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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Devil's Drink 31 - Marcada...

Bem vindo, Antônio Dayrell. Entre e sirva-se!
Com o término da história, "Uma Vampira na Cidade" de Adriano Siqueira e Stefany Albuquerque, inevitavelmente eu, que estava ávido por todo o desenvolvimento da história, não tinha como não escrever mais uma pontinha da história. Só espero que não fique por isso mesmo, eu quero mais, mais...



Devil’s Drink 31 – Marcada...

 

            Depois de vários meses procurando, meu informante no Brasil me enviou uma mensagem para encontrá-lo numa pequena cidade do interior. Fui até o local na hora marcada:

            – Encontrou o que eu queria? – perguntei.

            – Sim. Ela está presa em um laboratório para gerar um filho e não saíra de lá até que ele venha ao mundo. Além disso, ela está muito machucada, há um bom tempo que foi marcada por forças demoníacas e as feridas custam a sarar, reabrindo de vez em quando...

            – E então?

            – Suas suspeitas estavam certas...

            – Ótimo! Pensei que nosso último encontro tivesse sido um problema, mas vejo que saiu tudo do jeito certo. O tio San vai adorar saber disso! Obrigado por tudo...

            – Não está se esquecendo de nada?

            – Calma, já estou pegando! Já estou pegando! – tirei do bolso um pergaminho com poderes mágicos e entreguei a ele. – Faça bom proveito!

            – Farei...

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Devil’s Drink 29 – Mentiras...

Este drinque é especialmente preparado para Adriano Siqueira, escritor que muito tem me inspirado com suas mulheres poderosas e fantásticas. A história por sua vez foi preparada com base no conto "Mentiras são flores no jardim do mal", o primeiro conto do Adriano que eu li. Além disso, foi inspirado na música da Christina Aguilera  "Your Body", confira o clipe e a letra traduzida no final post.

ATENÇÃO: ESTE NÃO É UM CONTO PARA CRIANÇAS, RECOMENDADO PARA MAIORES DE 18 ANOS!!!



Devil’s Drink 29 – Mentiras...

 

            “Ela é tão linda...”, eu não parava de pensar nisso. Seu jeito é tão decidido, seu riso é tão meigo, sua boca é tão sensual. Eu não resisto! Eu tenho que tê-la em meus braços. O celular toca, a música era do recebimento de mensagens. Aperto os botões e leio algo que me deu ideias: “Amorzinho, venha até a minha casa, a porta estará aberta e eu estarei nua com aquilo quente só pra você. Venha logo.” Minhas pernas tremeram, estava muito excitado para ver minha lolita, minha doce lolita! Mal podia acreditar que ela me enviara uma mensagem tão safada! Eu a quero de um jeito ou de outro e hoje eu a terei!

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 37


Tristeza

 

            Os Senhores de Castelo conversaram entre si e decidiram resgatar Pilares sem Ferus. Ele ficaria sem o cilindro por enquanto. Questionado sobre o lugar onde o ilusionista Rubber estaria, o armeiro respondeu:
            – No lugar mais óbvio. – eles saíram juntos do último andar por uma última escada e foram olhar o que havia no topo do prédio.
            Lá fora, já de noite, no meio das nuvens altas, diversas luzes brilhavam intensamente. Holofotes iam de um lado a outro iluminando a grandiosa estrutura no alto do céu como uma enorme montanha cintilante.
            – Ele está lá, na plataforma da Cidade Alta...

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 36


Matando Um Açougueiro

 

            – Então você está aí... Alquimista! – Ferus encarava o açougueiro mirando nele o canhão de seu cilindro. A criatura estava num quarto com pouca luz, sentado numa cadeira e balbuciava baixinho frases sem nexo aparente.
            – Tenho que salvar Monaro... Ele é meu amigo... A árvore de carne o levou... O ilusionista vai me ajudar... Eu sei que posso conseguir... Eu tenho tudo o que preciso aqui... Eu vou ajudar Monaro... Não posso deixar o meu amigo assim... Eu tenho que conseguir... O ilusionista me deu tudo... Tudo... Tudo... Monaro... Monaro... Se eu der isso pra ele, ele vai voltar ao normal... Vai ficar tudo bem... Tudo vai ser como antes... Tudo vai ser como antes...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Fim do Fim - Capítulo 35


Contra Máquinas e Monstros

 

            “Eu não espero ser feliz, isso seria besteira. Espero apenas garantir que o meu irmãozinho tenha um futuro, onde possa escolher ser feliz” – Vaik, o intrometido.
...

            A insígnia do parafuso reluzia no peito metálico dos grandes maquinários. Suas engrenagens faziam barulhos ensurdecedores e frenéticos. Todo o equipamento funcionava com força e poder. A furadeira fazia um som agudo e o processador calculava os alvos com precisão – programado para acertos críticos. Máquinas não têm sentimentos, seus ataques são precisos e mortais. Seres de carne são fracos perante sua magnitude engenhosa.
            Os dopelgangers se amontoavam aos montes, copiando perfeitamente os Senhores de Castelo. Sua aparência era assombrosa, não por simplesmente serem iguais de aparência, mas por serem cópias fiéis até nos trejeitos e nos olhares. Grupos de cinco se organizavam impecáveis para atacar, demonstrando uma grande experiência em batalha. Castelares melhorados, isso era o que eles eram! Entre máquinas e monstros, não havia por onde fugir!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Devil's Drink 28 - Caçada

Bem vindas as novas clientes do bar: Gisele, a guria do teatro e Luna, uma cliente entusiasmada com o blog e que me prometeu passar mais vezes por aqui... (Promessa é divida, fazer o quê? Tenho que tocar esse bar sozinho enquanto os meus empregados estão com probleminhas... É uma certa neurose, sabe?) Esta Devil's Drink foi criada com inspiração na história "Uma vampira na cidade", da qual sou fã, misturada com uma música do David Guetta, She wolf, que colocarei o video logo abaixo da história. Degustem com prazer! ^^

Link para a história original de 'Uma vampira na cidade', de Adriano Siqueiro e Stefany Albuquerque

Devil’s Drink 28 – Caçada


            Naqueles dias eu estava em outro país, no continente europeu, a pedido de um amigo. Estávamos num bar, na Alemanha:

            – Quero que investigue o namorado de uma moça...

            – Algum interesse em especial? – perguntei-lhe.

            – Creio que ela está noiva de um lobisomem... – ele levou um copo de conhaque à boca e sentiu-o queimar a garganta com certo pesar – Ele vai comê-la a qualquer momento.

            – E porque acha que ele a comeria?

            – Tentei investigar-lhe o passado e encontrei dois ou três indícios que suas noivas anteriores foram congeladas e devoradas – e deu outra golada.

            – Certo, farei o possível.

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 34


Me Sinto Bem

 

            Westem, que carregava Nerítico nas costas, fugia dos dopelgangers por entre as largas ruas da cidade baixa:
            – Onde está Pilares? Ele está demorando... Peixinho, por favor, volte logo!
...

            – Finalmente! – exclamou Ferus ao avistar a Cidade Baixa. – Pensei que nunca conseguiríamos!
            O diabrete vermelho voou do ombro de Dimios e sumiu no meio das constantes nuvens do céu.
            – Ih! Ele se cansou de você! – o jovem castelar tentou tirar sarro do ziniano.
            – ... – Dimios nada respondeu, mantendo a expressão pesada.
            – Ah! Com você não tem graça! – e cerrou os olhos, emburrado.
            – Vamos! – retrucou secamente.
            Ferus ouviu um barulho de lamurio que estava próximo.
            – Ah, não! Eu já ouvi coisas demais por uma única missão! Dimios, vá você ver! É a sua vez.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Retomada: Outra fanfiction de Crônicas dos Senhores de Castelo

Encontrei o texto e adorei, estou ansioso para mais. A fanfic é simples e suave como o próprio sono e deixo vos um pedaço da história de Gisele Bauer (@guriadoteatro). De fã para fã...
 


Retomada



Continua: http://amoreselivros.blogspot.com.br/2012/10/retomada-primeira-parte-da-fanfic.html?showComment=1350578769307

Várias são as faces do multiverso, onde realidades diferentes se juntam para formar uma força implacável! Avante Senhores de Castelo!

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 33


O Tolo

 

            O Senhor de Castelo de Zínio, Dimios, um ex-lutador que já teve seus tempos áureos e que agora é o portador da Garra de Sartel, um artefato místico de grande poder; liderava um grupo com mais outros cinco castelares. Um deles, Ferus, era seu parceiro, não um parceiro qualquer, um substituto de seu antigo colega, Cardial, que morrera salvando-lhe a vida. Ferus era jovem, aquela missão em que Dimios liderava era sua primeira vez como Senhor de Castelo. Por algum motivo ainda obscuro, os dois só se conheceram dentro do atravessador, a nave boreal que os levou até um belo planeta de onde partiriam para o verdadeiro local de sua missão onde deveriam salvar a população: o planeta sem nome. Aquele não era um lugar qualquer, o planeta sem nome pertence ao território da Irmandade Cósmica, outra organização especial do multiverso que rivaliza com a Ordem dos Senhores de Castelo por possuírem ambições diferentes. Acima deles existe o plano superior, onde seres de energia pura são os juízes que decidem o que acontece com a Aliança do Multiverso que reuni todas as organizações que querem controlar o multiverso. As regras que eles criaram são dúbias e permitem que planetas sejam explorados até a sua extinção, no entanto, invadir o território de outra organização acarretaria em retaliação por parte dos próprios superiores. Essas criaturas poderosas, também conhecidas como os antigos por viverem milhares de milhares de anos, passam a maior parte do tempo meditando sobre a existência e, reza a lenda, que se um julgamento de um superior estiver contra você, toda a sua história será varrida do tempo e do espaço.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 32


 Besta – 3ª parte

 

            Iksio, em sua forma monstruosa, ficava escondido, só olhando para os amigos castelares. Pilares, curioso, quis saber mais sobre o porquê do arthuano ter se tornado um monstro. Westem, prazeroso em dizer, respondeu alegremente:
            – Ele meteu a mão aonde não foi chamado! Hahahah... – o multibiólogo fez um barulho em protesto.
            – Ele vai ficar assim por quanto tempo? Preciso pedir algo pra ele...
            – Não sei. A transformação depende de vários fatores desconhecidos. Iksio não quis fazer exames pra saber o que realmente acontece com ele... É medo de agulha! – disse baixinho a última frase. – E o que você pretende com ele?
            – O dopelganger copia plenamente a forma de alguém... Eu vi a cópia do Iksio usar alguns poderes mentais... Talvez ele possa ajudar a tirar o Nerítico do estado B.O.B.
            Westem olhou para o parceiro e concluiu:
            – É possível... Iksio conhece alguns truques que podem ampliar suas forças mentais. O que me diz peixinho?! – o multibiólogo mexeu a cabeça para os lados. – Ele disse que talvez...

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 31


A Besta – 2ª parte

 

            Pilares e Nerítico adentraram a cidade baixa correndo:
            – O que era aquela coisa? – perguntou o assaltante.
            – Um boneco, eu presumo... – respondeu o ultraquímico.
            – Sério? Nem tinha percebido...
            – Claro, sua mente inferior não consegue distinguir as coisas como a minha...
            – Estava sendo sarcástico. Mas é bom ver que você está de volta. – o teslarniano sorriu.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Devil’s Drink 27 – Há muito tempo...

Drinque especialmente preparado para Morticia Naghshade, espero que esteja ao seu gosto my lady.
Para quem quiser saber mais sobre essa mulher poderosa, acesso o blog Contos de Vampiros e Terror, de Adriano Siqueira!

Devil’s Drink 27 – Há muito tempo...

 

            Fui chamado, no início do século 20, para participar de uma votação do conselho, sendo um mediador neutro. Nunca me interessei muito pelo que eu deveria fazer, vampiros e lobisomens ficam brigando por qualquer motivo, e meter demônios no meio da conversa me parecia demais para esses assuntos burocráticos tão chatos. Bem, como um representante das forças sobrenaturais eu tive de ir, mesmo a contra gosto.
            Naquele momento, a vida humana estava florescendo, revolucionando tecnologias e conhecimentos. No entanto, foi decidido que a reunião seria nos moldes mais antigos, com roupas de gala de corte sofisticado e requintado. As mulheres vestiriam belos vestidos de saia longa com corpete apertado evidenciando o busto e os homens iriam vestidos com roupas negras, colete e calças bem ajustadas e sapatos lustrosos. Não faz o meu feitio, mas me arrumei de acordo, amarrando o meu cabelo que era comprido na época.

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 30


A Besta – 1ª parte

 

            Nerítico, Pilares e Westem seguiram rumo à Cidade Baixa, mesmo não sabendo como poderiam encontrar Iksio. O galeano pensava positivo, o parceiro não se deixaria vencer por tão pouco. Ele conhecia a arthuano como ninguém, Iksio era capaz, ele sabia disso. Pilares e Nerítico não conversavam. Se entre olhavam, criando uma atmosfera pesada, evitando um ao outro.
Pilares estava constrangido pelo que acontecera com ele e tinha medo que o ultraquímico lhe desse outro sermão. Vez ou outra Pilares cometia um erro por se deixar levar pelos hábitos de ladrão, colocando os dois em apuros. O teslarniano não reclamava, sabia que estava errado e aceitava tudo calado. Tinha respeito pelo parceiro que demonstrava se importar com ele quando a maioria das pessoas o tratava mal, desprezando-o por ele ter sido um ladrão. “É normal, estou acostumado com eles. Só não entendo porque Nerítico está assim... Tenho medo de perguntar”, pensava ele, perdido em pensamentos.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Mais um trecho de Crônicas dos Senhores de Castelo 3 divulgado!

Este é mais um pequeno trecho divulgado do terceiro livro, contando com uma imagem do Bobo, personagem apresentado no segundo livro, Efeito Manticore...

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 29


A Árvore de Mil Olhos

 

            Dimios estava sozinho. Monaro e seu acampamento inteiro desapareceram juntamente com o resto de todas aquelas pessoas que tanto festejaram. Não havia sinal deles, não havia sinal de que sequer estiveram ali. O Senhor de Castelo caminhou apressadamente por todo o caminho que levava àquela montanha próxima a vila. A região parecia emergir do meio de todo o lixo e entulho que se vira até agora. O instinto do ziniano lhe dizia que deveria voltar, algo forte estava nas entranhas daquela montanha e respirava... Sim! Era isso, respirava profundamente, podia se ouvir aquilo respirando roucamente do topo da montanha.
            O material que ia compondo o caminho era escuro: “Basalto”, pensou Dimios lembrando que aquele material era vulcânico. Continuou no caminho que começava a ficar íngreme e cheio de pedras soltas. “Tudo aqui é difícil”, voltou a pensar, “Não consigo andar neste planeta sem que a possibilidade de cair me acompanhe?”
            Sua concentração estava atenta, sentia o medo persegui-lo por onde quer que fosse. Olhava para um lado e para o outro, a impressão de que havia alguém ali era certa, apesar de nunca haver nada quando ele fixava o olhar. A neblina começava a aumentar. Não se conseguia ver nada além do chão escuro e parcialmente vitrificado. As pontas agudas deixadas pelo tempo trincavam ao seu pisar, produzindo um barulhinho irritante que estava deixando-o ainda mais tenso. O respiro continuava ficando cada vez mais forte.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 28


Orgulho e Preconceito

 

            Separados, eles caminharam por lados diferentes. O acampamento foi desfeito aos poucos, enquanto Dimios e Ferus observavam o trabalho ‘leve’ dos subordinados do açougueiro Monaro. O jovem castelar tentou puxar uma das estacas que ainda permaneciam no chão como uma demonstração de força, exibindo-se para o parceiro. O ato falhou inevitavelmente, constrangendo-o. Um dos serviçais se aproximou e sem o menor esforço arrancou a estaca, derrubando Ferus. Dimios pouco ligou para aquilo:
            – Vamos? – e partiram.
            Ferus recebeu um par de botas que estava sobrando, elas eram grandes demais para os seus pés, mas poderiam ser bem amarradas para ficarem fixas, ou quase isso. Pelo menos ele poderia caminhar em meio à zona de lixo sem se preocupar com machucados. A sensação de usar um calçado depois de tanto tempo descalço era estranha, como se você passasse abruptamente do selvagem para o refinado. Bobagens aparentes que passaram pela mente dele naquele momento.
            Vaik e Elians estavam sendo carregados pelos serviçais enquanto dormiam. Eles não poderiam ficar com os castelares e aproveitaram a carona para descansar. O irmão menor, com pouco sono, observava o irmão mais velho com os olhos apertados, sorrindo para ele. Vaik, como se visse o irmão mesmo de olhos fechados, sorriu de volta. Elians logo adormeceu.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 27


A Ilusão

 

            A aranha perguntou para a árvore:
            – O que devo fazer com a fera que se aproxima, meu senhor?
            – MATE-A!
            – Obedecerei...

...

            – Tem o quê no meio do caminho? – gritou Ferus para Monaro.
            – Dopelgangers... Você é surdo moleque?
            – Pelo perdão da palavra... – ponderou Nerítico. – Não temos ideia do que está falando.
            – Hun... – Monaro fez um ruído com a boca. – Dopelgangers são duplicadores. Criaturas que imitam em tudo o que você faz. Já tive o desprazer de enfrentar uma delas e, se eu não tivesse descoberto uma saída nova por onde escapar, eu teria me matado...
            – Droga! E como eu vou recuperar o meu cilindro? Com ele posso enfrentar qualquer coisa!
            – Não seja ridículo... – disse Dimios, fitando-o com desprezo.
            – Eu já me encontrei com um deles...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 26


A Esperança

 

            Dimios estava fora do acampamento de Monaro, buscando uma resposta para resolver aquele enigma:
            – Eu nunca enfrentei a Irmandade Cósmica antes... Como posso superar um inimigo sem escrúpulos como eles?
            – Comece não desistindo... – Ferus se aproximou, depois de um bom tempo dormindo, estava acordado, bem disposto e morrendo de fome.
            – Vejo que acordou.
            – Minha cabeça tem ficado muito estranha ultimamente...
            – Você saiu porque Vaik estava te olhando?
            – Hoh! – Ferus ficou envergonhado. – Como você sabe?
            – O olhar daquele menino parece percorrer a nossa alma.
            – Realmente... – ele pôs as mãos atrás da cabeça, segurando-a. – Só não entendo porque ele tem que ficar me olhando o tempo todo!
            – ... – Dimios ficou em silêncio, observando a coloração azulada do cabelo do parceiro.
            – Pare de ficar me olhando assim! Até parece o garoto!
            – É justamente o que estou fazendo...

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 25


A Queda




            “Guerra em um dia de tempestade vermelha”, não poderia ser um dia pior. “Eu tinha uma vida normal, quero dizer, para um herói eu tinha uma vida normal. Servi a Ordem dos Senhores de Castelo como fiel seguidor, nunca matei ninguém, poupando a vida de vários seres miseráveis que não mereciam sequer existir. Eu tinha a paz dentro de mim e estava feliz com todo o resto. A vida não era fácil, muitas vezes ter como arma apenas uma espada encantada me deixou em sérios apuros – eu não a uso para matar, afinal. Tudo seguia o seu curso. Havia até alguns malfeitores de meu passado que estavam levando uma vida melhor depois que eu os tirei das trevas. E então, numa fatídica tarde, eles chegaram...”
            “Nos céus noturnos de Máscar uma imensa sombra negra irrompeu o silêncio do meu pacífico planeta do primeiro quadrante atacando sem piedade. Acordei com o susto, aquela enorme nave estava justamente sobre mim na subsede da ordem, onde eu tirava um leve cochilo para depois partir para a minha casa. As missões eram estafantes, perigosas, e muito comum ganhar pouco em troca de altos sacrifícios. Meu parceiro, um alquimista, um homem muito inteligente e sério, se chamava Tálio. Agora ele deve estar morto, mas isso não é importante. Eu estava lá, dormindo e meu planeta natal estava sendo tomado de assalto. Procurei minha velha espada e uma bomba foi lançada sobre o castelo, levando tudo pelos ares. Nunca mais eu vi a minha espada...”

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Capítulo 24


O Exorcismo

 

            Alguém bate na porta. A Dama, a criatura de face dura e imóvel, deixa o bisturi em cima de algum móvel coberto pela penumbra da sala, e abre a porta. Nerítico logo grita:
            – Pilares! Socorro!
            – Shimah! – o assaltante tinha uma voz grossa e distorcida que assustou o ultraquímico que não parava de sangrar pelos cortes finos e precisos. – Senhores de Castelo devem morrer...
            – Pilares! Parceiro! Me ajude!
            O castelar, que ofegava mostrando os dentes, completamente tomado pelo ódio, se aproximou. Nerítico não reconhecia o companheiro:
            – Verme nojento! Como ousa penetrar nos domínios da santa Irmandade Cósmica?! – Pilares puxou uma das facas e a aproximou do coração do castelar, sua mão tremia. – Eu tenho...
            Ele largou a faca. Nerítico percebeu e continuou a chamar pelo amigo:
            – Pilares! Acorda!
            – Cale a boca, maldito! – gritou arfando, quase não conseguindo dizer. – Damah... Shime. (Dama, mate-o)