. O Senhor de Castelo colocou uma máscara de gás que cobriu
todo o seu rosto, Dinha fez o mesmo e partiram para o mercado.
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